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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda

Ano 10 - N° 502 - 5 de Fevereiro de 2017

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

 

Sexo e Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 23)

Damos sequência ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.

Questões preliminares 

A. O marquês de Sade fez em sua última existência algo que mereça aplausos? 

Sim. E isso lhe foi lembrado pelo Mentor durante o duro diálogo que travaram, quando o benfeitor espiritual disse: “Não obstante o comportamento do senhor marquês durante largo período da sua vida, na etapa final, mesmo durante a revolução, opôs-se à pena de morte, o que lhe custou mais um encarceramento, propugnou pelo trabalho honrado e aguardou a desencarnação, mantendo os seus hábitos, porém de sentimentos alterados...”. Mas o Mentor lembrou-lhe também o comportamento equivocado e a herança infeliz que ele havia legado à posteridade. (Sexo e Obsessão, capítulo 12: Estranho encontro.) 

B. Que decisão tomou o marquês em face do convite de Rosa Keller? 

Ele concordou com o encontro, que ficou marcado para o dia seguinte, na Instituição espírita que o marquês bem conhecia. (Sexo e Obsessão, capítulo 12: Estranho encontro.) 

C. Numa missa celebrada na catedral, a autoridade religiosa leu e comentou uma importante homilia papal. Que advertência ela continha? 

O grupo socorrista chegou à catedral no momento em que o Bispo lia a homilia papal, distribuída a todas as igrejas do mundo, advertindo os fiéis quanto ao comportamento aberrante, às extravagâncias do século, aos tormentos e facilidades da luxúria. Philomeno admirou-se ao verificar que providências espirituais estavam sendo tomadas nos diversos segmentos religiosos para que a avalanche do despudor e da licenciosidade que tomava conta da sociedade fosse detida, preservando-se os valores do matrimônio, da família, dos grupos sociais, dos princípios morais e cristãos, sacudidos pelo vendaval das paixões mais primitivas e perversas. (Sexo e Obsessão, capítulo 13: Decisões felizes.)

Texto para leitura 

113. Um diálogo franco e direto – Ao ser chamado de magnânimo, o marquês deu ruidosa gargalhada, no que foi acompanhado pela malta que o assessorava. O Mentor então lhe disse: “Não obstante o comportamento do senhor marquês durante largo período da sua vida, na etapa final, mesmo durante a revolução, opôs-se à pena de morte, o que lhe custou mais um encarceramento, propugnou pelo trabalho honrado e aguardou a desencarnação, mantendo os seus hábitos, porém de sentimentos alterados...” - Como conhece a minha vida? - voltou à carga. “Além da vasta literatura a seu respeito – o Mentor esclareceu tranquilo - também possuímos outras fontes de informações, que se encontram escritas no psiquismo do senhor marquês.” Ele sorriu, algo confortado, para logo assumir a postura dominadora e cínica. - Então, sou célebre na Terra? - indagou, fingindo-se surpreso. ”É claro que sim, conforme a sua contribuição literária e as suas experiências - retrucou o amigo dos infortunados. - Tristemente célebre, para utilizar-me de franqueza...” - Por que tristemente? - interrogou, frisando a palavra. “Em razão da sua herança - explicou o bondoso interlocutor - em se considerando os valores preciosos de que o amigo era portador e poderia havê-los legado à Humanidade para dignificá-la e fazê-la crescer, em lugar do que fez.” Ante a verdade, embora enunciada de maneira gentil, a mole espiritual ali presente agitou-se e impropérios irromperam de todos os lados, sem alterar a serenidade do visitante, que prosseguiu: “A razão, porém, da nossa visita, já foi explicitada. Aqui não nos encontramos para comentários a respeito do que nada temos a ver, especialmente no que se refere à vida e conduta do nosso marquês, mas para atender à solicitação de Rosa”. Com habilidade psicológica, o Mentor retornava assim ao tema central da visita, não se permitindo devanear ou sair da questão essencial. (Sexo e Obsessão, capítulo 12: Estranho encontro.) 

114. O marquês concorda com a visita – Enquanto o diálogo com o marquês prosseguia, os jovens Espíritos seguravam os mastins com vigor, face à agitação que reinava na sala opressora. - Para que os cães? – inquiriu o marquês, contrariado. “Para qualquer emergência. Nunca sabemos o que pode acontecer em uma visita desta natureza. Desta forma, são tomadas medidas acautelatórias, a fim de serem evitadas surpresas indesejáveis.” Houve um silêncio de breves segundos que pareceram mais tempo, indefinido tempo. Logo após, o marquês de Sade perguntou: - Onde deveremos encontrar-nos, e quando? “Amanhã pela madrugada, na conhecida Instituição de caridade espírita, já visitada anteriormente pelo senhor marquês, que na sua periferia instalou uma sede satélite desta suserania”, respondeu o Mentor. “Lá estarei, às 2h da manhã. Agora, podem ir-se”, disse o marquês. A ordem foi apresentada com azedume e decepção. Talvez desejasse intentar o impedimento da saída do grupo, o que não se atreveu a fazer. Philomeno observou, porém, que a Mentora e o médium Ricardo concentraram-se psiquicamente no reizete, que lhes captou a onda vibratória, reagindo quanto possível. Certamente, o psiquismo do instrumento mediúnico, carregado de energia específica, porque ainda encarnado, alcançou o marquês, estabelecendo um tipo de imantação, que talvez viesse a ser utilizado oportunamente. Sob a determinação do marquês, que destacou dois servidores para os acompanharem até à saída da furna, foi possível retornar ao exterior da comunidade infeliz, sem qualquer incidente ou anotação que mereça análise.(Sexo e Obsessão, capítulo 12: Estranho encontro.) 

115. De volta à Instituição espírita – Utilizando-se do mesmo recurso para voltar ao centro de atividades, logo o grupo socorrista se encontrou na Instituição em que se hospedava, quando, então, profundamente sensibilizado, o Mentor agradeceu a proteção dos Céus utilizando-se do veículo da oração: 

Jesus Amigo!

Profundamente sensibilizados retornamos ao ninho generoso onde nos acolhemos, agradecendo-Te as ricas bênçãos com que nos amparaste, auxiliando-nos na primeira etapa do labor com que nos honras em relação ao amanhã ditoso.

Somos incapazes de expressar os sentimentos de afeto e gratidão, as palavras de que nos utilizamos, por absoluta pobreza de nossa parte, ainda caracterizados mais por necessidades que sempre Te apresentamos, do que por louvor que não sabemos ainda tributar.

Tu, porém, que nos penetras com a misericórdia que verte de nosso Pai, sabes, melhor do que nós próprios, o quanto de amor existe no âmago dos nossos seres e como temos dificuldade em expressá-lo.

Recebe, pois, deste modo, a nossa profunda reverência e emoção, que transformamos em tesouro de luz, para dizer-Te muito obrigado, Senhor, pela felicidade de nos encontrarmos seguindo pela Tua senda, aquela que palmilhaste com amor e traçaste com segurança para os nossos Espíritos deficientes.

Esperando servir-Te sempre, nas pessoas dos nossos irmãos da retaguarda, entregamo-nos às Tuas disposições para o que consideres de melhor para realizarmos.

Abençoa-nos, portanto, por hoje, por amanhã e para sempre! 

Quando terminou, todos tinham úmidos os olhos de vívida emoção. Realmente, a tarefa que se iniciava, assinalada por incertezas, encerrava o seu primeiro passo com perspectivas mui felizes para o futuro. (Sexo e Obsessão, capítulo 12: Estranho encontro.) 

116. Visita à catedral – A visita à cidade pervertida transcorrera em tanta paz, que parecia a Philomeno surpreendente, face à finalidade de que se constituía. Por outro lado, o contato com o marquês deixara-lhe diversas questões necessitadas de esclarecimentos, isso porque ele fora colhido de surpresa pela visita de um grupo expressivo, não detectado pelos seus asseclas nem pelos demais vigilantes que se encarregam de guardar as defesas e entradas da estranha urbe, o que não deixara de produzir-lhe estranheza, mal-estar e insegurança. Outrossim, a informação em torno da senhorita Keller chocara-o sobremaneira, desarmando-o e mostrando-lhe a fragilidade em que se refugiava. Na Instituição, após desfazer-se o grupo, permaneceram somente Philomeno, Dilermando e o Benfeitor, enquanto os demais amigos e a nobre Senhora seguiram no rumo dos compromissos que lhes diziam respeito. Depois de algum breve repouso, o irmão Anacleto convidou-os a rumar à Igreja, onde o senhor Bispo estaria celebrando o sacrifício da Missa, para logo atender à entrevista concertada com a Profª. Eutímia e seu esposo. A catedral estava abarrotada de fiéis. Alguns ali se encontravam, sem qualquer vinculação com o culto religioso que estava tendo lugar. Tratava-se, para eles, de um convencionalismo sem sentido, porém de muito agrado social, em razão dos encontros pessoais e das conveniências deles resultantes; para outros, era um motivo para exibição de roupas, adereços e joias; para alguns poucos, no entanto, era o momento de comungar com Deus, de sentir-lhe mais direto o contato, de experimentar paz e dialogar com a consciência. (Sexo e Obsessão, capítulo 13: Decisões felizes.) 

117. A advertência papal – O grupo socorrista chegou no momento em que Sua Eminência lia recente homilia papal, distribuída a todas as igrejas do mundo, advertindo os fiéis quanto ao comportamento aberrante, às extravagâncias do século, aos tormentos e facilidades da luxúria. Philomeno admirou-se ao verificar que providências espirituais estavam sendo tomadas nos diversos segmentos religiosos para que a avalanche do despudor e da licenciosidade que tomava conta da sociedade fosse detida, preservando-se os valores do matrimônio, da família, dos grupos sociais, dos princípios morais e cristãos, sacudidos pelo vendaval das paixões mais primitivas e perversas. Sua Eminência enfatizava cada frase, apresentando pontes evangélicas com os ensinamentos de Jesus, e advertindo os ouvintes a respeito da responsabilidade dos pais e dos educadores na formação da consciência humana desde os seus primórdios, na infância e na juventude. O que enunciava e propunha era perfeitamente compatível com o labor que estava sendo realizado em nossa esfera espiritual de ação. O objetivo era o mesmo: libertar a criatura humana da servidão dos desejos nefastos e asselvajados. Cada qual, no seu campo de trabalho, laborava em favor da sociedade feliz pela qual todos anelamos. Terminada a leitura muito bem apresentada, tomou do Evangelho de São Mateus, no Capítulo VI, versículo trinta e três, e leu, comovido: Mas buscai primeiro o reino de Deus e Sua justiça, e tudo mais vos será acrescentado.(Sexo e Obsessão, capítulo 13: Decisões felizes.) (Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita