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O Espiritismo responde
Ano 10 - N° 501 - 29 de Janeiro de 2017
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
BLOG
ESPIRITISMO SÉCULO XXI
 


 
A leitora Maria Lúcia T. Nascimento (Porto Alegre, RS), em mensagem publicada na seção de Cartas desta edição, propõe-nos as seguintes questões: 

Surgiram em nosso grupo de estudos dúvidas a respeito da inteligência dos animais. Numa das obras de André Luiz lemos que os animais superiores não são dotados de pensamento contínuo, mas sim de ideias-fragmentos. Eis nossas dúvidas: 1) Quais deles são nesse aspecto considerados os mais inteligentes? 2) Na vida, os animais guiam-se basicamente pela força do instinto ou, no caso dos animais superiores, os atos inteligentes são dominantes? 

No campo de estudos do Espiritismo, a informação que temos, no tocante à primeira pergunta, é-nos dada por André Luiz em sua obra Evolução em Dois Mundos, em que encontramos o seguinte esclarecimento: 

Dentre todos os animais superiores, abaixo do homem, qual é o detentor de mais dilatadas ideias-fragmentos?

“O assunto demanda longo estudo técnico na esfera da evolução, porque há ideias-fragmentos de determinado sentido mais avançadas em certos animais que em outros. Ainda assim, nomearemos o cão e o macaco, o gato e o elefante, o muar e o cavalo como elementos de vossa experiência usual mais amplamente dotados de riqueza mental, como introdução ao pensamento contínuo.” (Obra citada, Segunda parte, cap. 18 - Evolução e destino.)

Quanto à segunda pergunta, inúmeros autores – espíritas e não espíritas – entendem que na vida dos animais, como na vida das criaturas humanas, há atos instintivos e atos inteligentes. Estes últimos, evidentemente, se ampliam à medida que o indivíduo se enriquece mentalmente, o que demanda tempo e experiências múltiplas a que todos nós, homens e animais, estamos sujeitos.

Focalizando especificamente o caso dos animais, os exemplos da utilização de atos inteligentes são inúmeros, como adiante exemplificamos.

Darwin, por exemplo, observou que nos cães domésticos encontramos o ladrido da impaciência, o da cólera, o grunhido ou uivo desesperado do prisioneiro, o da alegria quando vai a passeio, e finalmente o da súplica.

Andorinhas costumam deliberar antes de tomar um roteiro.

Buffon diz que certas aves reproduzem em sua vida cotidiana o que costuma ocorrer nos lares humanos honestos. Observam a castidade conjugal, cuidam dos filhos e o casal mostra-se valoroso até o sacrifício quando se trata de defender a prole. Quem ignora o zelo da galinha na defesa dos pintainhos? O lobo, o gato selvagem, o tigre, embora ferozes, têm por suas crias o mais terno afeto.

Darwin, Brahm e Leuret mencionam a respeito exemplos curiosos.

Segundo Leuret, determinado macaco, cuja fêmea morrera, cuidava solícito do filhote esquálido e enfermo. De noite, ele o tomava ao colo para adormecê-lo e durante o dia não o perdia de vista um só instante.

Uma bugia (gênero de macacos de cabeça semelhante à do cão), notável por sua bondade, chegava a furtar e adotar cachorros e gatos pequenos, que lhe faziam companhia. Certa vez, um gatinho adotado arranhou-a. Admirada com o fato, ela examinou-lhe as patas e, de imediato, com os dentes, aparou-lhe as garras.

Ball refere o caso de um cão de fila salvo em um lago congelado por um terra-nova, espécie de cão muito corpulento, originário da Terra Nova, o qual, notando seu desespero, decidiu ajudá-lo.

Segundo Darwin, havia em Utah um velho pelicano completamente cego e aliás muito gordo, que devia o seu bem-estar ao tratamento e assistência dos companheiros.

Burton refere o caso curioso de um papagaio que tomara a seu cargo uma ave de outra espécie, raquítica e estropiada, e a defendia de outros papagaios soltos no jardim.

Gratiolet relata o caso de um cavalo do antigo regimento de Beauvilliers, o qual, devido à idade, não mais podia mastigar o feno e a aveia. Dois outros animais passaram, então, a cuidar dele, retirando o feno da manjedoura e pondo-o à sua frente, depois de mastigado, procedimento que repetiam com a aveia, depois de bem triturada.

As aves jardineiras da Nova Guiné, pássaros da família das paradíseas, não se contentam com um simples ninho, pois constroem, fora da moradia ordinária, verdadeiras casas de recreio, que se tornam atestados de bom gosto. Há cabanas que atingem dimensões consideráveis. Há uma espécie que constrói sua casinha colorida de frutos e conchinhas e outras, como a Amblyornis inornata, que cercam suas casas de um jardinzinho artificial, feito com musgo disposto em tabuleiros e decorado com flores constantemente renovadas, bem como frutos de matizes fortes, seixos e conchas brilhantes.

Com tantos exemplos, vê-se que os atos inteligentes são comuns na vida dos seres que chamamos, indevidamente, de irracionais, os quais, como é fácil perceber, indicam que eles também se encontram submetidos a um processo evolutivo que é inerente à criação e ao qual não podemos deixar de dar a nossa contribuição.
 

 


 
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