Estudando as obras
de André Luiz

por Ana Moraes

 
Apostilas da Vida
(Parte 7)
 

Continuamos o estudo sequencial do livro Apostilas da Vida, obra escrita por André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada originalmente em 1986. 

Questões preliminares

A. Como funciona a Justiça no Plano Espiritual?

No Mundo Espiritual, a autoridade da justiça funciona com maior segurança, embora saibamos que o mecanismo da regeneração vige, antes de tudo, na consciência do próprio indivíduo. Ainda assim, existem ali, como é natural, santuários e tribunais, em que magistrados dignos e imparciais examinam as responsabilidades humanas, sopesando-lhes os méritos e deméritos. (Apostilas da Vida – Justiça na espiritualidade.)

B. Há delinquentes no Plano Espiritual?

Sim. Há delinquentes tanto no Plano Terrestre quanto no Plano Espiritual, e, em razão disso, não apenas os homens recentemente desencarnados são entregues a julgamento específico, sempre que necessário, mas também as entidades desencarnadas que, no cumprimento de determinadas tarefas, se deixam, muitas vezes, arrastar por paixões e caprichos inconfessáveis. (Apostilas da Vida – Justiça na espiritualidade.)

C. Os títulos de fraternidade e benemerência são todos veneráveis?

Todos os títulos de fraternidade e benemerência são veneráveis, mas o coração que se una ao Cristo e se converte em luz para todos os companheiros da romagem terrestre é, sem contestação, o autor feliz da caridade maior. Não duvidemos, pois, de nossa capacidade de aprender e ensinar, recebendo as luzes do Alto e distribuindo-as no grande vale da luta humana. (Apostilas da Vida – O bem-aventurado.)

Texto para leitura


119. Justiça na espiritualidade – Como atua o mecanismo da Justiça no Plano Espiritual? No Mundo Espiritual, decerto, a autoridade da justiça funciona com maior segurança, embora saibamos que o mecanismo da regeneração vige, antes de tudo, na consciência do próprio indivíduo. Ainda assim, existem ali, como é natural, santuários e tribunais, em que magistrados dignos e imparciais examinam as responsabilidades humanas, sopesando-lhes os méritos e deméritos. (Apostilas da Vida – Justiça na espiritualidade.)

120. A organização do júri, em numerosos casos, é também observada, necessariamente, porém, constituída de espíritos integrados no conhecimento do Direito, com dilatadas noções de culpa e resgate, erro e corrigenda, psicologia humana e ciências sociais, a fim de que as sentenças ou informações proferidas se atenham à precisa harmonia, perante a Divina Providência, consubstanciada no amor que ilumina e na sabedoria que sustenta. (Apostilas da Vida – Justiça na espiritualidade.)

121. Há delinquentes tanto no Plano Terrestre quanto no Plano Espiritual, e, em razão disso, não apenas os homens recentemente desencarnados são entregues a julgamento específico, sempre que necessário, mas também as entidades desencarnadas que, no cumprimento de determinadas tarefas, se deixam, muitas vezes, arrastar por paixões e caprichos inconfessáveis. (Apostilas da Vida – Justiça na espiritualidade.)

122. É importante anotar que quanto mais inferior é o grau evolutivo dos culpados, mais sumário é o julgamento pelas autoridades cabíveis, e, quanto mais avançados os valores culturais e morais dos indivíduos, mais complexo é o exame dos processos de criminalidade em que se emaranham, não só pela influência com que atuaram nos destinos alheios, como porque o Espírito, quando ajustado à consciência dos próprios erros, ansioso de reabilitar-se perante a vida e diante daqueles que ama, suplica por si mesmo a sentença regenerativa que reconhece indispensável à própria restauração. (Apostilas da Vida – Justiça na espiritualidade.)

123. O bem-aventurado – Na paisagem invadida de sombras, a multidão sofria e lutava por encontrar uma porta libertadora. Na movimentação dos infelizes, surgiam conflitos e padecimentos, incompreensões e entraves que somente serviam para acentuar a penúria e o medo, as aflições e as feridas reinantes no caminho. (Apostilas da Vida – O bem-aventurado.)

124. Alguns beneméritos aparecem com o objetivo de solucionar o enigma da região. Culto orientador intelectual elevou-se à grande tribuna, envolvida igualmente de trevas, e procurou instruir e consolar a compacta fileira de sofredores, conquistando o respeito geral; contudo, nem todos lhe compreenderam as palavras, e áridas discussões se fizeram no vale da espessa neblina. (Apostilas da Vida – O bem-aventurado.)

125. Veio um grande benfeitor e, compadecido, distribuiu vasta provisão de alimento e agasalho aos famintos e aos nus, merecendo o aplauso de muitos; entretanto, achava-se limitado às possibilidades individuais e não pôde atender a todos, perseverando o império da dor no círculo popular. (Apostilas da Vida – O bem-aventurado.)

126. Surgiu um médico e dispôs-se a curar os corpos doentes e amparou a comunidade, quanto lhe foi possível, recebendo expressivo reconhecimento público; mas não conseguiu satisfazer a exigência total do extenso domínio de sombras, mantendo-se o vale na antiga situação de expectativa e discórdia. (Apostilas da Vida – O bem-aventurado.)

127. Apareceu um filósofo e aconselhou regras especiais de meditação, atraindo o carinho e a gratidão dos pesquisadores intelectualizados; no entanto, era incapaz de resolver todos os problemas e a paisagem prosseguiu dolorosa e escura. (Apostilas da Vida – O bem-aventurado.)

128. Surgiu, então, um homem de boa vontade que, depois de recolher bênçãos e valores, no serviço aos semelhantes, acendeu uma luz no próprio coração. Maravilhoso milagre surpreendeu o vale inteiro. Nem mais contendas, nem mais reclamações. Precipitou-se a multidão para a claridade daquele que soubera transformar-se em lâmpada viva e brilhante, descortinando a estrada libertadora. (Apostilas da Vida – O bem-aventurado.)

129. Tal benfeitor correspondia à exigência de todos e solucionara o problema geral. E, por bem-aventurado, avançou para frente, com o poder de guiar e auxiliar, por haver improvisado em si mesmo o poder silencioso de amar e servir. (Apostilas da Vida – O bem-aventurado.)

130. Não duvidemos, em nossas dificuldades, da capacidade de aprender e ensinar, recebendo as luzes do Alto e distribuindo-as no grande vale da luta humana. Todos os títulos de fraternidade e benemerência são veneráveis, mas o coração que se una ao Cristo e se converte em luz para todos os companheiros da romagem terrestre é, sem contestação, o autor feliz da caridade maior. (Apostilas da Vida – O bem-aventurado.) (Continua na próxima edição.)
 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita