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Brasil
Ano 10 - N° 509 - 26 de Março de 2017
PAULO SALERNO
pgfsalerno@gmail.com
Porto Alegre, RS (Brasil)
 

  

Divaldo Franco:
“O amor é seiva de vida para se alcançar a felicidade”

Comemorando antecipadamente os setenta anos de oratória, iniciada em 27 de março de 1947 em Aracaju (SE), o estimado orador falou em Ponta Grossa a um público numeroso
 

Em noite agradável, Divaldo Franco apresentou-se no dia 16 de março em Ponta Grossa para mais uma brilhante conferência, como vem fazendo ininterruptamente desde o ano de 1954 quando esteve pela primeira vez nos Campos Gerais do Paraná.
 

O Salão Social Arthur João de Maria Ribeiro, do Clube Princesa dos Campos – Clube Verde -, foi palco para mais uma grande confraternização dos espíritas paranaenses.

Antes do evento, o Sistema Brasileiro de Televisão – SBT- Ponta Grossa – realizou entrevistas com a escritora Suely Caldas Schubert, de Minas Gerais; Lúcia Flores Moehlecke, da Equipe do Livro Divaldo Franco, do Rio Grande do Sul; Demétrio Ataíde Lisboa, Presidente do Centro Espírita Caminho da Redenção/Mansão do Caminho, da Bahia; Jorge Godinho Barreto Nery, Presidente da Federação Espírita Brasileira – FEB -, entre outras personagens; e Divaldo Pereira Franco que falou sobre o começo de sua mediunidade, o seu desejo de continuar na obra do bem, a transição planetária e o intercâmbio entre os mundos habitados, e a felicidade – a paz na intimidade do indivíduo.

Após bela interpretação musical ao som do clarinete, compuseram a mesa diretiva Luís Maurício Resende, Conselheiro da Federação Espírita do Paraná – FEP; Adriano Lino Greca, Presidente da Federação Espírita do Paraná – FEP -; Jorge Godinho Barreto Nery, Presidente da FEB; Edson Luiz Wacholz, Presidente da União Regional Espírita – 2ª Região; e Divaldo Pereira Franco. Presentes, também, outras lideranças do Movimento Espírita do Paraná e do Brasil.

A atividade em Ponta Grossa fez parte da XIX Conferência Estadual Espírita que se desenvolveu desde o dia 13 de março em várias cidades do

Divaldo durante entrevista com a SBT

Divaldo com Suely Schubert

Divaldo com Jorge Godinho
e Adriano Greca

Momento de autógrafos

interior do Paraná para ter o seu ápice em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, no período de 17 a 19, no Expotrade Convention Center.

Mais de duas mil pessoas assistiram à conferência

Comemorando antecipadamente os setenta anos de oratória, iniciada em 27 de março de 1947, em Aracaju/Sergipe, e o nonagésimo aniversário de Divaldo Franco, foi-lhe ofertada, em nome da URE-2ª Região, uma placa de reconhecimento pelos inestimáveis esforços em prol da Doutrina Espírita e agradecimento pela amizade e carinho que o médium e orador espírita da Bahia dedica aos confrades e simpatizantes do Espiritismo na região de Ponta Grossa.

Iniciando a conferência para mais de dois mil presentes em dois ambientes, Divaldo Franco discorreu sobre o conhecimento conquistado pelo homem, da micropartícula ao macrocosmo, como uma conquista notável, bem como o desenvolvimento do pensamento humano. Estas conquistas, aliando a tecnologia e a ciência, prolongam a vida do homem sobre a Terra. As comunicações, pessoais e institucionais, se constituem em um avanço notável. Por outro lado, a humanidade experimenta, ainda, os flagelos das guerras, da violência de toda ordem, a miséria material e moral. A paz ainda se encontra distante dos corações e das mentes do homem moderno, carente de transformação moral, apesar de todos os avanços modernos.

Esquecendo-se de si, para viver o mundo exterior, atendendo as suas próprias paixões, os instintos e as sensações, o homem deixou de viajar para dentro de si mesmo, descobrindo-se como um ser capaz de amar, possuidor de um sentido moral e psicológico para a vida, dando um significado ético, autoconhecendo-se e identificando a sua condição de ser psicológico.

O homem moderno está coisificando-se

Em faltando um significado para a vida, o homem está enveredando pelo caminho da depressão. Estudos da Organização Mundial da Saúde estimam que haja 360 milhões de depressivos crônicos, e que em 2025 a depressão será a primeira causa de mortes através do suicídio, por absoluta falta de um sentido psicológico para a vida.

Rollo May (1909-1994) afirmava que a sociedade humana havia elegido como parâmetros para a felicidade o individualismo, o sexismo e o consumismo. Todos são caminhos de fuga para a realidade existencial. O homem moderno, cibernético, está coisificando-se. Já não conversa mais, não dialoga, somente discute. Isolou-se, e a solidão instalada o consome.

Que fazer? Carl Gustav Jung (1875-1961), psiquiatra suíço e fundador da psicologia analítica, escreveu em três dias e noites, freneticamente, o livro Resposta a Job, personagem mitológica da Bíblia, onde apresenta uma definição a respeito da consciência, destacando que o verdadeiro momento de consciência é quando o Ego toma conhecimento do SELF, do EU profundo. A busca pelo autoconhecimento levará o homem a construir-se mais equilibrado, responsável, amoroso. A família é o laboratório ideal. Voltar à família, construindo o genuíno lar é tarefa que todos devem realizar.

Emilio Mira y Lopez, (1896-1964), sociólogo, médico psiquiatra, psicólogo e professor, estabeleceu os gigantes devoradores da vida humana: rotina, ansiedade e medo. São elementos presentes na vida de grande parte da humanidade, e que comprometem o equilíbrio integral - físico, psicológico e espiritual -, impedindo os indivíduos de alcançarem o estado de paz e felicidade.

Quem é solidário não é solitário

A falta de metas psicológicas profundas, de motivação, vivendo para o atendimento dos instintos básicos - comer, repousar e procriar -, em permanente estado de ansiedade, sem confiança em si mesmo e na providência divina, sem controle dos medos e da libido, compõe o quadro ideal para as perturbações íntimas.

Joanna de Ângelis, mentora espiritual, estimula os indivíduos à realização de esforços para transformar esses gigantes perniciosos da alma. Em vez da rotina, ter uma vida dinâmica, variando as atividades, experimentando novas oportunidades, sempre lubrificada pela ação inovadora; em vez de sucumbir aos medos, enfrentá-los com o uso da audácia, da coragem, sabedor de que Deus vela pelas suas criaturas, acreditando na paternidade divina; a ansiedade deve ser substituída pela confiança em si mesmo, na perfeita justiça e misericórdia divinas, que tudo provê, vivendo cada momento tendo a consciência do que está fazendo ou vivendo; a solidão deve ser substituída pela solidariedade – o solidário não é solitário -; e, por fim, educar a libido, para poder viver o amor mais puro, livre de conflitos e desequilíbrios perturbadores. É o amor vivido e exemplificado por Jesus de volta aos corações humanos, a Sua proposta é psicoterapêutica. Jesus é o maior psicoterapeuta que a humanidade jamais conheceu, na definição de Hanna Wolff, psicanalista alemã.

O amor é seiva de vida para se alcançar a felicidade. Deve-se compreender que a vida de cada um depende de outrem, constituindo a grande família universal, onde cada um faz o melhor sem se preocupar a quem esteja servindo.

Espiritismo: novo sermão do monte

Sem mesmo perceber, cada indivíduo é um instrumento para o outro. Atuante, o homem responsável não deve resignar-se com o mal que grassa no seio da humanidade. É necessário quebrar essa rotina. A mentora Joanna de Ângelis orienta para que os homens se habituem a descobrir os invisíveis da sociedade humana, isto é, os desafortunados, os miseráveis, tanto material quanto moralmente. O amor deve ser dirigido, ofertado indistintamente, tanto para os amigos, como para os inimigos. Milton Hyland Erickson (1901-1980), psicoterapeuta norte-americano, destaca que as parábolas de Jesus são psicoterapêuticas.

As condecorações dos cristãos verdadeiros, salientou o nobre conferencista, são as cicatrizes do sofrimento, oriundas do burilamento a si mesmo, aparando as arestas agressivas. É necessário ser feliz, mesmo carregando dificuldades, servindo sempre, principalmente aos familiares, sem jamais desistir dos sonhos. O Espiritismo é o novo sermão do monte, construindo uma sociedade digna. É a doutrina que leva o homem a crer racionalmente. É a ciência e a religião unidas em prol da humanidade.

Quando o indivíduo perdoa, desalgema-se e trabalha em favor da humanidade, agasalhando pensamentos voltados para as virtudes, afastando-se dos pensamentos pessimistas e fomentadores do mal. Amar é tornar-se feliz. Assim, tocando os corações e despertando as mentes ainda adormecidas, o humanista Divaldo Franco encerrou a magnífica conferência em Ponta Grossa sob fortíssimos aplausos após a apresentação do poema Meu Deus e Meu Senhor.



Nota do autor:
 

As fotos desta reportagem são de autoria de Jorge Moehlecke.

 



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita