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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda

Ano 11 - N° 515 - 7 de Maio de 2017

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

 

Sexo e Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 36)

Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.

Questões preliminares

A. No processo de regeneração de padre Mauro, também seriam atendidos seu pai e Jean-Michel, seu perseguidor desencarnado?

Sim. Conforme informação dada por Dona Martina, mãe do padre, seu pai e Jean-Michel seriam levados para o lar que o padre deveria erguer em favor das criancinhas esquecidas do mundo, mas lembradas por Deus, a fim de que ambos fossem igualmente beneficiados. A vitória, disse ela, pertence a todo aquele que porfia e não descansa, a coletar glórias, enquanto a luta não termina. (Sexo e Obsessão, capítulo 18: Os labores prosseguem.)

B. Nos episódios relatados nesta obra, que lição podemos extrair do exemplo dado pelas mães do marquês e do padre?

A lição de que o amor maternal, quando verdadeiro, supera todo e qualquer obstáculo. Diante desse exemplo, diz Philomeno que, enquanto houver mães no mundo, o amor de Nosso Pai estará refletido nos seus atos de extrema abnegação e renúncia. Vira-se ali uma delas renunciar ao esplendor de regiões felizes para descer ao vale de amargura, a fim de oferecer braços protetores ao filho revel, sem pensar na própria felicidade, de que já desfrutava, enquanto a outra assumia o compromisso de permanecer no vale sombrio ao lado do filho dependente, renunciando ao monte de sublimação. Para elas, a felicidade era a liberação dos seus anjos crucificados na agonia proporcionada pela loucura da própria insensatez. Enquanto não os conduzissem à glória solar, não se permitiriam a ascensão plenificadora. (Sexo e Obsessão, capítulo 18: Os labores prosseguem.)

C. Em que momento e de que forma os comparsas do marquês de Sade foram informados de que ele não mais retornaria à cidade perversa?

Quem lhes deu a notícia foi o médium Ricardo, quando, visivelmente inspirado, assomou à tribuna e falou a todos que ali estavam. De sua fala merece destaque o trecho seguinte: “O vosso líder, o marquês de Sade, que vos trouxe a este recinto de felicidade, cansado dos excessos que se tem permitido, optou pela renovação e já não retornará convosco, com aqueles que desejarem volver aos sítios pestíferos de onde procedeis. Ninguém poderá obrigar-vos ao retorno às cavernas de padecimento e de escravidão onde vivíeis. Aqui é a Casa de bênçãos, que se vos distendem acolhedoras e ricas de renovação. Podeis respirar novo clima, acalentar novas esperanças, anelar por paz e trabalhar pela conquista dos valores morais e espirituais que abandonastes, quando tomados pela insensatez e pelo desvario, ao vos entregardes à exorbitância do prazer”. (Sexo e Obsessão, capítulo 19: Liberdade e vida.)

Texto para leitura

176. A vitória pertence a quem porfia – Em sua conversa com padre Mauro, seu filho, Dona Martina lhe disse: “Quando recuperado, iremos buscar teu pai, que levaremos para o lar que erguerás em favor das criancinhas esquecidas do mundo e lembradas por Deus, a fim de que também ele seja beneficiado. Nesse programa de redenção, receberás também Jean-Michel, a quem deves altas somas de amor e de compreensão, incapaz, neste momento, de entender o labor em curso. Como somos viajantes do tempo, o que se encontra estabelecido irá sucedendo sem pressa nem tumulto, e cada qual que se encontra incurso no processo irá chegando até que os delineamentos de hoje se tornem realidade futura. No mais, entrega-te a Jesus, nEle confia e espera, sofrendo com paciência e renovando-te sem cessar. Jamais nos separaremos durante este cometimento de libertação de todos nós, os comprometidos com a Vida. Agora, filho, dorme e sonha com o dia radioso que logo mais amanhecerá. A vitória pertence a todo aquele que porfia e não para a coletar glórias enquanto não termina a luta. Ergue-te, portanto, acima das vicissitudes, enfrenta os trâmites necessários ao reajuste e canta comigo a glória do Senhor que nos ama e labora conosco”. (Sexo e Obsessão, capítulo 18: Os labores prosseguem.) 

177. Como agem as mães verdadeiras – Quando a Entidade generosa terminou, tinha lágrimas que perolavam transparentes, descendo pelas faces. Manoel Philomeno e os outros companheiros, igualmente comovidos, acompanhavam a cena de amor maternal embevecidos e sensibilizados. Duas mães e diversos destinos ali estiveram presentes, construindo o futuro dos filhos tresloucados e arrependidos, que anelavam por nova oportunidade de crescimento na direção de Deus e da Vida. Philomeno pôde então refletir que, enquanto houver mães no mundo, o amor de Nosso Pai estará refletido nos seus atos de extrema abnegação e renúncia. Vira-se ali uma delas renunciar ao esplendor de regiões felizes para descer ao vale de amargura, a fim de oferecer braços protetores ao filho revel, sem pensar na própria felicidade, de que já desfrutava, enquanto a outra assumia o compromisso de permanecer no vale sombrio ao lado do filho dependente renunciando ao monte de sublimação. Para elas, a felicidade era a liberação dos seus anjos crucificados na agonia proporcionada pela loucura da própria insensatez. Enquanto não os conduzissem à glória solar, não se permitiriam a ascensão plenificadora. (Sexo e Obsessão, capítulo 18: Os labores prosseguem.) 

178. O clima psíquico na comitiva do marquês – À medida que os convidados foram conduzidos a regiões próprias no Plano Espiritual e padre Mauro levado por dona Martina de retorno ao corpo, que se encontrava em repouso, o irmão Anacleto, Dr. Bezerra de Menezes, madre Clara de Jesus, Dilermando e os demais companheiros dirigiram-se ao amplo salão que albergava a comitiva do marquês. Embora se encontrassem em relativo silêncio, sentia-se a ansiedade que reinava no ambiente. Alguns expositores espirituais tentaram manter o clima psíquico apresentando dissertações do Evangelho, que não eram levadas na devida consideração, o que gerara certo mal-estar entre todos. Alguns deles, com aparência bizarra, movimentavam-se inquietos, aguardando qualquer ocorrência, como se estivessem preparados para alguma reação, que pensavam seria necessária. Do lado de fora, onde ficaram algumas centenas que não tiveram acesso à Instituição, devido ao estado de zoantropia e de excentricidades vulgares em que se travestiram, a algazarra e o deboche se misturavam, enquanto canções de baixo conteúdo moral eram exaltadas entre gritos e blasfêmias. (Sexo e Obsessão, capítulo 19: Liberdade e vida.) 

179. O médium Ricardo fala aos comparsas do marquês – A sala encontrava-se iluminada e, à sua volta, internamente, diversos Espíritos que mourejavam na Instituição encontravam-se a postos em atitude de bondade, mas também expressando energia e vigor, a fim de que nenhuma desordem assinalasse a atividade em andamento. Na parte do fundo do salão havia um balcão, que funcionava corno mesa diretora, em torno da qual o grupo socorrista se sentou e, ante a aquiescência de madre Clara de Jesus, o irmão Anacleto dirigiu-se à turbamulta, explicando que o marquês de Sade encontrava-se impossibilitado de comparecer àquele ato, mas que tivessem um pouco de paciência, a fim de que fossem finalizadas as atividades espirituais em desenvolvimento. A seguir, o médium Ricardo, visivelmente inspirado, assomou à tribuna e com voz bem modulada começou a falar:  

“Irmãos do sofrimento! Que Jesus permaneça conosco neste e em todos os momentos das nossas vidas! Falo-vos sob inspiração da Verdade, aqui representada pelos Mensageiros do Mundo Maior, embora ainda encarcerado no corpo físico, a fim de que possais aquilatar o valor desta oportunidade, no direcionamento adequado das vossas vidas em relação ao futuro. Somos Espíritos eternos, que a morte não consome nem os disparates aniquilam. Iniciada a nossa jornada de evolução, não há mais como recuar ou parar indefinidamente no processo de libertação das paixões escravocratas e das sensações animalizantes a que nos aferramos. Somos herdeiros da insânia que nos permitimos, mas também dos sacrifícios e esforços de iluminação que conseguimos. Passo a passo seguimos o caminho do autoconhecimento, nem sempre como deveríamos, através de uma decisão irreversível. Muitas vezes estacionamos nas províncias da loucura pelo prazer insaciável, quando nos cumpriria avançar no rumo das emoções sublimantes. Ocorre que a predominância dos instintos primários em nós ainda é muito forte, e a eles nos submetemos sem forças para romper as amarras que nos retêm na retaguarda do caminho por onde deveremos avançar. Não somos anjos ainda, tampouco demônios sem a presença do amor de Deus. Damos prosseguimento, no Além-Túmulo, às experiências que elegemos durante o transcurso carnal. Cada qual desperta além da morte com a bagagem armazenada antes da desencarnação. Por isso mesmo, morrer ou desencarnar, é transferir-se de estágio vibratório, permanecendo nas paisagens infinitas da Vida. Não é, pois, de estranhar, que tenhamos aspirações e fruamos de emoções bem diferentes, que são resultados das nossas seleções desde a experiência carnal, cujo ciclo, que se estende do berço ao túmulo, encerramos, de forma a nos permitirmos novo tentame, avançando sempre no rumo da Grande Libertação. Até agora, ainda não vos destes conta exatamente da ocorrência da vossa imortalidade, dando curso às paixões a que vos ativestes antes, sem permitir-vos meditar em torno do futuro, do que vos aguarda e da necessidade de alterar o comportamento, que não mais pode continuar conforme vem sucedendo. Herdeiros de Deus, porque Seus filhos amados, trazemo-no na intimidade dos sentimentos e na inteireza da consciência que, embora anestesiada no momento, apresenta os primeiros sinais de despertamento, gerando tédio e cansaço, mal-estar e saturação em todos os cometimentos a que vos aferrais. O gozo exorbitante, a loucura do sexo em total desalinho, o prosseguimento das aberrações e fanfarronices não mais atendem às exigências do ser profundo que sois, apresentando-se como uma sensação grosseira que resulta do encharcamento dos tecidos sutis dos vossos perispíritos impregnados de fluidos tóxicos gerados pelas vossas mentes e predominantes na região em que estagiais”. (Sexo e Obsessão, capítulo 19: Liberdade e vida.) 

180. Ricardo diz que o marquês não voltará com eles – O médium silenciou por brevíssimos segundos, relanceando o olhar pelo salão repleto, a fim de medir a receptividade dos conceitos emitidos. Um leve rumor agitou a massa, na qual alguns membros mais alucinados reagiam a meio tom de voz, enquanto outros, de olhar esgazeado e de aspecto dementado, despertavam lentamente, beneficiados pelas vibrações ambiente e pela musicalidade da palavra esclarecedora. Sem dar margem a prolongada pausa, que poderia quebrar o ritmo da proposta de libertação, ele prosseguiu: 

“Desfrutais, neste momento, de imerecida concessão divina, nesta Casa, que vos faculta reflexionar fora do ambiente asfixiante em que vos detendes, em torno da excelência da liberdade e da autossuperação, a fim de poderdes eleger nova conduta e segui-la com os olhos postos nos horizontes iluminados que vos aguardam. Chega de angústias afogadas no licor de suor e sangue das vossas aflições. As saudades dos seres queridos, ora distantes, que vos dilaceram, falam-vos da possibilidade dos reencontros ditosos de que podereis fruir, assim desejeis alterar o comportamento e mudar de situação emocional. Sois escravos, não de Espíritos perversos que vos exploram, mas das vossas próprias paixões, do primarismo que vos jugula às reminiscências do corpo físico, ora inexistente. As sensações que experimentais e disputais sem cessar, não existem mais, nem podem repetir-se, sendo apenas impregnação conservada pelo corpo perispiritual, e que vossas mentes insistem em preservar. O vosso líder, o marquês de Sade, que vos trouxe a este recinto de felicidade, cansado dos excessos que se tem permitido, optou pela renovação e já não retornará convosco, com aqueles que desejarem volver aos sítios pestíferos de onde procedeis. Ninguém poderá obrigar-vos ao retorno às cavernas de padecimento e de escravidão onde vivíeis. Aqui é a Casa de bênçãos, que se vos distendem acolhedoras e ricas de renovação. Podeis respirar novo clima, acalentar novas esperanças, anelar por paz e trabalhar pela conquista dos valores morais e espirituais que abandonastes, quando tomados pela insensatez e pelo desvario, ao vos entregardes à exorbitância do prazer”. (Sexo e Obsessão, capítulo 19: Liberdade e vida.) (Continua no próximo número.)



 


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