Artigos

por Altamirando Carneiro

 
O mundano e o espiritual


Para alguns, a vida ? apenas um conjunto de esfor?os que visam ? manuten??o imediata da sobreviv?ncia e, talvez, das apar?ncias sociais. Os horizontes s?o os do imediatismo e, por este motivo, muitas vezes o Esp?rito se esquece da sua condi??o de eterno, na sua longa jornada de conquista de si mesmo.

Preocupam-nos mil quest?es menores. Sua mente se enche com o vazio das conquistas materiais, sem perceber que o sup?rfluo, por n?o lhe fazer falta, foi esfor?o in?til na obten??o daquilo que n?o usar?. Exacerbando o instinto de conserva??o, para se sentir seguro necessita sempre de mais e mais, consumindo tempo precioso na persegui??o dos bens terrenos, sem, contudo, sentir a paz que pensa encontrar nas moedas.

Todos sentem que ? obrigat?ria a conquista do p?o e do conforto. Isso ? parte das tarefas do homem na Terra. Feito para as conquistas espirituais, a certa altura, nesta e em outras reencarna??es, acaba por compreender que n?o encontrar? a felicidade nos bens materiais que busca amealhar. Mais do que a fome do corpo f?sico, sente a fome do esclarecimento da alma.

Inconscientemente sente necessidade de um aprendizado que lhe preencha a avidez do saber, mas daquele saber que lhe ilumine o ?ntimo e que lhe d? paz.

N?o encontra mais gra?a nas distra??es mundanas. Sente a necessidade de novos conhecimentos. Uma for?a o impele para um horizonte ainda desconhecido, mas, que sabe, dever? atingir. Maduro para as li??es de luz, estas lhe chegam no momento certo e lhe preenchem o vazio do ?ntimo qual gotas de orvalho em planta sedenta. Compreende mais com a intui??o do que com a raz?o.

"Eu sou a luz do mundo; quem me segue n?o andar? em trevas, mas ter? a luz da vida." (Jo?o, 8: 12.) ? o ensinamento de Jesus, assegurando-nos que Ele est? ao nosso lado e que em todos os momentos deu-nos a ajuda necess?ria para o nosso crescimento espiritual. Com ele, passamos a compreender o objetivo de vivermos nesta grande escola a que chamamos planeta Terra; compreendemos a magnitude do seu ensinamento:  "O meu mandamento ? este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei". (Jo?o, 15: 12)

Na metamorfose do eu pequeno e regido pelo egocentrismo, marchamos, cada vez mais libertos, para a imensa luz que ilumina a grandeza da fraternidade universal. Sent?amo-nos s?s quando viv?amos apenas nos limites das nossas exig?ncias, para passarmos a sentir a doce sensa??o de paz e sustenta??o, por havermos permitido que a luz do Divino Amigo inundasse a nossa consci?ncia e, atendendo ao seu convite, romp?ssemos o casulo de n?s mesmos e adentr?ssemos na grande sinfonia do amor universal, doando-nos o quanto e aquilo que pudermos, em favor de todos.

  

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita