WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 504 - 19 de Fevereiro de 2017

TEMI MARY FACCIO SIMIONATO
temi_mary@yahoo.com.br
São Paulo, SP (Brasil)

 

 

Nossas escolhas


“Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho
que leva à perdição e muitos são os que entram por ela.” 

Jesus (Mt, 7:13-14).


No período em que Jesus esteve entre nós, os povos viviam em cidades cercadas por muralhas, situadas sobre colinas e montes, para que o assédio dos inimigos se tornasse difícil. Jerusalém era uma delas, e para alcançá-la era necessário percorrer caminhos íngremes, e, como as portas da cidade eram fechadas ao pôr do sol, aqueles que voltavam para casa galgavam rapidamente os aclives, porque atrasando-se ficariam de fora.

Assim, o Mestre nos traz um quadro impressionante do caminho cristão, ou seja, o das dificuldades que precisamos vencer para conquistar a vida eterna.

Duas são as estradas que se nos apresentam: a da evolução e a da degradação.

Ao passarmos pela estrada da evolução, caminhamos pela porta estreita, apertada, que nos conduz à vida; no entanto, ao caminharmos pela estrada da degradação, atravessamos a porta larga que conduz ao sofrimento e ao infortúnio, por conceder-nos as diversões, a soberba, as facilidades imediatas, a luxúria, a preguiça, a inveja, de qual o mundo está repleto. Eis a porta da perdição, porque são grandes as paixões que trazemos arraigadas em nosso Espírito milenar! Caminhando assim, e assumindo as consequências de nossas escolhas, como asseverado na máxima: “Muitos são os chamados e poucos os escolhidos” - (Mt, 20:16).

Em todos os empreendimentos humanos, somos convidados para realizações nobres e, no entanto, vestidos pela sombra, facilmente desinteressamo-nos de prosseguir por falta de resposta compensadora ao vazio interior, preocupando-nos em entulhar-nos de inquietações e lutas pela conquista da primazia.

Portanto, ao galgarmos a estrada da evolução, faz-se necessário a prudência, a temperança, a fé, a esperança, a caridade, percorrendo o caminho das lutas, dos obstáculos, dos sacrifícios, esforçando-nos desta forma para a redenção e para a renovação íntima. Assim, estaremos nos preparando para um futuro de alegrias e felicidade. É uma estrada árdua, bem sabemos, pois necessita ser trilhada com cuidado, examinando onde entrar, porque poderemos levar longo tempo para retomar o caminho que nos é próprio, e entendendo, definitivamente, a importância do vigiar e orar tão alertado por Jesus.

Nosso dever é a nossa escola e, por esta razão, a senda estreita a que se refere Jesus é a fidelidade que nos cabe manter constantemente no culto às obrigações assumidas diante do bem eterno. É o resultado da nossa luta interior em favor das virtudes, do equilíbrio, da sensatez, da perseverança nos ideais de enobrecimento, possibilitando-nos permanecer em último lugar na competitividade do mundo, a fim de sermos os primeiros em espírito de paz e de realização do reino dos céus dentro de nós, onde frui bem-estar na conquista interior.

Encontramo-nos envoltos em batalhas iluminativas cada vez mais severas; e enfrentando as lutas adquirimos sabedoria; iluminamo-nos recorrendo à oração que é fonte de energia, abastecendo e renovando-nos, e triunfaremos sobre as dificuldades que já não nos são obstáculos na caminhada, mas a conscientização no processo de evolução.

Através de muitas estações no campo da humanidade, receberemos proveitosas experiências, juntando-as à custa de desenganos terríveis, mas só em Jesus, no clima sagrado, na aplicação dos Seus princípios, será possível encontrarmos a passagem abençoada de definitiva salvação.

Em momento algum, Jesus escolheu a porta larga. Da manjedoura ao calvário, caminhou entre as dificuldades que se transformaram para Ele em degraus para o encontro com o Pai Celestial. Aceitou a cruz como a Sua maior mensagem de amor à humanidade de todos os tempos, deixando-nos, como exemplo vivo, a porta estreita do sacrifício como sendo o mais belo caminho de paz e libertação.

Tomemos, então, a nossa cruz em busca da porta estreita da redenção, colocando-nos acima de tudo a fidelidade a Deus e, em segundo lugar, a perfeita confiança em nós mesmos.

Longo é o caminho, difícil a jornada e estreita a porta, mas a fé remove os obstáculos da estrada.

Assim como aqueles que caminhavam para Jerusalém, após vencerem o penoso aclive, encontravam descanso e alegria no convívio familiar, também podemos, se quisermos, atingir a meta de nossos destinos, como a perfeição relativa, e libertar-nos da cadeia de renascimento neste vale de lágrimas para ascender à glória da vida espiritual, a fim de usufruir da paz e da felicidade reservadas aos justos.

Jesus é a única porta e o Evangelho é a chave que nos levará à verdadeira libertação para a vida eterna.

 

Bibliografia:

KARDEC, Allan - O Evangelho segundo o Espiritismo – 365ª edição – Araras – SP - IDE, 2009 - Capítulo 18 - A porta estreita.

RIBEIRO, Cesar Saulo - O Evangelho por Emmanuel; comentários ao Evangelho segundo João - 1ª edição - Brasília – FEB, 2015 - página 254.

CALLIGARIS, Rodolfo - O sermão da Montanha à luz da Doutrina Espírita - 18ª edição - Brasília; FEB, 2013 - Os dois Caminhos - lição 46.

SCHUTEL, Cairbar – Parábolas e Ensinos de Jesus – 13ª edição – Matão - SP – O Clarim – 1993 - página 154.

 


 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita