Joias da poesia
contemporânea

Espírito: Leôncio Correa

 
Deduções do caminho

Aviso sem endereço:

Ilusão é sempre assim,

Muito doce no começo,

Muito amargosa no fim.

 

Provérbio justo e sereno

Que não falha onde se aplica:

Quanto melhor o terreno

Mais propenso à tiririca.

 

Pensamento lapidar

Que não se pode esquecer:

Quem para de trabalhar

Começa logo a morrer.

 

Sábio que vive encoberto

Sem dar das luzes que tem:

Tamareira no deserto

Quando não serve a ninguém.

 

Sabedoria de lei

Nas leis da Sabedoria:

Quem sabe dizer “não sei”,

Não inventa fantasia.

 

Dos ensinos vida afora,

Nunca vi assim tão grande:

Felicidade não mora

Onde trabalho não ande.

 

Ao destino que se entorte

Não recuses simpatia;

Provação é igual à morte,

Cada qual tem o seu dia.

 

A caridade – amor puro,

Crédito vivo em ação.

A prece – saque seguro,

Na hora da petição.

 

Do livro Orvalho de Luz, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

 

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita