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Crônicas e Artigos

Ano 11 - N° 513 - 23 de Abril de 2017

MARCOS PAULO DE OLIVEIRA SANTOS
mpoliv@bol.com.br
Taguatinga, DF (Brasil)

 

 

Reflexões sobre “A Parábola 
do Bom Samaritano”


Todo ensinamento do ínclito Mestre Jesus se reveste de uma profundidade que ainda não temos condições de aquilatar. A lição do “Bom Samaritano”, por exemplo, insculpida em São Lucas, 10:25 a 37, é uma dessas preciosidades para nossas vidas.

Com o escopo de compartilhar com os leitores de ideal espírita o pouco que depreendemos da lição, vejamos o que diz a referida passagem:

Mas, o homem, querendo parecer que era um justo, diz a Jesus: Quem é o meu próximo? – Jesus, tomando a palavra, lhe diz:

Um homem, que descia de Jerusalém para Jericó, caiu em poder de ladrões, que o despojaram, cobriram de ferimentos e se foram, deixando-o semimorto. Aconteceu em seguida que um sacerdote, descendo pelo mesmo caminho, o viu e passou adiante. Um levita, que também veio àquele lugar, tendo-o observado, passou igualmente adiante. Mas um samaritano que viajava, chegando ao lugar onde jazia aquele homem e tendo-o visto, foi tocado de compaixão. Aproximou-se dele, deitou-lhe óleo e vinho nas feridas e as pensou; depois, pondo-o no seu cavalo, levou-o a uma hospedaria e cuidou dele. No dia seguinte tirou dois denários e os deu ao hospedeiro, dizendo: – Trata muito bem deste homem e tudo o que despenderes a mais, eu te pagarei quando regressar.

Qual desses três te parece ter sido o próximo daquele que caíra em poder dos ladrões? O doutor respondeu: – Aquele que usou de misericórdia para com ele. – Então, vai, diz Jesus, e faze o mesmo.

Antes de alguns apontamentos, faz-se mister considerar que a parábola é uma narrativa alegórica que transmite uma mensagem indireta. E no caso de Jesus, de profundo conhecimento moral.

Vejamos o que podemos depreender da lição:

1)           Samaritano era considerado um herético; um ser malquisto pela sociedade. Todavia, essa pessoa praticou a caridade (amor ao próximo), que é o ensinamento maior de Deus e o que realmente importa.

2)           “Um homem, que descia de Jerusalém para Jericó”, curiosa a expressão do Mestre. Ele poderia utilizar qualquer outra palavra: caminhava; cavalgava; ia; enfim. Porém, preferiu “descia”. Isso decorre da localização dessas cidades. Jerusalém era (e continua a ser) considerada uma cidade sagrada. E está situada em um planalto. Lá, estavam os conhecimentos das escrituras; os templos sagrados, as discussões exegéticas etc. Podemos considerar Jerusalém como uma esfera mais elevada. E as pessoas “desciam” para Jericó, a cidade profana; a cidade do mundo; a cidade dos negócios para os embates do cotidiano... Ora, Jesus nos exorta a “descer” dos templos de reflexões morais para o mundo e neste colocar em prática os conhecimentos lá sorvidos. O templo não deve ser circunscrito a uma localidade, devemos carregar no coração; nas ações da bondade.

3)           Após a violência sofrida pelo transeunte, tem-se um comportamento curioso. O sacerdote e o levita vendo-o, preferiram seguir adiante. A despeito dos conhecimentos morais que detinham, mostraram-se indiferentes. Não é necessária uma situação como a narrada para que tenhamos uma atitude de compaixão; caridade, proativa. Muitos de nós têm a atitude de levitas e sacerdotes, indiferentes, quando passamos diante de pessoas que dormem na rua; pedintes nos semáforos; esfomeados nos tugúrios; andarilhos que remexem os lixos etc. Vivemos tempos líquidos, em que paira no ar a instabilidade; o medo; a fragilidade das relações... E isso precisa ser combatido urgentemente!

4)           Por fim, tem-se a postura do Samaritano, rotulado como um ser desprezível, foi o que teve a atitude mais nobre; mais agradável a Deus. É o convite de Jesus para que tenhamos um comportamento digno; compatível com a nossa consciência (pois é nela que consta a lei de Deus) e ignoremos as opiniões alheias que visam nos desviar do bom caminho.

Óbvio que a parábola traz em seu bojo maiores conhecimentos que, infelizmente, devido às minhas limitações não consegui apreender. De todo modo, penso que a essência seja justamente a de que fora da caridade não há salvação!

 

Referência:  

KARDEC, Allan, 1804-1869. O Evangelho segundo o Espiritismo: com explicações das máximas morais do Cristo em concordância com o Espiritismo e suas aplicações às diversas circunstâncias da vida / por Allan Kardec; [tradução de Guillon Ribeiro]. - 120. ed. - Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2002.



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita