WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 505 - 26 de Fevereiro de 2017

MARCELO DAMASCENO DO VALE
marcellus.vale@gmail.com
Blumenau, SC (Brasil)

 


A religião dos ateus


Recentemente chegou a minhas mãos uma pesquisa do Instituto Gallup Internacional, nomeado Índice Global de Religiosidade e Ateísmo. Publicada em 2012, essa pesquisa coloca a China (47%) e o Japão (31%) com os maiores percentuais de Ateus Convictos, enquanto países como Brasil e Nigéria apresentam 1% da população.

É comum associar o ateísmo como licença para comportamentos considerados imorais e chocantes. E em localidades fortemente religiosas o ateu é visto como um degenerado, um pária. Imediatamente associamos ateísmo com materialismo.

Buscando modificar o ponto de vista de que os ateus não podem tirar proveito dos benefícios dos cultos religiosos, o filósofo Allain de Botton propõe em seu livro Religião para Ateus:

“O que se segue é uma tentativa de ler as fés, principalmente o cristianismo e, em menor grau, o judaísmo e o budismo, na esperança de provocar insights que possam ser úteis na vida secular, em particular, em relação aos desafios da comunidade e do sofrimento mental e corporal. A tese subjacente não é que o secularismo seja errado, mas que com muita frequência secularizamos de maneira inadequada — na medida em que, no processo de nos livrarmos de ideias inviáveis, desnecessariamente abdicamos de algumas das partes mais úteis e atraentes das fés”.

O livro foi publicado em 2011, mas, antes, Alain de Botton, como ateísta militante e entendendo que as religiões devem ser substituídas, ele criou em 2008 “The School of Life” (A escola da vida).  Trata-se de uma escola para ensinar filosofia prática para ser vivenciada no dia a dia; ela foi criada para pessoas que não conseguem mais ver na Religião uma fonte de saúde emocional e mental, e pretendem substituir o vazio criado pela "não existência de Deus", por cultura, literatura, filosofia, arte e psicologia. De Botton projetou e criou essa escola objetivando ser o “lugar” onde o homem moderno deveria buscar respostas para lidar com suas dificuldades e seus medos. A proposta central é de que a Filosofia pode substituir a Religião.

Como materialista, além de ateu, De Botton não crê na existência de Deus, na Alma, muito menos na sobrevivência após a morte física; consequentemente, comunicabilidade dos Espíritos, penas e recompensas futuras, além da reencarnação, nem pensar.

A decepção com as religiões tradicionais, os dogmas que ferem a Razão, bem como a falta de acolhimento e compreensão dentro das crenças organizadas levam à descrença, à desilusão.

Um estudo aprofundado das Obras de Allan Kardec oferece propostas para uma vida sadia, uma fé raciocinada, bem como a eliminação gradativa do Orgulho e do Egoísmo, dando lugar à convivência saudável entre as pessoas.

Estudo e vivência da Doutrina Espírita ampliam os laços entre as pessoas, diminuem a miséria e, no futuro, iluminarão outras crenças que se fortalecerão com a incorporação dos fundamentos dessa Doutrina; fundamentos esses que são universais.

Nesse tempo até os ateus verão a fragilidade de suas dúvidas, a fraqueza de suas fugas e justificativas, então, a fé pura lhes banhará o coração.

Não é de lastimar que o materialismo seja uma consequência de estudos que deveriam, contrariamente, mostrar ao homem a superioridade da inteligência que governa o mundo? Deve-se daí concluir que são perigosos? 

– “Não é exato que o materialismo seja uma consequência desses estudos. O homem é que deles tira uma consequência falsa, pela razão de lhe ser dado abusar de tudo, mesmo das melhores coisas. Acresce que o nada os amedronta mais do que eles quereriam que parecesse, e os espíritos fortes, quase sempre, são antes fanfarrões do que bravos. Na sua maioria, só são materialistas porque não têm com que encher o vazio do abismo que diante deles se abre. Mostrai-lhes uma âncora da salvação e a ela se agarrarão pressurosamente.” - Questão 148 de O Livro dos Espíritos.


 

 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita