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Brasil
Ano 10 - N° 506 - 5 de Março de 2017
MARCEL MARIANO
marcelmariano@terra.com.br
Salvador, BA (Brasil)
 

  

Divaldo Franco: “A violência precisa de educação para extinguir-se”
 
O conhecido orador foi uma das atrações da 7ª Caminhada
da Paz realizada na cidade de Barreiras (BA)

Idealizada há mais de onze anos, a Caminhada da Paz, realizada em Barreiras pela Comissão Voluntária pela Segurança e Paz em Barreiras, está na sua sétima edição, arrastando pelas avenidas mais de 4 mil pessoas.

Fazendo companhia ao médium e orador Divaldo Pereira Franco, eu e Lucas Milagre saímos de Salvador em companhia dele no mesmo voo, no dia 10 de fevereiro, atingindo Barreiras pontualmente às 16 horas.

No aeroporto modesto estava a postos um grupo de trabalhadores espíritas da cidade e de Vitória da Conquista, entre os quais as lideranças de Minervina Cunha, vinculada à UEB – União Espírita de Barreiras, e Antonio Barreto, diretor da UEVC – União Espírita de Vitória da Conquista, além de amigos e admiradores da obra social e espírita de nosso Divaldo.

Seguimos todos de carro montanha abaixo para a cidade e após troca de camisa e frugal refeição, refeitos, rumamos todos para a Câmara de Vereadores, de onde sai todos os anos a Caminhada da Paz, rumando para a Praça Castro, ponto central de Barreiras. 

Uma multidão participou da Caminhada da Paz  

Em números redondos, tínhamos aproximadamente 4 mil pessoas, contando com suporte da Polícia Militar na disciplina do trânsito. Chegamos às 17 horas na Praça Castro Alves onde um carro de som servia como palco, lançando à multidão um brado pela paz.

Apresentado pelo seu idealizador, Gil Arêas, este frisou a luta pela cidadania e por uma Barreiras mais pacífica, frutos que virão após a união de todos em torno de um ideal comum. Em seguida, passou a palavra para uma moradora local, que a todos emocionou no seu depoimento, quando teve a vida de uma filha ceifada de maneira bárbara e cruel há 22 anos, ainda hoje carregando a dor da saudade e o desencanto pela impunidade do homicida. Em seguida, duas jovens estudantes leram poesias de sua autoria, todas enaltecendo a paz como caminho para uma sociedade mais justa e fraterna.

Ato contínuo, falou o convidado evangélico, que pediu a todos que coloquemos Deus no pensamento e nas ações, laborando para diminuir os altos índices de violência da região. Logo após, tomou a palavra o Bispo Diocesano Dom Josafá, que clamou por uma Barreiras menos agressiva e violenta, orando para a massa o Pai Nosso como resposta dos céus aos clamores humanos.

Convidado a falar, Divaldo Franco referiu-se aos altos índices de violência no Brasil, que somente em 2015 ceifou nas ruas mais de 107 mil brasileiros, sendo metade por arma de fogo e a outra metade no trânsito caótico de nossos dias. Disse ele que a violência precisa de educação para extinguir-se, ao tempo que o coletivo social somente será harmônico quando o indivíduo também se pacificar interiormente, demonstrando como a violência explode de uma hora para outra, citando o caso do Estado do Espírito Santo, convulsionado por mais de uma semana em razão da greve da Polícia Militar, contabilizando até então mais de 100 homicídios.

Pediu que cada um seja melhor marido, melhor esposa, melhor pai e mãe, educando seus instintos e educando seus maus pendores em relação a si mesmo e em relação a terceiros.

Citou Jesus como o grande pacifista da História Universal, jamais tendo reagido à agressão que sofreu de seus algozes.

Por final, falou a mãe de santo, ali representando uma expressiva parcela de adeptos dos cultos afro, desejando a todos paz e harmonia para enfrentamento dos dias violentos que ora atravessamos.

Já era quase dezenove horas quando o ato foi encerrado pelo seu idealizador, Gil Arêas, rumando todos em estado de júbilo e felicidade para casa.                                                                                     

Evento "Você e a Paz" reuniu também grande público 

A nublada e chuvosa manhã em Barreiras não impediu que mais de mil e duzentas pessoas buscassem o Espaço Fortiori para participarem, no dia 11 de fevereiro, do evento “Você e a Paz”, coordenado pelo tribuno espírita Divaldo Pereira Franco. Havia caravanas de várias cidades vizinhas e mesmo de grandes distâncias, como Vitória da Conquista, situada a mais de 700 quilômetros de Barreiras.

Saindo cedo da residência onde nos encontrávamos hospedados, rumamos direto para o amplo espaço, onde Divaldo foi calorosamente recebido à porta por voluntárias de plantão, ostentando todas no rosto o sorriso da felicidade. Depois, concedeu entrevista para duas emissoras de rádio e uma afiliada da Rede Globo local. Ato contínuo, seguimos para o palco onde não houve formação de mesa, criando maior descontração no ambiente, e após a prece o médium de Joanna de Ângelis iniciou a preleção sobre a paz, após ser apresentado pela cerimonial ao auditório superlotado.

Discorrendo sobre a paz, narrou sob forte emoção a história da jovem armênia que foi feita prisioneira e violentada por um cruel general turco, nos idos de 1916, quando houve a vergonhosa guerra entre turcos e armênios. Mantida como prisioneira sexual por seu verdugo, mais tarde a jovem conseguiu fugir e fez-se enfermeira, adotando a doutrina de Jesus Cristo, o que suavizou seu coração das dores experimentadas. Pelas tramas do destino servindo na capital turca, a jovem foi indicada dez anos depois pelo diretor do hospital em que trabalhava para cuidar de um enfermo que apodrecia em vida, sendo digno de compaixão. Ela o tomou sob seus cuidados e seis meses depois ele recebeu alta, apresentando ao diretor do hospital o desejo de profunda gratidão, pelo que foi dito a ele que tivera sua vida salva graças a uma competente enfermeira. Ao ficarem frente a frente, algoz e vítima do passado se reconheceram e ela, não obstante nutrir grande mágoa, não o matou quando o teve aos seus cuidados, afirmando ao verdugo que a doutrina de Jesus lhe tinha ensinado o caminho do perdão.

Diante de uma plateia em “staccato”, Divaldo perguntou a todos que o ouviam – você perdoaria? Grande silêncio caiu no auditório.

Enaltecendo a mensagem de Jesus como de valiosa contribuição para a saúde emocional e mental, o digno servidor do bem rematou a exposição de uma hora com a prece da gratidão, que para todos teve sabor de profunda emotividade.

Aplaudido de pé entusiasticamente, Divaldo reservou após a exposição concorrida quase 45 minutos somente para autógrafos, tendo-se formado uma fila imensa que, por razões de nosso voo, não pôde ser integralmente atendida.

Rumamos do elegante espaço para o aeroporto de Barreiras e dali decolamos para a capital baiana, onde desembarcamos em júbilo e intensa alegria por volta das 13 horas. Essa é mais uma página que deixa em todos nós imensa saudade e profundas recordações. 


Nota do Autor

As fotos desta reportagem são de autoria de Lucas Milagre.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita