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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 508 - 19 de Março de 2017

ANSELMO FERREIRA VASCONCELOS
afv@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)

 


Líderes narcisistas e a
sua influência


Com muita propriedade, lembra o Espírito Emmanuel na obra Caminho, Verdade e Vida (psicografia de Francisco Cândido Xavier) que não apenas as criaturas sofrem a obsessão de Espíritos perversos, mas, igualmente ou ainda mais, os agrupamentos e as instituições humanas. De fato, certas obsessões coletivas são claramente perceptíveis no mundo hodierno. Algumas chegam a desafiar a lógica e o pensamento racional. Já nos referimos anteriormente às obsessões produzidas pelos vícios tecnológicos.

Essas, cada vez mais pronunciadas, têm manietado milhões de humanos no mundo inteiro às telas de smartphones, tablets, videogames e PCs numa frequência e intensidade anormais. Tais devices tornaram-se praticamente extensões do corpo humano. Por conseguinte, os seus efeitos deletérios têm sido proficientemente identificados por cientistas, médicos, psicólogos e terapeutas.

Todavia, existem outras obsessões coletivas menos visíveis. Estas exigem muito esforço do observador para detectá-las, pois não são claramente explicitadas pelo menos até o momento em que determinadas forças sociais eclodem. No geral, elas são mais sutis, embora não menos destrutivas. Elas nascem e se proliferam em meio aos valores e ideias comuns cultivadas por uma considerável parcela de indivíduos.

Às vezes, abarcam até uma nação tal o seu poder de penetração. O advento do nazismo, por exemplo, tem forte ligação com o que queremos aludir. Uma boa parte da população se sentia algo alijada e incomodada até que surgiu um líder carismático (e também narcisista) capaz de aglutinar todos os descontentes com o seu discurso explosivo.

De modo geral, os dicionários tendem a descrever o indivíduo narcisista como alguém extremamente apegado à própria imagem, assim como focado em si mesmo. Dito de outra forma, pessoas narcisistas não se importam muito com o que os outros pensam ou sentem. O que efetivamente vale para elas são os seus desejos pessoais. Por força das circunstâncias, elas conseguem elevada projeção, pois não raro apresentam grande capacidade de articulação e arregimentação. São normalmente populistas, astutos e, como tal, sabem convencer com extrema competência os mais incautos. Sabem manipular com destreza temas candentes.

Tais líderes estão ocupando presentemente postos de comando em importantes nações do planeta, assim como organizações humanas.

Precisamos, por isso, nos precatar contra a sua influência maléfica e destrutiva. Eles são muito sedutores e conseguem com grande habilidade distorcer fatos e acontecimentos para atingir os seus propósitos inconfessáveis. Na essência, contudo, não passam de almas infantilizadas já que brincam com coisas muito sérias.

No universo político, indivíduos com tal perfil abundam. Eles certamente vieram para confundir e iludir as criaturas mais ingênuas. As suas propostas nacionalistas, xenófobas, eivadas de intolerância e malícia, não visam nada mais do que criar o caos planetário. Com toda certeza, eles não servem a Deus. O seu ideário é constituído de pensamentos necrosados. Por isso, devemos lembrar dos sábios ensinamentos de Jesus como, por exemplo: “[...] O reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar, e que apanha toda qualidade de peixes” (Mateus, 13: 47). O sublime rabi da Galileia deixa entrever nessa passagem evangélica que o respeito às diferenças e singularidades estão presentes em toda a obra divina.

Desse modo, não há sentido em fomentar a cizânia e o preconceito, especialmente em sociedades claramente identificadas com os ideais cristãos. É fato que nem tudo pode nos agradar na atualidade, mas devemos exercitar a tolerância e o respeito. Ademais, todos têm o direito de buscar uma vida melhor independentemente das suas particularidades e crenças.




 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita