Um minuto
com Chico Xavier

por Regina Stella Spagnuolo

 
Em fins de 1927, o Centro Espírita Luiz Gonzaga, então sediado na residência de José Cândido Xavier, que se fez presidente da instituição, estava bem frequentado.

Muita gente!

Muitos candidatos ao serviço da mediunidade!

Muitas promessas!

José era irmão do Chico e na residência dele realizavam-se as sessões públicas nas noites de segundas e sextas-feiras.

Em cada reunião, ouviam-se exclamações como esta:

— Quero ser médium psicógrafo!...

— Quero desenvolver-me na incorporação!...

— Precisamos trabalhar muito!...

— Não será interessante fundar um abrigo ou um hospital?

O entusiasmo era grande quando, em outubro do mesmo ano, chegou a Pedro Leopoldo, Dona Rita Silva, sofredora mãe com quatro filhas obsidiadas. Vinham ela e o irmão Saul, tio das doentes, da região de Pirapora, zona do Rio São Francisco, no norte mineiro.

As moças, em plena alienação mental, inspiravam compaixão. Tinham crises de loucura completa. Mordiam-se umas às outras. Gritavam blasfêmias. Uma delas chegara acorrentada, tal a violência da perturbação de que era vítima.

O Espírito de Dona Maria João de Deus explicou pela mão do Chico:

— Meus amigos, temos desejado o trabalho e o trabalho nos foi enviado por Jesus. Nossas irmãs doentes devem ser amparadas aqui no Centro. A fraternidade é a luz do Espiritismo. Procuremos servir com Jesus!

Isso aconteceu numa noite de segunda-feira.

Quando chegou a reunião da sexta, José e Chico Xavier estavam em companhia das obsidiadas sem mais ninguém!

Onde o entusiasmo das primeiras horas? Onde os trabalhadores? Reflitamos se esse cenário não se repete até hoje!


Do livro Lindos Casos de Chico Xavier, de Ramiro Gama.
 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita