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Brasil
Ano 10 - N° 508 - 19 de Março de 2017
DJAIR DE SOUZA RIBEIRO
djribeiro@uol.com.br
Santo André, SP (Brasil)
 

  

Divaldo Franco:
“Hoje, mais do que nunca, temos a necessidade de viver Jesus”

 Um público numeroso – cerca de 4.200 pessoas – assistiu
na cidade mineira de Uberlândia a mais uma brilhante
conferência proferida pelo estimado orador

No dia 2 de março, o Centro de Convenções de Uberlândia, Minas Gerais, foi insuficiente para atender a tantos que buscavam ouvir Divaldo Franco. Amplas e confortáveis instalações acolheram cerca de 4.200 pessoas.
 

Assumindo a tribuna, Divaldo Franco deu início à conferência citando as palavras de Allan Kardec a respeito da Ciência e do Espiritismo conforme está em A Gênese: “O Espiritismo, caminhando com o progresso, não será jamais ultrapassado, porque se novas descobertas lhe demonstrarem que está em erro sobre um ponto, modificar-se-á sobre esse ponto; se uma nova verdade se revela, o Espiritismo a aceitará”.

Em seguida, Divaldo apresentou uma espetacular e esclarecedora incursão pelo avanço da ciência e do pensamento racional e positivista passando pelos principais destaques e desbravadores de várias especialidades dos últimos 150 anos: Psiquiatria, Psicologia, Física, Química, Astronomia e a contribuição de cada um deles para o progresso do conhecimento humano.

A ciência materialista e céptica com relação a Deus, à alma e à continuidade da vida após a morte do corpo físico começa a se dobrar, ensaiando aceitar tais conceitos à força dos resultados

concretos logrados por uma série grande de pesquisadores e confiáveis cientistas e que seguem, por ora, ainda desconsiderados pelo pensamento acadêmico – refletindo sua arrogância e orgulho – refratário à Ciência do Espírito. Mas é só uma questão de tempo para que a Ciência e o Espiritismo se unam complementando-se.

Divaldo, então, passou a enumerar as conquistas do pensamento científico materialista opondo-lhe as considerações da própria Ciência.  Começou pela antiga Grécia com a Filosofia, que buscava e ainda busca responder: Qual o sentido da vida? Há vida após a morte do corpo físico?

Divaldo fala de Leucipo e Demócrito, precursores do pensamento atomista que reduz a criatura a um agrupamento de átomos. Mas qual seria o propósito existencial desse amontado de átomos? Cita Sócrates e Platão, que se contrapondo à doutrina atomista mostram que a vida tem um sentido ético e moral.

Após passar pelas considerações e interpretações de uma grande série de doutrinas – Bhagavad Gita e os Upanishades da tradição hindu, passando pelos Livro dos Mortos dos Egípcios da antiguidade e as cogitações da Maçonaria, revelando a preocupação manifesta em todas elas a respeito do significado superior da Vida – Divaldo chega ao Espiritismo e a base sólida em que a doutrina dos Espíritos foi edificada, citando então, na sequência, os pilares que a sustentam:

1. Existência de Deus – Investigador emérito, Kardec pergunta aos Bons Espíritos conforme O Livro dos Espíritos, questão 4 : Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus? E a resposta é sublime, pois é tirada do pensamento lógico advogado pelos cientistas: “Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá”.

2. Imortalidade da alma – Não devemos confundir Imortalidade – não destruição dentro do conceito de Espaço e Tempo – com a Eternidade, que é a inexistência de Espaço e Tempo.

3. Comunicabilidade dos Espíritos – Utilizando-se do conceito de Einstein de que Matéria e Energia se equivalem, os Espíritos desencarnados experimentam a existência em uma outra dimensão e de que é possível a comunicação entre ambos os estados vibracionais.

4. Reencarnação – Que vem responder à pergunta “Por que eu sofro?” A reencarnação vem explicar-nos que somos o que fazemos de nós e que o nosso destino está em nossas mãos. Felizes quando agimos em conformidade com as Leis Divinas e infelizes quando delas nos afastamos, plantando e colhendo.

5. Pluralidade dos Mundos Habitados – A Astronomia – a partir das imagens de campo profundo do telescópio espacial Hubble – estima de maneira conservadora que existem 10 vezes mais estrelas no Universo do que grãos de areia na Terra. Por quê? Qual a finalidade da existência de tantas estrelas senão a de abrigar vida, nem sempre da maneira como nós “definimos” que deva ser.

Em seguida Divaldo questionou: Na medida em que toda doutrina tem uma ética, qual é a ética do Espiritismo?

O Espiritismo tem por base o tratado mais notável de princípios éticos de que a Humanidade jamais teve a glória de conceber: O Evangelho de Jesus.

Com uma clareza cortante associada ao domínio dos fatos Divaldo emprega as descobertas e constatações irretorquíveis de pensadores e cientistas para derrubar conceitos equivocados em torno dos ensinamentos de Jesus, começando pela Reencarnação e o trabalho magistral do prof. Hemendra Nath Banerjee (1929-1985), diretor do Departamento de Parapsicologia da Universidade de Rajasthan, Índia, e do Dr. Ian Stevenson – americano, que foi chefe da Divisão de Parapsicologia do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Virginia, EUA.

Muito embora essas pesquisas realizadas por Dr. Stevenson e Dr. Banerjee não sejam ainda consideradas como provas científicas, trazem fortíssimas evidências que, com certeza, dentro de algum tempo, deixarão de ser consideradas como teoria para migrarem à categoria de prova concreta, tal é o critério científico utilizado nelas.

Baseado em fatos reais registrados pela história, Divaldo evidencia que o Cristianismo em seus primórdios admitia a Reencarnação, que foi banida dos cânones religiosos católicos a partir do Concílio de Constantinopla, que em 552 condenou os pensamentos neoplatônicos de Orígenes, divulgados pelo livro A Doutrina dos Princípios, em que constava o princípio da reencarnação.

Adentrando-se pela parte da final da conferência, Divaldo chamou-nos a atenção para as questões morais vinculadas à figura da reencarnação, evidência magistral da Justiça, Perfeição e Bondade Absolutas de Deus nosso Pai.

“Todos nós podemos ser felizes ou desventurados através de nossas escolhas.” Manter o ego, os nossos idealismos castradores e as nossas heranças do passado, que transformamos em códigos e leis sem nenhuma estrutura de validade, fortalecendo nossos preconceitos sob a justificativa de que é preciso  “proteger” a Sociedade. Mas de qual Sociedade estamos falando? A Sociedade que corrompe, indignifica, destrói valores morais edificando a luxúria e o imediatismo?

Kardec – na questão 621 de O Livro dos Espíritos – indaga aos Espíritos Superiores: Onde está escrita a Lei de Deus? Os luminares da Humanidade em nome de Jesus responderam sinteticamente: Na consciência.

É na consciência que devemos trazer o Evangelho de Jesus e não somente na mente. Retornarmos à suave montanha nas cercanias de Cafarnaum para reviver na alma o sublime poema das Bem-Aventuranças convidando-nos a viver os atributos destacados pelo Mestre: Humildade, Mansuetude, Misericórdia, Paz e Pureza de Coração, além do desenvolvimento da Resignação, ao nos afirmar que todos os que choram e sofrem serão consolados.

“Hoje, mais do que nunca, temos a necessidade de viver Jesus.”

Enquanto a depressão e o vazio existencial dominam as criaturas que buscam afastar os objetivos superiores da vida, preferindo exaurir-se nas metas imediatistas e superficiais do consumismo, egoísmo e sexualismo, correndo atrás do nada, Jesus continua de braços abertos e estendidos aguardando-nos, como se estivesse a nos dizer: “Vinde a mim todos vós que estais sobrecarregados e aflitos que eu vos aliviarei”.

No tumulto que assola em toda parte no planeta terrestre, desequilibrando o comportamento humano, parece não haver espaço para a harmonia, tampouco segurança para a vivência espiritual que dignifica e tranquiliza o Espírito. As distrações confraternizam com as tragédias e os sorrisos misturam-se às lágrimas, numa paisagem de ilusão e dor, que empurra suas vítimas para o desencanto, a saturação, o empobrecimento moral, o vazio existencial.

Quanta saudade de Jesus! Sua mensagem de ternura e amor, repassada de misericórdia, possui o condão mágico de alterar o significado de todas as existências. A ingenuidade inserta na sabedoria dos Seus ensinamentos é um poema de atualidade em todos os tempos, que comove, propicia equilíbrio e restaura a compreensão em torno dos deveres que a todos cabe desempenhar.      


Nota do Autor: 

As fotos desta reportagem foram feitas por Sandra Patrocínio.

 



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita