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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 505 - 26 de Fevereiro de 2017

HÉLIO PARRON FERRARA
parron1963@uol.com.br
Itaguajé, PR (Brasil)

 


Evolução moral


Ora se a corrupção é uma manifestação geral que se revela em todos os lugares e todas as épocas, a priori seria, por conseguinte, algo crônico e talvez impossível de ser extirpado.

Ainda que pese, todavia, o fato de que a sociedade tem evoluído por demais, sobretudo nas últimas décadas, preocupando-se portanto com a singularidade do bem do próximo, fica sempre a crença dos mais incautos de que a corrupção no Brasil não terá fim.

Ora, o fenômeno é global, em menor ou maior grau, mas é global. E quanto mais leis de defesa dos corretos, e quanto mais direitos se concedem aos cidadãos, novas e engenhosas artimanhas corruptivas são engendradas. Novos e mirabolantes ardis dos desonestos são forjados, fazendo parecer que a humanidade é um caso perdido.

O problema é que a Terra é um planeta de provas e expiações, isto significa que as pessoas que aqui se encontram não são santas, coisa nenhuma, e todas elas, salvo exceções quase singulares, "têm culpa no cartório". A maioria absoluta das criaturas que aqui reencarnam são seres acometidos de grandes dívidas do passado, próximo ou distante.

Não sendo este um planeta celestial ou paradisíaco, é óbvio que as criaturas mais evoluídas moralmente, aquelas que conquistam por seus próprios méritos a condição auspiciosa de vivenciar uma existência menos sôfrega e angustiante, logo são retiradas deste orbe, e encaminhadas aos globos condizentes com seus novos patamares evolutivos.

É por isso que a corrupção, o desrespeito às instituições e todas as variações da maldade encontram terreno fértil em nosso planeta, pois aqui são colocadas sempre mais e mais criaturas empedernidas que, por sua condição, habitam este planeta na esperança de alcançar um melhor grau evolutivo e, portanto, uma nova e mais elevada esfera existencial. 

Grande parte, a maioria certamente, tropeça e cai nesta árdua caminhada rumo ao aprimoramento moral, para o qual todos nós estamos designados. Entretanto, vivemos uma época em que nunca se falou tanto sobre o bem. Nunca se lutou tanto em defesa dos desamparados. Nunca se viu a elaboração de tantas leis de direitos humanos e da biosfera.

Por conta disso, é fácil perceber que nosso globo caminha para uma iminente transformação. Não tanto na questão geológica, também esperada, mas, sobretudo, na dimensão humanitária do amor e da racionalidade intrínseca de nosso povo.

Mais e mais criaturas marcadas com a efígie do mal buscam habitar este mundo na esperança, talvez a última, de galgar, singrando os mares do sofrimento calcado nas provações extremas, o direito de aqui permanecer num futuro próximo, muito próximo, em que este orbe alcançará, pelos méritos do seu povo, um degrau a mais na escala evolutiva do aprimoramento moral.

Enquanto isso, as entidades mais petrificadas e inebriadas na maldade, se agitam como uma fera acuada, pressentindo seus últimos momentos, neste que será, quando estiverem no exílio, o verdadeiro paraíso perdido.

Pressentem, pois, os últimos instantes neste planeta, quando então serão desterrados para globos muito menos evoluídos, onde as criaturas humanas ainda vivem o que aqui foi chamado de Idade da Pedra.

Então esses expatriados, lá num mundo longínquo, farão uso de sua capacidade evolutiva, que, por uma percepção sutil, lhes será familiar. Essa capacidade inconsciente será evidenciada em um diferencial muito mais científico e tecnológico do que moral.

Com essas características singulares, logo se mostrarão seres de superioridade incontestável, e assim conquistarão postos de liderança. Com tal projeção, serão líderes, e terão a grande oportunidade de praticarem a caridade, guiando seu próprio povo, ainda engatinhando na esfera da evolução, por caminhos menos tortuosos e ásperos. Por conseguinte, trilhas mais retas, amenas e muito mais objetivas dentro dos ditames da justiça universal.

Não obstante tais possibilidades auspiciosas, muitos desses seres se transformarão, assim como se viu no passado terrestre, em opressores cruéis, vingativos e sanguinários. Déspotas e usurpadores da liberdade alheia, e mesmo assim, ao impor tanto sofrimento às criaturas menos civilizadas e ainda investidas de sentimentos primitivos, beirando a animosidade, farão com que estes, pelo sofrimento continuo se purifiquem. E nisto terão méritos, tanto os escravizados quanto os senhorios.

Senhorios estes que mesmo em posições de cúpula, sofrerão horrores num mundo inóspito e sem nenhum grau de evolução tecnológica. E ainda que, ao causar o sofrimento alheio esteja possibilitando a transformação evolutiva de outrem, todos os seus atos serão considerados. E tanto mais tempo permanecerão no exílio, quanto maiores forem as suas afrontas.

Por sua vez, os homens da Terra, quando observarem, ainda que com pesar, o banimento dos malefícios mais inescrupulosos e com ele uma legião gigantesca de seres enraizados na maldade, poderá então suspirar aliviados, pelo privilégio de vislumbrar o nascimento de uma nova era, de paz, amor e compreensão.

Feita essa purificação planetária, o remanescente da humanidade que permanecer sentirá náuseas e um pavor grandioso, tão somente por conjecturar o mal e, por conseguinte, a corrupção.

A partir de então, estará concluída, encerrada, extirpada definitivamente a era corruptiva do globo e, portanto, terá fim a corrupção também aqui no nosso amado Brasil.




 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita