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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 510 - 2 de Abril de 2017

MARCUS VINICIUS DE AZEVEDO BRAGA
acervobraga@gmail.com
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)

 


Humanices


Pedro mudara de casa espírita novamente. Chegara agora com sua família ao Centro Espírita Hilário Silva, casa de vários trabalhos e palpitantes palestras. Ao chegar, como trabalhador que era, Pedro logo se engaja nas atividades doutrinárias, contribuindo com afinco na seara espírita.

Passados um, dois, três meses, e as relações de Pedro com o pessoal da casa começam a “azedar”. Começa o disse-me-disse, os ciuminhos, as invejinhas, as intrigas e fofocas. De burocratismos a mal-entendidos, o trabalho começa a ficar pesaroso, desgastante para Pedro, que pensa em desistir. Ir à casa espírita torna-se um fardo.

À noite, em suas preces, ele pede fervorosamente orientação e, quando dorme, tem um sonho daqueles nos quais nos comunicamos com o Plano espiritual. Nele um Espírito com semblante sereno e experiente lhe diz: “- Filho, tenha paciência... A casa espírita é uma organização humana, e, como tal, é cheia de humanices...

Pedro acorda sobressaltado, mas capta o recado. Muda sua forma de ver as coisas e as pessoas, e foca no trabalho. Relevando daqui, compreendendo de lá, adentra com mais força no trabalho na seara do Senhor.

Assim como o protagonista da breve história que abre esse artigo, todos nós cometemos o equívoco de atribuir à casa espírita, por ser um templo religioso, uma aura de local santificado, para além das fraquezas humanas. Buscamos lá encontrar santos purificados e nos enchemos de expectativas sobre as pessoas e suas relações. Mas a realidade vem, implacável, e nos decepcionamos...

Como disse o Espírito no sonho de Pedro, a casa espírita é uma organização humana, um instrumento para nosso processo evolutivo, mas humano. Humano como é o hospital, a escola, o clube, cada qual com a sua finalidade no nosso contexto social.

Sendo a organização humana que trabalha a nossa espiritualidade, ainda que esperemos que cada um mostre o seu melhor, cada um apresenta o possível naquele momento, e terminamos, às vezes, por nos decepcionar, dada a grande expectativa em confronto às humanices que encontramos, em especial, a inveja, o ciúme, a ganância e a maledicência.

Já conhecemos essa abordagem de ver nos templos religiosos santos, fora do mundo real. Os túmulos caiados ao qual se referia Jesus. Sabemos que não dá certo... Temos que enxergar na casa espírita o irmão nosso de cada dia, que ali tenta se melhorar nos papéis que surgem, como evangelizador, como palestrante, como trabalhador, dirigente, ou mesmo um atento frequentador.

Mais do que um local de santos, a casa espírita é um local de trabalho e estudo, ferramentas que nos farão melhores na mágica do cotidiano. Fugir do local pela decepção é esquecer que em outras casas encontraremos as mesmas humanices, humanices essas que também trazemos em alguma medida e que somente serão trabalhadas no convívio com o outro, aprendendo a amar.




 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita