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Brasil
Ano 10 - N° 501 - 29 de Janeiro de 2017
ANGÉLICA REIS
reis.angelica2@gmail.com
Londrina, PR (Brasil)
 

  

Há 79 anos desencarnava Cairbar Schutel

O Espírita número 1 do Brasil voltou à pátria espiritual, aos
69 anos de idade, no dia 30 de janeiro de 1938

 
Cairbar de Souza Schutel (foto), fundador do jornal O Clarim e da Revista Internacional de Espiritismo, cognominado na década de 1940 como o Espírita número 1 do Brasil, nasceu no dia 22 de setembro de 1868 na cidade do Rio de Janeiro, que era então sede da Corte Imperial do Brasil.

Filho do casal Anthero de Souza Schutel e Rita Tavares Schutel, aos 17 anos de idade mudou-se para o Estado de São Paulo, onde trabalhou como farmacêutico em Piracicaba, Araraquara e depois em Matão, localidade em que viveu durante 42 anos e onde se tornou espírita.

Casado com Maria Elvira da Silva e Lima, Cairbar não teve filhos.

Quando Matão foi elevado à categoria de município, Cairbar foi escolhido para ser o primeiro Prefeito da localidade, função que exerceu por duas vezes, no período de 28 de março de 1899 a 15 de outubro de 1900.

De formação católica, começou, quando adulto, a receber durante sonhos frequentes a visita de seus pais, que faleceram quando ele era criança e não havia ainda completado 10 anos de idade. Os sonhos acabaram levando-o ao contato com os fenômenos espíritas e ao conhecimento do Espiritismo, por intermédio inicialmente de Quintiliano José Alves e Calixto Prado, que realizavam sessões mediúnicas em casa, das quais Cairbar passou a participar.

Desde cedo, assim que adotou as ideias espíritas, ele se lançou ao trabalho, primeiramente fundando o Grupo Espírita Amantes da Pobreza, hoje Centro Espírita O Clarim, instalado no dia 15 de julho de 1905. No mês seguinte, no dia 15 de agosto de 1905, fundou o jornal O Clarim e, duas décadas mais tarde, no dia 15 de fevereiro de 1925, a Revista Internacional de Espiritismo, que, da mesma forma que o jornal, circula até hoje.

Em meados da década de 1930, com o advento da

radiodifusão em nosso país, ele tornou-se um dos pioneiros na divulgação espírita pelas ondas do rádio, transmitindo suas hoje célebres conferências radiofônicas pela Rádio Cultura de Araraquara, fato que se deu no período de 19 de agosto de 1936 a 2 de maio de 1937.

   

Para completar a tarefa de grande divulgador da doutrina espírita, Cairbar também se dedicou ao livro, tendo-nos legado 17 importantes obras dentre as quais quem poderia ignorar “Parábolas e Ensinos de Jesus”, “Vida e Atos dos Apóstolos”, “O Espírito do Cristianismo”, “Espiritismo para as crianças”, “A Vida no Outro Mundo”, “Médiuns e Mediunidades” e tantas outras indispensáveis aos que pretendem ter uma sólida formação espírita?

Como Matão era uma pequena cidade, a tarefa do jornal, da revista e do livro não poderia ser concretizada sem a instalação de uma gráfica e nasceu

assim a Casa Editora O Clarim, que prossegue até hoje em sua missão de difundir a cultura espírita por meio do livro. 

   

Cairbar e a mediunidade – Autor de vários livros sobre os ensinos evangélicos, Cairbar deixou-nos também lições valiosas sobre mediunidade, que ele reuniu no livro “Médiuns e Mediunidades”, obra que foi estudada  sequencialmente nas edições  424 a 443 desta revista.

Eis, extraídas desse livro, algumas recomendações importantes a respeito do tema:

Sobre a influência do meio na reunião mediúnica – As comunicações com os Espíritos exigem muito recato, muito respeito, muita civilidade e

muito recolhimento. O meio exerce ação considerável para o bom êxito das sessões. Jesus estava acompanhado de três apóstolos no episódio do monte Tabor. Em Betsaida (Marcos, 8:22), ele conduziu o cego fora da aldeia antes de curá-lo. Fato idêntico ocorreu com o homem surdo e gago, que Jesus tirou da multidão e atendeu à parte (Marcos, 7:32), e com a filha de Jairo (Mateus, 9:18).  (Médiuns e Mediunidades, pp. 73 e 74.)

Apelo à privacidade das sessões mediúnicas – As sessões práticas devem ser privativas, com número reduzido de assistentes convencionados e assíduos, porque elementos estranhos prejudicam o resultado dos trabalhos. Não se concebe, pois, a realização de sessões mediúnicas públicas, com portas abertas, sem circunspecção e critério exigidos para a prática mediúnica. (Obra citada, pp. 53 e 72.)

Deveres que competem aos médiuns – Primeiramente, estudar, porque o estudo preparatório dos médiuns é indispensável ao exercício da mediunidade. Os médiuns necessitam ter, ainda, muita persistência, muita paciência, muita perseverança nas reuniões e nos estudos, para melhor se relacionarem com o mundo invisível. (Obra citada, pp. 75 e 76.)

Uma advertência pertinente ao diálogo com os desencarnados – Convém deixar o Espírito comunicante falar. (Obra citada, p. 53.)

O recinto das sessões mediúnicas – As sessões requerem um ambiente de semiobscuridade ou iluminado com uma lâmpada vermelha com luz fraca. (Obra citada, p. 51.)  

Cairbar e os estudos – Educador por excelência e exemplo conhecido da prática da caridade sob as mais diferentes formas, Cairbar destacou igualmente em suas obras a importância do estudo como elemento fundamental no progresso da criatura humana.

Eis o que, sobre o assunto, ele escreveu:

“O túmulo não é o ponto final da existência. Nosso destino é grandioso. Existem mundos de luz, onde reina a verdade; mundos que serão nossas futuras moradas! Assim como o progresso caracteriza perfeitamente a evolução gradativa do nosso planeta, que será um dia paraíso terrenal, assim também essa Lei inflexível, que rege os mundos que se balouçam no Éter, nos prepara moradas felizes, dispersas na Casa de Deus, que é o Cosmo infinito.

“Tenhamos fé e estudemos! Ignoramos? Progridamos! Porque do estudo e da pesquisa vem a verdade que esclarece a inteligência, e, desta, a evolução espiritual, que nos guinda às alturas, para compreendermos as coisas do Espírito, coisas que Deus reserva para todos os que procuram crescer no Seu conhecimento e na Sua graça. Que as luzes da caridade, que vamos conquistando, nos ilumine toda a Ciência, toda a Religião, toda a Filosofia, para podermos, com justos títulos, observar as magnificências do Universo e cientificar-nos da imortalidade e da Eternidade da Vida.” (A Vida no Outro Mundo, de Cairbar Schutel, 5a. edição, 1978, pág. 126.)



 


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