Estudando as obras
de André Luiz

por Ana Moraes

 
Sol nas Almas

Parte 4


Continuamos a apresentar o estudo do livro Sol nas Almas, obra de autoria de André Luiz, psicografada pelo médium Waldo Vieira e publicada originalmente pela Comunhão Espírita Cristã de Uberaba (MG).


Questões preliminares


A. Apesar das dificuldades e dos contratempos, tem o Espiritismo avançado ao longo dos anos?

Sim. Na visão de André Luiz, é inegável o seguro avanço do Espiritismo, em seu primeiro século de existência. (Sol nas Almas: capítulo 6 – Evolução do Espiritismo.)

B. Que fatos André Luiz menciona como comprovação do progresso do Espiritismo?

Ele enumera diversos fatos, como por exemplo: a valorização do aspecto moral e das consequências religiosas; a compreensão do médium por personalidade humana falível; o reconhecimento de que a desencarnação não altera a criatura de maneira fundamental; o esclarecimento mais amplo em torno de determinadas manifestações dos desencarnados; o aperfeiçoamento das atividades alusivas à desobsessão, e o repúdio à polêmica religiosa, entre outros inúmeros fatos por ele citados. (Sol nas Almas: capítulo 6 – Evolução do Espiritismo.)

C. Ante o assédio do mal, que recomendação faz André Luiz?

É necessário – diz ele – que estudemos os impulsos do instinto, os prodígios da emoção, os poderes da vontade e as forças do pensamento, sem nos esquecermos da célebre lição dada por Jesus: "Orai e vigiai para não cairdes em tentação".  (Sol nas Almas: capítulo 7 – Violadores de almas.)


Texto para leitura


56. Evolução do Espiritismo – Muito embora os desentendimentos e suplementações marginais, compreensivelmente encontradiços aqui e ali, em nossas atividades, não se pode negar o seguro avanço do Espiritismo, em seu primeiro século de existência. (Sol nas Almas: capítulo 6 – Evolução do Espiritismo.)

57. Dentre as múltiplas conquistas em que se lhe verifica o progresso, apontemos ligeiramente nas construções que lhe dizem respeito:

  1. A valorização do aspecto moral e das consequências religiosas.

  2. O estabelecimento necessário da separação entre mediunidade e doutrina.

  3. A acomodação do fenômeno em lugar adequado.

  4. A compreensão do médium por personalidade humana falível.

  5. O reconhecimento de que a desencarnação não altera a criatura de maneira fundamental.

  6. O impositivo de análise nas comunicações e revelações.

  7. A exigência de moralidade e objetivos edificantes nas investigações psíquicas.

  8. O esclarecimento mais amplo em torno de determinadas manifestações dos desencarnados.

  9. A sublimação gradativa das faculdades de efeitos físicos, transferidas de espetáculos menos úteis ao socorro da Humanidade sofredora.

  10. O afastamento gradual da evocação direta.

  11. O aperfeiçoamento das atividades alusivas à desobsessão.

  12. O repúdio à polêmica religiosa.

  13. A elevação do vocabulário doutrinário.

  14. O desbaste natural das influências de outros credos e a poda espontânea de rituais do magismo.

  15. A confirmação progressiva dos princípios espíritas por parte da ciência terrestre.

  16. A melhoria dos processos de divulgação na imprensa falada e escrita.

  17. A orientação clara quanto à educação da infância.

  18. A formação de núcleos da juventude espírita em movimentos próprios.

  19. A criação da literatura espírita.

  20. A intensificação das obras de assistência social.

  21. O culto do Evangelho em família, nos recintos domésticos.

  22. A simplificação de hábitos e definição de atitude da vida dos espíritas. (Sol nas Almas: capítulo 6 – Evolução do Espiritismo.)

58. À vista de semelhantes ocorrências, efetivamente incontestes, reunamos ideais e energias, emoção e discernimento na ampliação do trabalho espírita que nos compete na Seara Redentora de Jesus, com as chaves elucidativas de Allan Kardec, transformando convicção em serviço e convertendo as sensações do maravilhoso em noções de responsabilidade que nos preparem o cérebro e o coração para a Vida Maior. (Sol nas Almas: capítulo 6 – Evolução do Espiritismo.)

59. Violadores de almas – O arremesso da imaginação ostenta energia ilimitada quanto o infinito, plasmando telas caleidoscópicas de maravilhosos efeitos. (Sol nas Almas: capítulo 7 – Violadores de almas.)

60. A objetiva da memória desvela os sucessos mais recônditos do destino transato ressuscitando o hausto grandioso da vida a palpitar nas trilhas eternas. (Sol nas Almas: capítulo 7 – Violadores de almas.)

61. A engrenagem do raciocínio articula os passos da criatura com sutileza admirável no silêncio do santuário craniano. (Sol nas Almas: capítulo 7 – Violadores de almas.)

62. Na mente, desfruta o homem da liberdade maior e o pensamento viaja sem peias, nos voos do espírito que muitas vezes nem se debuxam no rosto. Em sua atmosfera há sempre zonas inacessíveis, acontecimentos inexplorados e imperscrutáveis para todas as demais criaturas encarnadas. (Sol nas Almas: capítulo 7 – Violadores de almas.)

63. Nem mesmo as fantasias arrojadas de escritores geniais, os transportes da poesia, os matizes mais raros da pintura, as harmonias da música excelsa ou os avanços originais do progresso contemporâneo desnudam o cérebro humano nos pujantes tesouros de que dispõe. (Sol nas Almas: capítulo 7 – Violadores de almas.)

64. Por mais turbilhonárias que sejam as paisagens ao derredor, o homem detém na própria existência introspectiva uma cidadela francamente isolada e invisível. (Sol nas Almas: capítulo 7 – Violadores de almas.)

65. É, todavia, justamente nela que o Espírito benfeitor ou malfeitor em qualquer condição, pela sintonia mental, logra penetrar transpassando-a em todos os escaninhos, devassando-lhe todos os segredos, decifrando-lhe todos os mistérios. (Sol nas Almas: capítulo 7 – Violadores de almas.)

66. Razoável considerar, portanto, que o espírito desencarnado retém o maior instrumento de sondagem da mente humana: a sua própria mente livre. No refúgio em que ele se entrincheira nos momentos mais agudos da tarefa que lhe cabe realizar, é na mente, núcleo vibratório onde enxameiam as faculdades da alma, que recebe o bafejo nutriente dos Emissários da Espiritualidade Superior, em visitas benévolas de carinho santificante, ou o sopro doentio das entidades infelizes que o procuram, através das hipnoses perturbadoras da obsessão. (Sol nas Almas: capítulo 7 – Violadores de almas.)

67. Se o psicólogo, o poeta, o compositor, o pintor ou o cientista, ainda corporificados na Terra, com todas as suas forças e criações arrebatadoras não  conseguem surpreender-lhe a fortaleza interior, os desencarnados, ainda aqueles de posição menos digna e desprovidos de todos os recursos de elevação, paradoxalmente, invadem-na sempre que a pessoa permite, por verdadeiros vândalos do espírito, violadores de almas saqueando-lhe as energias em obscuros processos de vampirismo e destruição. (Sol nas Almas: capítulo 7 – Violadores de almas.)

68. Urge estudemos os impulsos do instinto, os prodígios da emoção, os poderes da vontade e as forças do pensamento. (Sol nas Almas: capítulo 7 – Violadores de almas.)

69. Por isso mesmo, reportando-nos à ciência moderna quando alinha os méritos da medicina psicossomática e da análise psíquica, é natural reverenciemos a sabedoria permanente do Cristo em nos advertindo, para a valorização da vida em qualquer tempo: "Orai e vigiai para não cairdes em tentação".  (Sol nas Almas: capítulo 7 – Violadores de almas.) (Continua no próximo número.)
 


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita