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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 500 - 22 de Janeiro de 2017

CLÁUDIO BUENO DA SILVA
Klardec1857@yahoo.com.br
Osasco, SP (Brasil)

 


Deus, segundo Eurípedes Barsanulfo


Conhecido médium, educador e benfeitor brasileiro, Eurípedes Barsanulfo, desenvolveu importantes atividades em toda a região do Triângulo Mineiro, por volta dos anos 1900 a 1918.

Convertido ao Espiritismo após ter lido a obra Depois da morte, de Léon Denis, compreendeu de imediato a força da Doutrina Espírita para transformar a sociedade, principalmente se aplicada à educação e à assistência social. Desde jovem demonstrou seu lado altruísta, implementando formas de auxílio às pessoas e o desenvolvimento da instrução e da cultura.

A partir de 1905, sempre trabalhando, sua missão na Terra ampliou-se com a eclosão de portentosa e variada mediunidade, da qual se utilizou para socorrer os aflitos.

A conduta espírita irrepreensível e as ações de caridade pura popularizaram o seu nome, e o Espiritismo ganhou notoriedade na Sacramento católica onde o médium nascera. Muitos habitantes se converteram. Isso incomodou de vez os representantes da Igreja, que já vinham acompanhando os movimentos “hereges” de Barsanulfo. Os ataques partiam de todos os lados, do púlpito à imprensa. Eurípedes viu-se então obrigado a defender o Espiritismo, que era difamado irresponsável e levianamente.

Em 1913 ficou célebre um debate pelos jornais. No Lavoura e Comércio, de Uberaba, Minas Gerais, o católico João Teixeira Álvares atacava o que chamava de “a doutrina do ateísmo”; e pelo jornal Alavanca, da cidade mineira de Santa Maria, Eurípedes esclarecia e iluminava.

Um artigo seu, intitulado Deus não é Jesus e Jesus não é Deus, deu início a uma série de publicações onde Eurípedes rebatia as distorções do opositor e expunha a clareza e a lógica da Doutrina Espírita. Mesmo depois de o seu antagonista ter desistido de debater, completamente sem argumentos, os textos de Eurípedes continuaram a sair por mais de um ano.

Foi numa dessas publicações que o Alavanca estampou o belíssimo texto Deus, de Eurípedes Barsanulfo, que, no dizer do escritor e biógrafo Jorge Rizzini, é “um poema de elevado valor literário e cuja leitura nos causa uma suavíssima descarga fluídica”. ¹

Convém lembrar que Eurípedes Barsanulfo, tido como Espírito evoluído, recebeu nesta encarnação influência direta de Santo Agostinho, São Vicente de Paulo e Bezerra de Menezes. Sendo assim, não nos custa transcrever sua mensagem que pode muito reforçar nossa crença, fé e confiança em Deus:

“O Universo é obra inteligentíssima; obra que transcende a mais genial inteligência humana; e como todo efeito inteligente tem uma causa inteligente, é forçoso inferir que a do Universo é superior a toda inteligência; é a inteligência das inteligências; a Causa das causas; a Lei das leis; o Princípio dos princípios; a Razão das razões; a Consciência das consciências; é Deus! Nome mil vezes Santo que Newton jamais pronunciava sem se descobrir.

DEUS! Vós que vos revelais pela natureza, vossa filha e nossa mãe, reconheço-vos eu, Senhor! na poesia da Criação, na criança que sorri, no ancião que tropeça, no mendigo que implora, na mão que assiste, na mãe que vela, no pai que instrui, no apóstolo que evangeliza!

DEUS! Reconheço-vos eu, Senhor! no amor da esposa, no afeto do filho, na estima da irmã, na justiça do justo, na misericórdia do indulgente, na fé do ímpio, na esperança dos povos, na caridade dos bons, na inteireza dos íntegros!

DEUS! Reconheço-vos eu, Senhor! no estro do vate, na eloquência do orador, na inspiração do artista, na santidade do moralista, na sabedoria do filósofo, nos fogos do gênio!

DEUS! Reconheço-vos eu, Senhor! na flor dos vergéis, na relva dos vales, no matiz dos campos, na brisa dos prados, no perfume das campinas, no murmúrio das fontes, no rumorejo das franças, na música dos bosques, na placidez dos lagos, na altivez dos montes, na amplidão dos oceanos, na majestade do firmamento!

DEUS! Reconheço-vos eu, Senhor! nos lindos antélios, no íris multicolor, nas auroras polares, no argênteo da lua, no brilho do sol, na fulgência das estrelas, no fulgor das constelações!

DEUS! Reconheço-vos eu, Senhor! na formação das nebulosas, na origem dos mundos, na gênese dos sóis, no berço das humanidades, na maravilha, no esplendor, no sublime do infinito!

DEUS! Reconheço-vos eu, Senhor! com Jesus, quando ora: “PAI NOSSO QUE ESTAIS NOS CÉUS”... ou com os anjos quando cantam: “GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS”... Aleluia!”
 

¹ Rizzini, Jorge. Eurípedes Barsanulfo, o apóstolo da caridade, edições Correio Fraterno, S. B. do Campo, SP. 



 


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