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Crônicas e Artigos

Ano 11 - N° 514 - 30 de Abril de 2017

RICARDO ORESTES FORNI 
iost@terra.com.br
Tupã, SP (Brasil)

 

 

A maior de todas as necessidades


“Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça.” – Jesus (Lucas, 22:32)


Essas palavras anotadas por Lucas e dirigidas a Pedro por Jesus, deixa claro que o Mestre rogou ao Criador que fosse fortalecida no apóstolo a sua fé.

Isso que pode em primeira análise parecer muito normal, não nos impede de raciocinar sobre a realidade de que todos os discípulos, como Espíritos encarnados, tinham necessidades de ordem material, tais como, alimentação, moradia, vestimentas, por mais simples que fossem elas, meios de ganhar a própria subsistência face às necessidades variadas que o mundo material exige de quem nele está reencarnado.

No entanto, Jesus está preocupado com a fé do apóstolo. Ele que era a coerência máxima conhecida por nós, deveria ter alguma razão para tal atitude. E realmente teve.

Quando assentamos a fortaleza da fé na condição da satisfação das nossas necessidades materiais que são passageiras, como tudo que é desse mundo, podemos perder a fé quando os contratempos surgem na estrada de cada ser humano, semeados por cada um dos seus autores.

Infelizmente é assim que se comporta uma grande parte da humanidade. Senão, vejamos. Quando não falta o dinheiro para realizar os caprichos do mundo, temos fé em Deus. Julgamos que o Criador está se lembrando da pessoa.

Se gozamos da saúde física, Deus está conosco.

Se conseguimos trocar todo ano de carro, atualizando o modelo, Deus se lembra de nós.

Quando moramos no imóvel dos nossos sonhos, Deus vela por nós.

Quando o dinheiro está farto nos bancos ou nas aplicações materiais das mais variadas é porque Deus está nos amparando.

Se obtivermos uma promoção no emprego para melhorar o salário, é porque Deus está de nosso lado.

Parece que muitos acreditam numa espécie de comércio com a Providência Divina num sistema de me dá cá para poder tomar lá. Traduzindo: eu creio em Deus desde que não conheça nenhum problema com o Espírito imortal em trânsito na escola da Terra.

Ou seja, nossa fé passa a ser assentada sobre as nossas condições de tranquilidade na vida material. A fé é uma consequência dessas condições. Por isso mesmo, quando o barco da nossa existência passa a navegar por águas revoltas, a fé enfraquece e bruxoleia como a luz de uma vela submetida a um vento muito forte, podendo inclusive se apagar.

Por isso Jesus roga a Deus primeiramente pela fé de Pedro e não pela situação material do apóstolo perante o mundo. Dessa maneira, a fé independe das dificuldades do mundo físico e é capaz de continuar viva e firme apesar de todas as dificuldades que repontam pelo caminho.

Relembremos Emmanuel no livro Vinha de Luz, no capítulo Necessidade essencial:

“Declara o Mestre haver pedido ao Supremo Senhor para que em Pedro não se enfraqueça o dom da fé.

Salientou, assim, o Cristo, a necessidade essencial da criatura humana, no que se refere à confiança em Deus, num círculo de lutas onde todos os benefícios visíveis estão sujeitos à transformação e à morte.

Reconhecia que a segurança espiritual dos companheiros terrestres não é obra de alguns dias, porque pequeninos acontecimentos podem interrompê-la, feri-la, adiá-la. A ingratidão de um amigo, um gesto impensado, a incompreensão de alguém, uma insignificante dificuldade podem prejudicar-lhe o desenvolvimento”.

Creio que esse último parágrafo representa muito bem o que ocorre conosco. Na menor das intranquilidades perdemos a fé ou, pelo menos, temo-la abalada, muitas vezes de maneira extremamente grave. Não vou nem me referir à dor máxima da partida de um ente querido, mas a uma doença que insista a nos transmitir a lição de que necessitamos já constitui um exemplo muito sério a ameaçar a fé que se assentou nas condições de termos tranquilidade perante o mundo.

Encerra Emmanuel a página mencionada ensinando que devemos nos convencer de que a fé viva na vitória final do espírito eterno é o óleo divino que nos sustenta a luz interior para a divina ascensão.

A nossa fé tem vindo na vanguarda de todos os acontecimentos por mais problemáticos que sejam eles, ou nossa fé ocupa o último lugar da fila, somente existindo se as condições que o mundo nos apresente seja de paz e de ausência de aborrecimentos?


 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita