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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 502 - 5 de Fevereiro de 2017

HÉLIO PARRON FERRARA
parron1963@uol.com.br
Itaguajé, PR (Brasil)

 

 

Vestígios da barbárie


Lutas de gladiadores, venatio e pancrácio foram alguns dos antigos espetáculos que tanto divertiam as pessoas em tempos longínquos.

O pancrácio era uma luta grega muito antiga onde se permitia todo tipo de golpe e técnica. Só não era permitido arrancar os olhos, morder ou atacar os genitais. Terminava quando o perdedor, já quase desfalecido, levantava um dedo admitindo a derrota.

Bem pior eram as lutas de gladiadores, cujos embates somente findavam com a morte de um dos combatentes. Nessas pelejas sangrentas, muitos dos lutadores eram cativos obrigados a lutar pela própria vida.

Já o venatio também fazia parte dos espetáculos romanos, onde feras enormes como leões e tigres eram colocados em combate com lutadores humanos. Os romanos que enfrentavam as feras faziam-no munidos de armaduras e demais armamentos possíveis para a época. Normalmente os animais eram abatidos. 

O mais cruel, sobretudo, ficava para os condenados; incluíam-se aí muitos cristãos. Estes eram colocados frente a frente com as feras, mas sem nenhum tipo de proteção. Um espetáculo sangrento, desumano e deveras horripilante.

Todos esses eventos eram vistos por milhares de pessoas que vibravam entusiasmadas vendo as vítimas tombar sem vida em meio ao jorro vermelho do sangue que se espalhava pela arena.

Felizmente os tempos mudaram e esses acontecimentos desumanos foram banidos ... ou quase. Ainda nos dias de hoje, vestígios do barbarismo humano ainda encontram adeptos em várias partes do mundo.

As touradas, por exemplo, onde os touros são cruelmente torturados até a morte, para o deleite de espectadores entusiasmados e vibrantes diante de atitudes impiedosas que notadamente destoam da atual realidade que tanto evidencia o imperativo da proteção aos animais.

E não fica só nisso. Pior ainda são as lutas de boxe ou os tão populares embates de MMA, que levam milhares de pessoas aos ginásios (ou seriam coliseus?) para se deliciarem com sorrisos e vibrações múltiplas, indo ao delírio diante de um espetáculo deprimente. Seres humanos se batendo, trocando socos, caindo desfalecidos para a alegria de uma turba de insensíveis. Ao final da luta, o perdedor normalmente apresenta o rosto cheio de hematomas e os olhos inchados. Uma idiotice sem precedentes. E ainda consideram o boxe uma “modalidade olímpica”! 

Esses “esportes” violentos e de notória crueldade nada mais são que vestígios das antigas monstruosidades das arenas romanas. Resquícios de uma ignorância ainda latente no âmago da humanidade. Essas lutas, ou mesmo as touradas, só existem porque uma enorme quantidade de pessoas tem afinidade ou se locupletam com elas. Somente o respeito humano e uma coerência firme e embasada na estima ao próximo levarão a humanidade a um nível mais avançado de evolução e porão fim à prática desses cruentos e deprimentes espetáculos.

 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita