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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda

Ano 10 - N° 507 - 12 de Março de 2017

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

 

Sexo e Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 28)

Damos sequência ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.

Questões preliminares 

A. A dor e o sofrimento são chamados a exercer algum papel no processo de reajustamento moral das pessoas que se perdem sob as malhas dos vícios sexuais e de outros que os acompanham, como o alcoolismo, o tabagismo e a dependência química?

Sim. Ante a situação deplorável em que muitos estorcegam nas malhas dos vícios referidos,  a Lei os chamará ao sofrimento, para que despertem para a realidade, para o significado da existência terrena, para os objetivos que têm pela frente, utilizando-se do corpo, do sexo, mas não vivendo apenas e exclusivamente deles ou para eles. A dor, a grande missionária silenciosa e dignificadora, lentamente trabalhará o ser humano, admoestando-o, esclarecendo-o e conduzindo-o à estrada reta, na qual se utilizará dos tesouros que se encontram em toda parte para a autoiluminação e o crescimento na direção de Deus. (Sexo e Obsessão, capítulo 15: Sexo e obsessão.) 

B. O marquês de Sade cumpriu o acordo firmado com o Benfeitor e compareceu ao encontro com Rosa Keller?

Sim. Parecendo antigo paxá, que se fazia acompanhar de escravos, que ostentavam imensos leques de plumas imundas, acolitando-o, o marquês chegou à Instituição, onde ocorreria o encontro, e encaminhou-se à porta de acesso, onde foi recebido pelo Instrutor. Os vigilantes da Instituição abriram alas para que passassem o convidado e parte da sua comitiva, adentrando o salão de conferências onde foram acomodados. (Sexo e Obsessão, capítulo 16: O reencontro.)

C. O marquês sentiu-se à vontade quando adentrou o recinto da reunião programada?

Mais ou menos. À medida que ele se adentrava pela intimidade do recinto, foram desaparecendo-lhe a arrogância e a autossuficiência, estampando-se no rosto, agora contraído, o enfado, o desagrado, um quase arrependimento por haver aceito o desafio. (Sexo e Obsessão, capítulo 16: O reencontro.)

Texto para leitura 

137. A dor e seu papel na correção de rumos – Concluindo seus esclarecimentos acerca do tema, o amorável Bezerra de Menezes asseverou: "Ante a situação deplorável em que muitos estorcegam nas apertadas malhas dos vícios sexuais e daqueloutros que os acompanham, tais o alcoolismo, o tabagismo, a toxicodependência, a banalização dos valores éticos e da vida, a Lei de destruição, conforme assevera Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos,exercerá a sua função, destruindo para renovar, isto é, chamando ao sofrimento e aos desastres coletivos, às aflições chocantes, às lutas ensandecidas, aos trágicos acontecimentos, para que, por fim, os Espíritos rebeldes despertem para a realidade, para o significado da existência terrena, para os objetivos que têm pela frente, utilizando-se do corpo, do sexo, mas não vivendo apenas e exclusivamente deles ou para eles. Esse abuso resultante da utilização descabida responde pela loucura generalizada que a Vida se encarregará de eliminar. A dor, a grande missionária silenciosa e dignificadora, lentamente trabalhará o ser humano, admoestando-o, esclarecendo-o e conduzindo-o à estrada reta, na qual se utilizará dos tesouros que se encontram em toda parte para a autoiluminação e o crescimento na direção de Deus. Nesse comenos, as suas funções genésicas serão transformadas em fontes de energia construtiva e trabalharão as imagens superiores que serão criadas pela mente e pelos desejos elevados, a fim de que se tornem também cocriadoras do belo, do útil, do nobre e do feliz. Até esse momento, passarão muitos séculos de dor e de prova, nos quais o ser humano, por livre opção, ainda preferirá as obsessões calamitosas e as paixões dissolventes à sintonia com a Divindade e à intuição libertadora do primarismo que, por enquanto, caracteriza-o”. Exortando em seguida a proteção do Sublime Criador, a fim de que os nossos tormentos sejam superados com amor e sublimados, abrindo espaços nobres para as vivências do sentimento aureolado de bênçãos, o benfeitor silenciou. (Sexo e Obsessão, capítulo 15: Sexo e obsessão.) 

138. A hora do encontro se aproxima – Automaticamente Philomeno e seus companheiros deram-se conta de que o momento esperado acercava-se. A psicosfera reinante era enriquecedora, dando-lhes vitalidade e confiança, ante a certeza de que os Céus sempre nos propiciam, no ministério do amor, todos os recursos imprescindíveis aos resultados felizes. Companheiros responsáveis pela sala de reuniões especiais começaram a prepará-la para o evento, movimentando singulares aparelhos que foram colocados em diferentes lugares, como que para oportuna utilização, de modo a serem evitados quaisquer prejuízos em relação ao cometimento significativo. Os Espíritos que não se encontravam comprometidos com o programa afastaram-se discretamente, após as despedidas gentis, e em breves momentos encontravam-se no recinto apenas os que constituíam a caravana inicial: o venerando Dr. Bezerra de Menezes, madre Clara de Jesus e mais dois assessores, que trouxeram até o local D. Martina, o padre Mauro, o médium Ricardo, ambos em desdobramento espiritual e uma Entidade assinalada pelo horror, com terríveis deformações perispirituais, que foi recolhida a um leito especial. Philomeno logo percebeu que se tratava do Espírito Rosa Keller, em profundo estado de hibernação, ressonando de forma dolorosa, geradora de constrangimento e de compaixão. Enfermeiros e padioleiros espirituais postaram-se juntos à parede do recinto, formando um grupo de apoio preparado para os socorros específicos que se fizessem necessários. Logo depois, do teto desceu um aparelho reluzente, no qual se encontrava uma lâmpada de amplas proporções que irradiava suave claridade bem diferente daquela que Philomeno conhecia. O Benfeitor explicou tratar-se de um equipamento de energia especial, que seria utilizado caso a rebeldia do marquês e de alguns dos seus asseclas, que seriam recebidos, apresentasse algum perigo em relação aos aguardados resultados superiores do empreendimento em pauta. Viu-se que o referido aparelho era acionado por uma espécie de controle remoto mental e sua exteriorização luminosa obedecia ao mesmo recurso. (Sexo e Obsessão, capítulo 15: Sexo e obsessão.) 

139. O marquês de Sade presente no recinto – Após emocionante prece feita pela madre Clara, um dos vigilantes da Instituição lhe trouxe valiosa informação. A veneranda Entidade comunicou ao irmão Anacleto que os convidados acercavam-se do local. O grupo escutou, então, sons de fanfarras estridentes e vozerio agitado, misturado a tropel singular. Atendendo a invitação mental do Benfeitor, Philomeno acompanhou-o à porta de entrada e foi tomado por peculiar surpresa ante o espetáculo que defrontou. Estranho cortejo, imitando bizarro desfile de carnaval, acompanhava o marquês de Sade, postado em um carro alegórico de confecção igualmente vulgar, puxado por animais que faziam recordar figuras mitológicas do panteão greco-romano. Tochas inflamadas de tonalidade amarelo-avermelhada iluminavam a madrugada escura, enquanto fumo de odor desagradável empestava o ar. Os áulicos do antigo nobre retorciam-se em dança asquerosa, enquanto os Espíritos frívolos, que faziam parte da comitiva, aplaudiam-no estentoricamente. Outros, que se compraziam na vadiagem, e que foram atraídos pela exótica exibição, formavam verdadeira multidão de pândegos, que gargalhavam e desfrutavam da vulgaridade como se houvessem encontrado novo espetáculo para o prazer doentio. Parecendo antigo paxá, que se fazia acompanhar de escravos, que ostentavam imensos leques de plumas imundas, acolitando-o, o marquês  desceu do carro horrendo, assumindo a postura de personalidade de alto coturno, ao mesmo tempo ridícula, e encaminhou-se à porta de acesso, onde foi recebido pelo abnegado Instrutor. Os vigilantes da Instituição abriram alas para que passassem o convidado e parte da sua comitiva, adentrando o salão de conferências onde foram acomodados, pelo menos aqueles que pareciam ser os mais representativos do grupo. (Sexo e Obsessão, capítulo 16: O reencontro.) 

140. A psicosfera no recinto se altera – A psicosfera dantes reinante, suave e carregada de vibrações de dulçurosa paz, foi-se alterando sensivelmente ante o exsudar das energias pestíferas de que se faziam portadores os recém-chegados, tornando-se mais pesada. Simultaneamente, não acostumados a esse clima psíquico renovador, alguns deles demonstravam mal-estar, dificuldade respiratória e inquietação, decorrentes dos fluidos absorvidos, que lhes funcionavam como recurso terapêutico desintoxicante dos vapores venenosos a que se adaptaram. Tornou-se visível o desagrado que se estampava naquelas faces congestionadas e assinaladas pelo desespero mal disfarçado da imensa angústia que os vitimava. O marquês de Sade foi recebido com gentileza e humanidade, mas sem qualquer distinção de que se acreditava merecedor, sendo tratado com respeito fraternal. Enquanto parte da massa era acomodada na sala de expressiva proporção, o marquês e mais alguns poucos sequazes foram conduzidos ao setor de atividades mediúnicas, reservado para labores especiais naquela esfera de ação. À medida que ele se adentrava pela intimidade do recinto, foram desaparecendo-lhe a arrogância e a autossuficiência, estampando-se no rosto, agora contraído, o enfado, o desagrado, um quase arrependimento por haver aceito o desafio. Sem preâmbulos de apresentações desnecessárias, o convidado sentou-se em lugar que lhe foi indicado e os seus áulicos permaneceram a regular distância, não escondendo a curiosidade que bailava nas suas faces. (Sexo e Obsessão, capítulo 16: O reencontro.) (Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita