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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 509 - 26 de Março de 2017

MARIA ANGELA MIRANDA
mangela@sucessolondrina.com.br
Londrina, PR (Brasil)

 


Surfando na onda de
água e lama


Num janeiro chuvoso - como são todos os janeiros -, estavam dois senhores sentados em um dos bancos do calçadão que fica em frente à editora, quando um disse ao outro: era uma imensa onda de água e lama, tinha um cara apavorado em cima de um carro, aterrorizado diante do perigo iminente. O outro riu e disse, talvez ele esperasse que Jesus lhe dissesse como disse a Simão Pedro: lança tua rede e pesca!... Os dois riram e a conversa prosseguiu.

Aquela cena me acompanhou por muito tempo. Lembrei-me daquela passagem em que Pedro, cansado depois de uma noite de pesca frustrada, já que ele e seus companheiros haviam passado a noite trabalhando e não tinham pescado peixe algum, sentiu-se descrente de tudo.

Acabamos de deixar para trás 2016, um ano difícil para muitos dos brasileiros, estamos, como Pedro, descrentes de nossas habilidades de gerar provimento para nossas necessidades, não encontramos motivos para nos alegrar, nossas redes como a de Pedro não foram capazes de vencer os obstáculos da escassez. Nossos conhecimentos e experiências não foram suficientes para nos tornar capazes de vencer nossas dificuldades. 2016 foi um ano de derrota, nossa força deu lugar à fraqueza, a esperança deu lugar à decepção, a certeza deu lugar à dúvida. Então pensei em Jesus, que sabendo das dificuldades enfrentadas por Pedro, sabendo que o mar estava bravo, disse: “faze-te ao mar alto, e lançai as vossas redes para pescar”. (Lucas, 5:4).

Assim como Pedro, lançamo-nos em 2017 vacilantes, cansados, inseguros, cabisbaixos, porém, quando me lembro da ordem de Jesus: “faze-te ao mar alto, e lançai as vossas redes para pescar”, quase consigo vislumbrar o barco de Pedro voltando da pesca tão cheio, que não cabia nele nem mais um peixe por pequenino que fosse.

Meu coração se enche de alegria e de esperanças, pois Jesus conhece a situação do nosso mar, conhece a nossa rede, conhece nosso caráter e, apesar disto, nos diz: “faze-te ao mar alto, e lançai as vossas redes para pescar”. Ele nos garante, como garantiu a Simão Pedro, que se nos movermos com direção certa, se acreditarmos sem ser cegos, se trabalharmos sem esmorecimento, se formos críticos sem ser céticos, se confiarmos em nosso barco com a certeza da ordem recebida, poderemos trazer nossa rede com peixes, talvez não na abundância que desejaríamos, mas na quantidade certa que necessitamos.

Meu convite para 2017 é que surfemos sobre nossa onda de água e lama sem menosprezarmos sua essência, sem escondermos sua origem, sem fingirmos que ela não existe, mas com firmeza. Com a firmeza daquele que sabe que é filho de Deus, que não é perfeito, mas que quer melhorar, corrigir seu engano, que tem uma parcela de responsabilidade na produção desta água e lama, mas que sentiu na pele a consequência, aprendeu com seus tropeços e que a hora é de reconstruir, recomeçar, lançar nossa rede.


 

 


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