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Crônicas e Artigos

Ano 11 - N° 513 - 23 de Abril de 2017

GUARACI DE LIMA SILVEIRA
guaracisilveira@gmail.com
Juiz de Fora, MG (Brasil)

 

 

Atitudes corretas?


O evangelista João escreveu em seu evangelho, no capítulo 14 Vv. 1 a 5, o seguinte: 
Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. Mesmo vós sabeis para onde vou, e conheceis o caminho. Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho? Quando Jesus pronunciou estas palavras, estava se despedindo dos apóstolos na famosa Ceia Pascal. Horas depois seria preso e condenado.  

Deu-nos assim a informação necessária para que quando nos tornássemos pesquisadores tivéssemos um pouco mais de atenção e cuidado com as coisas pesquisadas. Ele estava se referindo às dimensões espirituais da Terra, bem como ao Universo. Hoje as sondas espaciais são lançadas na tentativa de desvendar tantos enigmas que nos circulam. Há tantas coisas criadas no Universo que escapam totalmente à nossa capacidade de entendê-las, principalmente o motivo de sua criação. O bom é pesquisá-las mesmo, contudo, o sensato é respeitar o que não entendemos ainda. Nada foi e é criado por acaso ou sem uma justa composição. Deus, a inteligência suprema e causa primária de todas as coisas, tem o perfeito domínio sobre tudo o que cria.

Vamos à questão 55 de O Livro dos Espíritos: “Todos os globos que circulam no espaço são habitados?

– Sim e o homem terreno está bem longe de ser, como acredita, o primeiro em inteligência, bondade e perfeição. Há, entretanto, homens que se julgam espíritos fortes e imaginam que só este pequeno globo tem o privilégio de ser habitado por seres racionais. Orgulho e vaidade! Creem que Deus criou o Universo somente para eles”.

A resposta não deixa dúvidas. Kardec ainda completa dizendo: “Deus povoou os mundos de seres vivos, e todos concorrem para o objetivo final da Providência”.

Desta forma é tempo de entendermos que não estamos sozinhos no Universo e tampouco podemos atingir as casas dos outros com nossas inconsequências, que podem causar sérios danos a casas alheias.

A Sonda Galileu foi lançada em outubro de 1989 pela NASA com o objetivo de explorar o Planeta Júpiter. Esse gigante do nosso Sistema e que nos encanta pelo tamanho, cores e suas 63 luas, além de anéis que o circulam. Objetivo nobre o saber como é e como funciona tal planeta que, segundo pesquisas, em dois milhões de anos terá tudo para se transformar em uma estrela, outro sol em nosso sistema.

Porém, a par de tudo isso, temos que considerar coisas importantes. Segundo os cientistas da NASA, a Galileu carregava um reator de plutônio para possibilitar suas propulsões. No dia 21 de setembro de 2003, ela se chocou contra o planeta Júpiter. Acidente? Não. Opção dos cientistas. Diz JJ Kavelaars, astrônomo canadense que fez parte de várias descobertas das luas de Júpiter: “Nós explodimos um dispositivo nuclear na atmosfera de Júpiter”. Segundo informações dos cientistas, a Sonda Galileu carregava um reator nuclear em perfeito funcionamento quando isso ocorreu. De acordo com Kavelaars eles estavam com esse reator e tinham que escolher entre deixá-lo flutuando no espaço ou descartá-lo de alguma forma em algum lugar. E o lugar escolhido foi Júpiter.

Kevin Baines, cientista planetário da NASA, disse: “Havia um perigo de a Sonda Galileu atingir a lua Europa daquele planeta. Mas achamos que aquela lua possui vida abaixo do seu vasto oceano congelado”, então, como disse Kavelaars: “Não queríamos colidir a sonda com um objeto que carrega vida”. Assim optaram por Júpiter, que, segundo eles, não possui vida conhecida. Porém Marc D’Antônio, analista de Imagens da MUFON, sigla para uma das maiores e mais antigas organizações investigativas dos Estados Unidos, sobre a questão dos UFOs ou objetos voadores não identificados, veio a dizer: “Júpiter é um planeta gigante que suga praticamente tudo o que passa perto dele”.  Ocorre que, de acordo com Marc D’Antônio, tal escolha de colidir a sonda com Júpiter “Poderia transformar Júpiter numa imensa bola de fogo”. E Kevin Baines conclui dizendo: “Tudo evaporou e agora faz parte dos gases efêmeros de Júpiter”. Foi um risco. Tremendo risco aquele.

Parece mentira que homens inteligentes e envolvidos com grandes pesquisas façam esses jogos de guerra nas estrelas, atingindo alvos que não são seus. Daí que devemos amadurecer muito para que nossas pesquisas em astrofísica não coloquem em riscos outros planetas. E de vez em quando vemos filmes onde alienígenas invadem a Terra querendo destruí-la. E os combates são ferrenhos. Ora, se queremos proteger o que é nosso; como, sem nenhum critério, avançamos contra os mundos de outros habitantes?

“Há muitas moradas na Casa do Pai” - disse Jesus. Elas possuem habitantes segundo os Espíritos responsáveis pela Codificação. Valem as propostas científicas sim, contudo, que elas tenham sempre o cuidado de preservar construções que por hora ainda não entendemos suas causas, razões e funcionamentos.

Esta é uma grande causa: o de entendermos a razão pela qual Deus criou tão vasto império de estrelas, planetas, nebulosas, galáxias... Mas, para prosseguirmos, temos que estudar e abranger a operosidade da Bússola Maior que, sem dúvida, é o Evangelho de Jesus, como nos disse Emmanuel em mais um dos seus criteriosos apontamentos. O Mestre deseja nossos avanços, mas que sejam feitos de forma criteriosa, respeitando o que ainda desconhecemos, adentrando-lhes as intimidades quais sondas inteligentes e sabedoras de que há uma causa primordial para os acontecimentos e formações.

E aqui nos lembramos de Santo Agostinho no capítulo terceiro de O Evangelho segundo o Espiritismo. Ele se refere a planetas felizes e celestes. Será Júpiter um dentre alguma dessas categorias? Ainda não sabemos, mas temos conhecimentos de que ainda nem saímos de um mundo de provas e expiações e como desejar invadir um planeta de formação gasosa que paira solene e respeitosa, entendendo nossa pequenez e fragilidades?

Pensar é preciso. Navegar com cuidado é opção imperiosa. Quem sabe conseguiremos desenvolver algum tipo de código e nos comunicarmos com os habitantes de outros mundos? Certamente que eles assim o desejam. Contudo, o que vemos é um permanente ocultar de dados e informações que tornam a mente humana ainda mais guerreira em um campo que absolutamente nada conhece.

Olhar o céu como os antigos o fizeram. Criar instrumentos de pesquisas como os primeiros cientistas criaram. Maravilhar-se e projetar-se como um caminheiro que traz consigo a luz dos seus lampiões. Hoje lampiões, amanhã faróis. Mas, com tempo dado ao que o tempo exige. O Universo é simples, porém complexo. E, em complexidades, se adentra com alegria a cada passo dado e não como bólidos lançados como arpões a fisgar o que não se consegue enxergar. Há que ter “Olhos de ver e ouvidos de ouvir”, como nos aconselhou Jesus, pois se são muitas as moradas da Casa do Pai, tantos outros são os fundamentos que as dirigem. É bom pensar assim, preludiando atitudes corretas, porque maduras, em tudo quanto sonharmos e realizarmos.


 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita