Marilda Budoia de Aguiar Silva: 

“A doutrina espírita despertou-me para um novo entendimento
da vida” 

A coordenadora da área mediúnica do Centro Espírita
Amor e Caridade, de Cafelândia (SP), fala-nos
sobre sua experiência nas lides espíritas
 

Marilda Budoia de Aguiar Silva (foto), espírita desde 1989, natural e residente em Cafelândia, no interior paulista, vincula-se ao Centro Espírita Amor e Caridade, onde coordena a educação mediúnica. Nesta entrevista, ela nos conta suas experiências na atividade espírita.

Cafelândia é um município situado no noroeste do Estado de São Paulo, localizado a 420 km da capital e conta com aproximadamente 17.500 habitantes. Atualmente a maior festa Cafelandense, que em 2016 completou 36 anos, é a famosa CAFEARTES (feira de artesanato), realizada do começo do mês de setembro, coincidindo com o feriado da independência. Fazemos, ainda, referência a personagem conhecido, filho de Cafelândia, José Datrino, mais conhecido como Profeta Gentileza.  A economia do município tem com base a agricultura e a pecuária. Atualmente com a instalação da usina de álcool no município e várias outras na região, o cultivo da cana de açúcar vem-se destacando fortemente. Cafelândia ainda conta com moderno distrito industrial em que diversas indústrias de pequeno e médio porte ajudam a sustentar a economia local.  

Quantas instituições espíritas há na cidade e quem foi o personagem pioneiro?   

Contamos com uma única instituição. A primeira casa espírita da cidade surgiu nos meados do ano de 1920, com o nome de Centro Espírita Bezerra de Menezes, tendo à frente os confrades José de Souza Gaia e esposa, Primo Borin, Carlos Ferreira da Rocha e outros. O registro na Federação Espírita Brasileira foi feito em 14 de julho de 1925, quando a casa passou a denominar-se Centro Espírita Amor e Caridade, sob a presidência do Sr. Arthur Genari.  

Situando-se muito próxima de progressistas cidades, qual a influência espírita dessas cidades no movimento espírita local? 

A que mais influi no movimento local é a vizinha cidade de Lins, que centraliza a sede da USE Intermunicipal e tem como referência a Casa dos Espíritas, que nos envolve constantemente com suas atividades de estudos e palestras e também o clube do livro.  

Qual o perfil da instituição a que a amiga se vincula? 

Nossa casa mantém atividades de estudos, artísticas, feira de livros, prática mediúnica e departamento de assistência social (confecções de enxovais para recém-nascidos, confecção de roupas infantis para doação às creches e cestas básicas). 

Das atividades em andamento, qual se destaca? 

As atividades que se destacam são as reuniões comemorativas com a apresentação do Grupo Musical Vozes Vida, com um excelente repertório de músicas espíritas, e a confecção anual, que foi em média de 1.600 peças de roupas infantis, bem como a arrecadação de 3.000 kg de alimentos para doação. 

Cite um fato marcante na história do movimento espírita da cidade. 

A realização do Simpósio Espírita em nossa cidade no ano de 1997, pela Federação Espírita do Estado de São Paulo, que reuniu ótimo público e com excelente repercussão. 

De sua experiência pessoal, o que gostaria de dizer das atividades espíritas desenvolvidas na cidade? 

As feiras do livro espírita, realizadas durante a feira de artesanato (CAFEARTES) e também atualmente na cidade com excelentes resultados. 

Que representa o Espiritismo em sua vida? 

A doutrina espírita despertou-me para um novo entendimento da vida e para a realização do trabalho no bem. 

Suas palavras finais. 

Cada um pode servir a seu modo. Não ficar de braços cruzados, mas apresentar-se como voluntário, sem a necessidade de ser convocado. Estas são orientações que recebi e que repasso.