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Um minuto com Chico Xavier

Ano 10 - N° 503 - 12 de Fevereiro de 2017

REGINA STELLA SPAGNUOLO
rstella10@yahoo.com.br
Botucatu, SP (Brasil)
 

 

Foi após repletar-nos a alma de lindos casos que Chico nos levou ao interior de sua singela casinha, a participar da sessão em que recebemos mensagens tocantes de nossa irmãzinha Wanda, outra de Emmanuel, respondendo-nos a questões, uma poesia sentida e bela de Casimiro Cunha, que nos arrancou lágrimas, e um soneto de Augusto dos Anjos, em que se mostra pela primeira vez, com seu régio presente, mais sentimental, falando do amor, que ele já sabe sentir, votivo aos pequenos e humildes, sofredores e paupérrimos. Foi uma sessão de 4 horas, que nos emocionou bastante e na qual ganhamos graças que jamais prevíramos, em nossa vida. 

Graças a Deus! Terminada a sessão, o Chico, sempre amável, acompanhou-nos até o hotel, prometendo levar-nos na manhã seguinte ao seu Posto de serviço, a fim de gozarmos, como gozamos, um belo passeio matinal.

Dormimos e acordamos bem cedo, demandamos em seguida a Fazenda do Ministério da Agricultura, onde Chico trabalhava e era estimadíssimo. É ali, no seio de uma natureza festiva, de um sol sempre vivo e caricioso, sob um dossel de nuvens garças, afagado por brisa leve e benfazeja, sentindo a música dolente dos pássaros livres e felizes, brincando à nossa frente, como a nos saudarem, que o Chico demonstra sua admiração pela natureza e onde melhor o conhecemos. 

Atendendo ao apelo de um poeta, e visto que também o é, “ama até as pedras e os montes pensativos”, vendo em tudo poesia e oração, arte, lições num grande livro aberto; trata as árvores como irmãs, com graça e doçura; compreende como poucos a alma do “GRANDE TODO” e, qual Pitágoras redivivo, tudo sente; humaniza as sombras, penetra o âmago das coisas, ouve a voz do silêncio. Para ele as águas falam e ele as entende; a cachoeira barulhenta e a quietude profunda dos rios têm semelhança com certas criaturas. Um raio de luz, uma carícia, um inseto que voeja, lhe chamam a atenção, fazem-no pensar e lhe arrancam sorrisos dos lábios e fulgurações dos olhos vivos, ternos e mansos. Em tudo vê poesia e vida, verdade e luz, beleza e amor, e, acima de tudo, a presença de Deus! Que sensibilidade apuradíssima! Que coração grandioso lhe bate dentro do peito, capaz dos maiores gestos de bondade, de renúncia, de gratidão, de piedade e de humildade!  

Já na hora da despedida é que Chico nos revelou qual o desejo maior que afagou em toda a sua vida de encarnado, e que recentemente lhe foi satisfeito: ter um quarto seu com uma janela toda de vidro para poder ver o céu, de noite, cheio de estrelas, sentir os mundos imensos que estão rolando pelo infinito como lenços a nos acenar, a nos chamar e pedir que lutemos para os merecer. Quer ver o céu ainda para ver os espíritos que vêm e vão... Foi Flammarion quem disse que precisamos olhar menos para a Terra e mais para o céu, porque o silêncio do céu é mais eloquente que todas as vozes humanas. O aspecto de sua abóbada celeste nos enche de admiração e falamos de Deus, mas de um Deus verdadeiro. Por que o Deus dos espíritos não é o Deus dos exércitos de Felipe II; não derrama sangue, não fala de guerras, não anda a vencer batalhas, não conduz às infâmias da inquisição, não faz queimar vivos, como heréticos, irmãos outros que tenham religiões diferentes da nossa; não aprova a matança de “S. Bartolomeu”, não sustenta o erro; não condena “Copérnico” e “Galileu”, porque esse Deus que o Céu nos mostra é a Suprema Justiça, a Suprema Verdade, o amor mesmo, e paira, impecável e sereno, na Sua Luz e no Seu poder!  

As criaturas que olham para o céu, que gostam do céu, que falam com o céu, são criaturas diferentes, estão de passagem por aqui, em missões; e, sentindo saudades da pátria verdadeira, distante, procuram minorar essa saudade olhando o infinito, traduzindo-lhe a mensagem silenciosa e linda, que Irmãos Maiores lhes enviam.

Chico Xavier é, assim, uma criatura do Céu!
 

Do livro Lindos casos de Chico Xavier, de Ramiro Gama.




 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita