Cinco-marias

por Eugênia Pickina

 

Ler em voz alta às crianças: hábito propício à infância


A educação desde o início da vida poderia realmente mudar o presente e o futuro da sociedade
. Maria Montessori


Costuma ler histórias em voz alta aos seus filhos? Se o faz, saiba que este é um hábito que pode tornar seus filhos mais tranquilos e felizes.

Mergulhar em histórias é parte importante do desenvolvimento infantil e pode trazer uma série de benefícios comportamentais, porque ouvir histórias liberta o mundo da fantasia, revelando à criança virtudes e sentimentos. E, por isso, pouco importa que essas histórias nunca tenham acontecido. Pois a saúde integral da criança demanda ouvir o pai ou a mãe lhe dizer que é bom visitar mundos lúdicos: Era uma vez uma mulher que queria porque queria uma menina bem pequenina...*

João tem 2 anos de idade e já é a prova de como esse hábito faz bem. Recentemente o menino – que ouve histórias desde seus 6 meses – surpreendeu a família quando, em uma visita ao zoológico, reconheceu o rinoceronte, a girafa e um papagaio. “Ele já tinha visto esses animais antes, nos livros”, conta a mãe Renata, que é professora de educação infantil e sabe bem a importância da contação de histórias na hora do filho dormir: “as crianças se tornam mais calmas, mais seguras e, ao mesmo tempo, mais atentas e criativas. O João, por exemplo, é bastante tranquilo, curioso e se expressa muito bem”, observa.

Ler em voz alta às crianças, além de instigar capacidades cognitivas e literárias, acarreta benefícios comportamentais, aliviando tristeza, reduzindo a agressividade ou a hiperatividade, pois estimula o tempo todo as lições de atenção, paciência e tranquilidade.

Ouvir histórias proporciona à criança um alegre sossego e bem-estar. Ademais, através das histórias, as crianças pequenas têm acesso às realidades internas emocionais, visitando medo, raiva, tristeza, coragem, alegria, abandono, persistência, maldade, aprendendo de uma maneira segura a confiar na força da empatia e do bem.  

Em uma história bem contada – era uma vez... – as crianças aprendem a olhar para a própria realidade e a conhecer um pouco mais de si mesmas e do mundo que as cerca. Além disso, toda criança merece dormir tranquila. Há melhor jeito de embalar o sono?

Notinhas

Polegarzinha, in: Minhas histórias de Andersen, recontada por Andrew Matthews e ilustrada por Alan Snow. Tradução de Eduardo Brandão. SP: Cia das Letrinhas, 2012, p. 12.

Ler em voz alta aos pequenos (e estamos a falar de uma faixa etária entre o nascimento e os cinco anos) é um momento pais e filhos que apoia o ritual do sono e, ao mesmo tempo, educa a criança para crescer mais resiliente, mais segura e mais feliz.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita