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Estudo das Obras de Allan Kardec  Inglês  Espanhol

Ano 10 - N° 508 - 19 de Março de 2017

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com

Londrina,
Paraná (Brasil)
 

 

A Revue Spirite de 1858

Allan Kardec 

(Parte 6)
 

Damos prosseguimento ao estudo da Revue Spirite de 1858, mensário de divulgação espírita fundado e dirigido por Allan Kardec. Este estudo é baseado na tradução para o idioma português efetuada por Júlio Abreu Filho e publicada pela EDICEL. As respostas às questões propostas estão no final do texto sugerido para leitura. 

Questões para debate

A. Onde Pitágoras hauriu a ideia da reencarnação?

B. As medalhas e certos objetos considerados cabalísticos exercem influência sobre os Espíritos?

C. Nos casos de obsessão, pode o agente ser um Espírito elevado?

D. A influência dos Espíritos sobre nós é constante? 

Texto para leitura 

154. Após lembrar que o jornal espírita fala apenas às pessoas de convicções, e não atrai a atenção dos indiferentes, Kardec pergunta: Que acontecerá quando o Espiritismo dispuser da poderosa alavanca da grande publicidade? (P. 249) 

155. Kardec entendia que a propagação do Espiritismo apresentaria 4 períodos distintos: 1) o da curiosidade; 2) o da observação; 3) o de admissão; e 4) o de influência sobre a ordem social. (P. 250) 

156. Todos sabem que a ideia de reencarnação remonta à mais alta Antiguidade e que Pitágoras a havia haurido entre os hindus e os egípcios. O mais notável, contudo, é encontrar desde aquela época o princípio da doutrina da escolha das provas, ensinada pelos Espíritos. (PP. 251 e 252)

157. Encontramos essa doutrina em Platão, em sua alegoria do Fuso da Necessidade, em que ele imagina um diálogo entre Sócrates e Glauco. (P. 252) 

158. A Revue transcreve a história do falecido que apareceu a um oficial francês e pediu-lhe sepultasse seu corpo. Atendido, o Espírito agradeceu-lhe e prometeu reaparecer mais uma vez, duas horas antes de sua morte, o que efetivamente ocorreu trinta anos depois. (PP. 258 a 261) 

159. Kardec não autentica o caso, mas considera-o possível. (P. 261) 

160. Ele relata, então, o caso do Sr. Watbled, presidente do tribunal de comércio de Boulogne, que expirou a 12 de julho de 1858, após ter visto duas vezes seguidas sua falecida esposa, que anunciou a sua morte para o dia 12, como de fato aconteceu. (P. 262) 

161. A Revue publica um relato do historiador De Saint-Foy, relacionado com o massacre da noite de São Bartolomeu, ocorrido em 23 de agosto de 1572: oito dias após o massacre ouviu-se no ar um barulho horrível de vozes e gemidos misturados a gritos de raiva e de furor, nas imediações de Louvre. Tudo indica que o rei Carlos IX ouviu tal barulho, ficou apavorado e não dormiu o resto da noite. (P. 263) 

162. Kardec noticia e comenta o caso da Sra. Schwabenhaus que teve morte aparente e depois acordou, informando ter sido transportada às regiões celestes. Ela passou, na verdade, por um estado de letargia. (PP. 264 e 265) 

163. Os letárgicos veem e ouvem o que se passa em volta de si e conservam, ao despertar, a lembrança, diz Kardec. (P. 265) 

164. As medalhas e outros objetos considerados cabalísticos lembram crenças supersticiosas na virtude de certas coisas, como os números, os planetas e sua correspondência com os metais. (P. 268) 

165. Quem tenha estudado racionalmente a natureza dos Espíritos, não admitirá que tais objetos exerçam sobre eles qualquer influência. O mesmo, porém, não se dá com um objeto magnetizado, pois este tem o poder de provocar o sonambulismo ou certos fenômenos nervosos. (P. 268) 

166. O episódio do suicídio de Luís A., que namorava a jovem Vitorina R., é examinado por Kardec. São Luís diz que esse suicídio, como foi provocado pelo amor, e não por covardia ante a vida, é menos criminoso aos olhos de Deus. (PP. 270 e 271) 

167. Kardec perguntou a Luís se ele amava sinceramente a noiva. "Eu tinha paixão por ela: parece que é tudo", respondeu o suicida. "Se a tivesse amado com pureza não teria querido magoá-la." (P. 271) 

168. Num estudo sobre obsessão, Kardec esclarece que a obsessão jamais se dá senão por Espíritos inferiores. O grau de constrangimento e a natureza dos efeitos que produz marcam a diferença entre a obsessão, a subjugação e a fascinação. (P. 277) 

169. Kardec fala sobre a possessão –  império exercido pelos maus Espíritos –  mas prefere o vocábulo subjugação. Assim, não há possessos, no sentido vulgar da palavra; há simplesmente obsidiados, subjugados e fascinados. (N.R.: Em "A Gênese" Kardec irá modificar essa ideia.) (P. 278) 

170. A Revue mostra como começou e foi tratada a fascinação do Sr. F., moço instruído, de educação esmerada e caráter suave. (P. 279) 

171. Kardec o ajudou e conta que o rapaz seguiu o conselho dos Espíritos, de entregar-se a um trabalho rude, que não lhe deixasse tempo para ouvir as sugestões más. (P. 283) 

172. Os Espíritos exercem sobre os homens uma influência salutar ou perniciosa; não é preciso, para isto, ser médium. Não havendo a faculdade, eles agem de mil e uma maneiras. (P. 284) 

173. A influência dos Espíritos sobre nós é constante, e todos acham-se expostos a ela, quer acreditem ou não. (P. 285) 

174. Kardec afirma que três quartas partes de nossas ações más e de nossos maus pensamentos são frutos dessa sugestão oculta. (P. 285) 

175. Não há outro critério, senão o bom senso, para discernir o valor dos Espíritos. Qualquer fórmula dada para esse fim pelos próprios Espíritos é absurda e não pode emanar de Espíritos superiores. (P. 286) 

176. Os Espíritos inferiores receiam os que lhes analisam as palavras, desmascaram as torpezas e não se deixam prender por seus sofismas. (P. 286) 

177. A Revue transcreve notícia de Estocolmo informando que o Sr. Klugenstiern, reputado magnetizador europeu, foi chamado ao Castelo de Drottningholm, para aplicar no rei Oscar um tratamento magnético. (P. 287) 

178. Kardec comenta a notícia para mostrar o respeito adquirido pelo magnetismo, e afirma que Espiritismo e magnetismo se ligam por laços íntimos, como ciências solidárias. (P. 288) 

179. Aliás, lembra Kardec, os Espíritos sempre preconizaram o magnetismo, quer como meio de cura, quer como causa primeira de uma porção de coisas. (P. 288) 

180. A Revue dá conta de que a Igreja, conforme livro publicado em 1853 pelo abade Marotte, também reconhecia o valor do magnetismo. No seu livro, Marotte conceitua o magnetismo e fala sobre seus efeitos. (P. 289) 

181. Um curioso caso de fisiologia é tratado por São Luís: um médico esqueceu no estacionamento uma garrafa de rum; não a encontrando, declarou ao chefe do estacionamento que se tratava de uma garrafa contendo veneno muito violento e que tivessem o maior cuidado em não usá-lo. Resultado: três cocheiros ao beberem o rum pareciam ter sido intoxicados. (P. 291)  

Respostas às questões propostas 

A. Onde Pitágoras hauriu a ideia da reencarnação? 

A ideia da reencarnação remonta à mais alta Antiguidade e Pitágoras a hauriu entre os hindus e os egípcios. Ao dar esta informação, Kardec afirma que o mais notável é encontrar desde aquela época o princípio da doutrina da escolha das provas, ensinada pelos Espíritos. Encontramos essa doutrina em Platão, em sua alegoria do Fuso da Necessidade, na qual ele imagina um diálogo entre Sócrates e Glauco. (Revue Spirite de 1858, pp. 251 e 252.) 

B. As medalhas e certos objetos considerados cabalísticos exercem influência sobre os Espíritos? 

Não. Quem tenha estudado racionalmente a natureza dos Espíritos não admitirá que tais objetos exerçam sobre eles qualquer influência. O mesmo, porém, não se dá com um objeto magnetizado, pois este tem o poder de provocar o sonambulismo ou certos fenômenos nervosos. (Revue Spirite de 1858, p. 268.)

C. Nos casos de obsessão, pode o agente ser um Espírito elevado? 

Não. Segundo Kardec, a obsessão é produzida sempre por Espíritos inferiores. E é o grau de constrangimento e a natureza dos efeitos por ela produzidos que marcam a diferença entre a obsessão, a subjugação e a fascinação. (Revue Spirite de 1858, p. 277.) 

D. A influência dos Espíritos sobre nós é constante? 

Sim. A influência dos Espíritos sobre nós é constante, e todos acham-se expostos a ela, quer acreditem ou não. Os Espíritos exercem sobre os homens uma influência salutar ou perniciosa; não é preciso, para isto, ser médium. Não havendo a faculdade, eles agem de mil e uma maneiras. Kardec afirma que três quartas partes de nossas ações más e de nossos maus pensamentos são frutos dessa sugestão oculta. (Revue Spirite de 1858, pp. 284 e 285.) 

 

 


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