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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda

Ano 10 - N° 504 - 19 de Fevereiro de 2017

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

 

Sexo e Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 25)

Damos sequência ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.

Questões preliminares 

A. Diante do Mal todo cuidado é pouco?  

Sim. Foi exatamente isso que o Mentor espiritual disse ao autor deste livro, explicando por que tantas precauções foram tomadas, aparentemente sem necessidade, quando da visita feita pelo grupo socorrista à cidade pervertida. Informou, então, o instrutor espiritual: “Diante do Mal nunca devemos descurar dos cuidados hábeis que se tornam necessários, tendo-se em vista os recursos de que se utilizam aqueles que se conduzem equivocadamente. Destituídos de sentimentos de dignidade e de correção moral, os partidários da desordem não temem investir na violência, nem urdir planos astuciosos de forma a enredarem suas vítimas em potencial, que lhes tombam nas malhas da crueldade. Assim, as providências tomadas tinham por objetivo situações de surpresa ou enfrentamentos mais difíceis”. (Sexo e Obsessão, capítulo 14: Visita oportuna.)

B. Houve numa existência anterior algum relacionamento entre padre Mauro e o marquês de Sade? 

Sim. Havendo vivido os dias napoleônicos, o marquês foi, igualmente, frequentador da mansão de Madame X, onde eram permitidas e estimuladas práticas sexuais aberrantes, então na moda, havendo um comprometimento da mesma senhora com o infeliz autor e inspirador de inomináveis anomalias. Como já vimos, Madame X e padre Mauro são a mesma individualidade em diferentes momentos reencarnatórios. (Sexo e Obsessão, capítulo 14: Visita oportuna.) 

C. Depois de viver a triste experiência como Madame X, padre Mauro havia reencarnado?  

Sim. Sobre o assunto, o Mentor informou que esta, como padre, era a terceira tentativa concedida ao infeliz Espírito, a fim de recuperar-se e aprender a respeitar as Soberanas Leis da Vida. Duas vezes ele retornou com a organização fisiológica feminina, na França, assinalado por terríveis marcas perispirituais que lhe deformavam a instrumentalidade física, havendo sido vítima de estupros e crueldades provocados por famigerados mendigos e ciganos das áreas onde foi acolhido pela misericórdia de Deus. Mais tarde, no Brasil, com expressiva legião de Espíritos franceses transladados para as terras do Cruzeiro do Sul, o que vem ocorrendo com certa periodicidade, esteve mergulhado na organização masculina, vivendo tormentos inauditos, algumas vezes superados, outras não, para recomeçar, na atualidade, novamente na mesma polaridade, porém vinculado à religião católica, a que se dedicara irregularmente em passado não muito distante. Os vícios, que se encontram arraigados no imo, levaram-no aos desaires de que tem sido vítima. (Sexo e Obsessão, capítulo 14: Visita oportuna.)

Texto para leitura 

123. Diante do Mal é preciso sempre precaução – Quando o grupo retornava do palácio episcopal, Manoel Philomeno de Miranda perguntou ao Mentor espiritual: “Por qual motivo a visita à cidade perversa parecera ocorrer de forma tão fácil, tendo-se em vista as precauções tomadas, que poderiam ter sido evitadas?” O Guia respondeu-lhe: “Diante do Mal nunca devemos descurar dos cuidados hábeis que se tornam necessários, tendo-se em vista os recursos de que se utilizam aqueles que se conduzem equivocadamente. Destituídos de sentimentos de dignidade e de correção moral, os partidários da desordem não temem investir na violência, nem urdir planos astuciosos de forma a enredarem suas vítimas em potencial, que lhes tombam nas malhas da crueldade. Assim, as providências tomadas tinham por objetivo situações de surpresa ou enfrentamentos mais difíceis. Porque a circunstância houvesse transcorrido de maneira favorável, evitou-se a utilização dos mastins, bem como dos jovens acostumados a embates específicos com os legionários da hediondez e do crime. Ademais, a presença da venerável Mentora acarretara muitas bênçãos para o grupo de ação, envolvendo-o em vibrações defensivas especiais, que não chamavam a atenção dos vigilantes das entradas de acesso. Na etapa final, conforme recordamos, o marquês, aturdido e sem conhecimento do que se passara, responsabilizou-se pelo nosso afastamento da região sem qualquer empeço”. Miranda indagou, em seguida: “Que tem a ver o marquês na problemática de Mauro, junto a quem estamos trabalhando?” O Mentor esclareceu: “Havendo vivido os dias pré e napoleônicos, o marquês foi, igualmente, frequentador da mansão de Madame X. Naquele lupanar de luxo eram permitidas e estimuladas práticas sexuais aberrantes, então na moda, havendo um comprometimento da mesma senhora com o infeliz autor e inspirador de inomináveis anomalias. A sociedade, quando vazia de sentimentos, sempre dispõe de tempo para elaborar propostas indecentes e inusuais no seu comportamento. Os espaços abertos entre as guerras que o Corso mantinha em regime de continuidade facultava aos seus exaustos oficiais a busca de experiências desafiadoras e estimulantes para os nervos cansados e os ideais combalidos. Dessa maneira, a residência da extravagante senhora era palco para os desatinos mais absurdos que o comércio da luxúria e da corrupção pode oferecer aos seus aficionados”. (Sexo e Obsessão, capítulo 14: Visita oportuna.) 

124. O que ocorria na mansão de Madame X – Madame X e o marquês de Sade foram, portanto, pessoas próximas. O Mentor acrescentou: “A célebre cafetina fizera-se centro de interesse da maioria dos desvariados que residiam em Paris e alguns que moravam no estrangeiro, visitando-a com frequência. Sua Mansão, de triste memória, nas cercanias da Capital da França, era frequentada por numeroso cortejo de insensatos de ambos os sexos, que ali davam vazão aos seus desejos doentios ou extravagâncias emocionais. Desfilavam, durante os seus bailes de máscaras, personalidades da aristocracia, da Política, da Religião, da intimidade do imperador, saturadas de prazeres que a vida insensata lhes impunha. Nessas oportunidades, muitos convidados apresentavam-se vestidos de animais, em dias especiais para a exorbitância, e, ante o ensurdecer de músicas atordoantes, entregavam-se às perturbações que lhes impunham a imaginação doentia. Noutras vezes, animais em fase de cio eram colocados em improvisada arena para a relação sexual imposta pelo instinto, enquanto os espectadores, estimulados e enlouquecidos, tentavam repetir as cenas, que acompanhavam, mediante comportamentos escabrosos, até a exaustão, tombando, desfalecidos ou embriagados, e desligando-se do corpo lasso em torpor, sob a ação de sequazes desencarnados com os quais se homiziavam em regiões espirituais odientas. Por sugestão do marquês de Sade, Madame X transformou o porão da herdade em pequenas celas, utilizando alguns cômodos que se lhes assemelhavam, onde eram praticadas verdadeiras atrocidades sadomasoquistas. Diversos pacientes ali experimentaram o horror em tal escala de alucinação, que alguns não conseguiram sobreviver, falecendo nos hediondos catres transformados em câmaras medievais de aflições, enquanto outros, enlouquecendo, eram encaminhados aos lares ou aos manicômios, não mais recuperando a saúde mental”. (Sexo e Obsessão, capítulo 14: Visita oportuna.) 

125. Apogeu e declínio de Madame X – Segundo os esclarecimentos do mentor, muitos alucinados se entregavam naquela casa dirigida por Madame X a atos abomináveis com animais amestrados que, no seu primarismo, feria-os, dilacerava-os, constituindo essas monstruosidades razões para comentários nos diversos grupos sociais que tinham conhecimento da sua ocorrência e anuíam na grande maioria. Prosseguiu ele: “É certo que Madame, mais de uma vez, esteve a braços com a polícia do Estado, conseguindo liberar-se com facilidade, graças aos seus protetores que lhe frequentavam o lôbrego bordel. A inexorabilidade orgânica, o seu processo de envelhecimento e de desgaste, a decadência do império napoleônico contribuíram para alterações profundas nos hábitos dominantes na época, e a residência da mulher famigerada, que caiu em desgraça, foi tomada e ela, abandonada pelos seus amigos, também infelizes e desatinados, terminou os dias na obscuridade e na solidão”. Concluindo, o Guia espiritual informou: “O marquês, que teria mudado de comportamento na velhice, conforme alguns dos seus biógrafos, o que para nós carece de fundamento, prosseguiu mais moderado na sua loucura até que foi arrebatado pela morte e conduzido para a cidade perversa, de onde procedera, ali dando curso às suas alucinações e recebendo, logo depois, Madame X...”. (Sexo e Obsessão, capítulo 14: Visita oportuna.) 

126. Padre Mauro e suas tentativas fracassadas – Após um silêncio constrangedor, Dilermando, que se mantinha calado, demonstrando compaixão e surpresa ante a narração, indagou: “Esta é a primeira reencarnação de Madame, após as experiências recém-narradas?” O Mentor explicou: “Em verdade, esta é a terceira tentativa concedida ao infeliz Espírito, a fim de recuperar-se e aprender a respeitar as Soberanas Leis da Vida. Duas vezes retornou com a organização fisiológica feminina, na França, assinalado por terríveis marcas perispirituais que lhe deformavam a instrumentalidade física, havendo sido vítima de estupros e crueldades provocados por famigerados mendigos e ciganos das áreas onde foi acolhido pela misericórdia de Deus. Desencarnou em estado lamentável, porém com menos culpa, retornando, à mesma região espiritual que o acolhera anteriormente. Mais tarde, no Brasil, com expressiva legião de Espíritos franceses transladados para as terras do Cruzeiro do Sul, o que vem ocorrendo com certa periodicidade, esteve mergulhado na organização masculina, vivendo tormentos inauditos, algumas vezes superados, outras não, para recomeçar, na atualidade, novamente na mesma polaridade, porém vinculado à Religião dominante, a que se dedicara irregularmente em passado não muito distante. Os vícios, que se encontram arraigados no imo, levaram-no aos desaires de que tem sido vítima”. (Sexo e Obsessão, capítulo 14: Visita oportuna.) 

127. O amor jamais desiste – Dilermando quis saber, na sequência, desde quando a mãe do padre Mauro laborava em favor da sua libertação. O Mentor informou: “Desde os dias de S. Francisco de Assis... Quando, em posição de destaque na Itália, ele ouviu falar sobre o santo da Úmbria, desejou, sinceramente, segui-lo. Protelando a decisão, quando se resolveu por integrar a ordem franciscana, o Poverello já havia deixado o corpo. Embora o fervor que dominava muitos dos seus seguidores, a ausência física do discípulo amado de Jesus facultou que alguns exaltados e menos equipados para o ministério introduzissem a vaidade, o poder temporal, a coleta de recursos monetários para a Ordem, e a decadência se anunciou... Nesse comenos, o nosso amigo logo derrapou vitimado pela ambição – e esqueceu dos projetos iniciais, assim contribuindo em favor da derrocada dos elevados propósitos da Obra que nascera no coração do amor e se alongara no mundo pelas palavras de fé e pelos atos de caridade... Desde ali, portanto, sua mãezinha, profundamente vinculada a Jesus e à Irmã Clara, vem lutando em favor da sua libertação, travando agora a batalha final a que se entrega com total dedicação, e para a qual fomos convidados...” Manoel Philomeno de Miranda extasiou-se ante a explicação, por poder aquilatar a força e a tenacidade do amor que não mede esforços, não tem limites, não desiste, vencendo todos os óbices para alcançar a meta da felicidade que se impõe. (Sexo e Obsessão, capítulo 14: Visita oportuna.) (Continua no próximo número.)



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita