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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda

Ano 10 - N° 499 - 15 de Janeiro de 2017

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

 

Sexo e Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 20)

Damos sequência ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.

Questões preliminares 

A. Quem foi e quando viveu o marquês de Sade?  

Considerado por uns como sendo grande novelista, por outros como um atormentado portador de distúrbios mentais e emocionais, especialmente no que diz respeito à conduta sexual, Donato Afonso Francisco, mais conhecido como marquês de Sade, nasceu em Paris, descendente de uma família das mais nobres e distintas da Provença. Havendo ingressado na cavalaria aos catorze anos, dali saiu na condição de segundo tenente e membro do regimento do rei. Logo após, durante a guerra dos Sete Anos, na Alemanha, alcançou o posto de capitão. Em 1763, havendo regressado à França, seu país natal, casou-se com uma das filhas do presidente Montreuil, havendo sido, de alguma forma, enganado, porque amava a outra filha, a mais jovem, que a família encaminhara ao convento, fato que causou um grande desgosto ao capitão e arruinou-lhe a vida interior. (Sexo e Obsessão, capítulo 10: Recomeço difícil e purificador.) 

B. Que tipo de obras literárias o marquês de Sade legou à posteridade? 

Ele deixou um imenso legado de obras, principalmente comédias que foram representadas em Paris e em Versalhes, licenciosas e autobiográficas das práticas que realizara. Embora expressiva e volumosa, sua literatura não se destaca pela qualidade, mas certamente pela vulgaridade. Os seus desregramentos na área da sexualidade deram lugar a uma designação derivada do seu nome para um tipo de perversão sexual, que passou a ser conhecida como sadismo. (Sexo e Obsessão, capítulo 10: Recomeço difícil e purificador.) 

C. Os Benfeitores valem-se do auxílio de animais desencarnados, adestrados para a tarefa, em suas excursões socorristas?  

Sim. E era exatamente isso que ocorreria na excursão liderada pelo Mentor Anacleto. Na equipe socorrista dois jovens Espíritos estavam escalados para atuar, cada um dos quais conduzindo um mastim de expressivo porte, ambos bem amestrados e mansos. Os jovens, que os conduziam, pareciam excelentes amestradores que os iniciaram na identificação dos fluidos perniciosos e das vibrações deletérias das regiões espirituais inferiores, e se apresentavam exultantes com a possibilidade de contribuir em favor do êxito do empreendimento em pauta. (Sexo e Obsessão, capítulo 11: Retorno à cidade pervertida.) 

Texto para leitura 

96. Breve relato sobre o marquês de Sade – Fazendo uma pausa oportuna, a fim de ampliar o campo das explicações, o Mentor prosseguiu: “A História conta-nos complexos e variados comportamentos atribuídos ao marquês de Sade, de dolorosa e perturbadora memória. Considerado por uns como sendo grande novelista, por outros é tido como um atormentado portador de distúrbios mentais e emocionais, especialmente no que diz respeito à conduta sexual, que passou à posteridade como sendo praticante de tormentosas aberrações no campo da sodomia e de outras criadas pelo seu desvario. A grande verdade é que descendia de uma família das mais nobres e distintas da Provença, nascido em Paris, havendo, na juventude, ingressado na cavalaria aos catorze anos, de onde saiu na condição de segundo tenente, fazendo parte do regimento do rei. Logo após, durante a guerra dos Sete Anos, na Alemanha, alcançou o posto de capitão. Em 1763, havendo regressado à França, seu país natal, casou-se com uma das filhas do presidente Montreuil, havendo sido, de alguma forma, enganado, porque amava a outra filha, a mais jovem, que a família encaminhara ao convento, causando ao capitão um grande desgosto e arruinando-lhe a vida interior. Posteriormente, ele deu início aos tremendos atos de desregramento moral, através de um escândalo inicial que o envolveu com uma jovem, que fora barbaramente maltratada, o que impôs ao marquês o seu encarceramento no castelo de Saumur”. (Sexo e Obsessão, capítulo 10: Recomeço difícil e purificador.) 

97. A tumultuada vida do marquês de Sade – O bondoso e sábio amigo silenciou por um pouco, como se desejasse sintetizar a história tormentosa do infelizmente célebre marquês, logo dando prosseguimento: "Nasceu como Donato Afonso Francisco, herdeiro dos títulos de conde e de marquês. Depois do inditoso acontecimento foi transferido para o cárcere em Lião, ali ficando por breves seis semanas, logo posto em liberdade, o que lhe facultou nova prática hedionda em Marselha, crime esse que lhe valeu a pena de morte pelo Parlamento de Aix, tendo-se em vista a barbaridade com que o mesmo fora praticado. Liberado da condenação, hábil, como era, nas artimanhas de que se utilizava, conseguiu seduzir a cunhada, retirando-a do convento, e fugindo com ela para a Itália. Os bons fados, porém, não lhe foram favoráveis, porque, logo depois, a mulher que parecia amada desencarnou, e ele tentou voltar à França, havendo sido novamente preso, e fugindo após, de forma que pôde dar prosseguimento à sua existência insensata e degenerada. Foi novamente preso e liberado, para, por fim, ser encarcerado em Paris e encaminhado à Bastilha. Aqueles eram, porém, dias pré-revolucionários, e ele, utilizando-se de maquinações bem elaboradas, que o caracterizavam, improvisou um tubo, através do qual conseguia gritar impropérios e narrar supostas perseguições como maus tratos de que seriam vítimas os encarcerados no velho castelo. Posteriormente, passou a escrever em folhas de papel que atirava pelas grades, narrando supostas atrocidades que sofria com outros prisioneiros, havendo sido considerado, de alguma forma, um inspirador ou estimulador da Revolução de 1789, especialmente havendo contribuído em favor da destruição da hedionda prisão. Anteriormente, no entanto, houvera sido internado no asilo para alienados mentais de Charrenton, de onde foi liberado graças a um decreto da Assembleia Constituinte”. (Sexo e Obsessão, capítulo 10: Recomeço difícil e purificador.) 

98. Literatura vulgar e sadismo – Novamente o nobre Espírito silenciou. Podíamos notar-lhe a emoção, feita de compaixão e de misericórdia, em favor da desnaturada personagem, para logo concluir: “A esposa abandonou-o, não mais o suportando, embora também a vida desregrada que se permitira, resolvendo-se recolher a um convento, a fim de expiar a conduta reprochável. Sentindo-se livre do cárcere e do matrimônio, o marquês, já idoso, teria levado o restante da existência de maneira moderada, ainda segundo alguns biógrafos, vivendo pelo próprio trabalho, deixando um imenso legado de obras, principalmente comédias que foram representadas em Paris e em Versalhes, licenciosas e autobiográficas das práticas que realizara. Embora expressiva e volumosa, a sua literatura não se destaca pela qualidade, mas certamente pela vulgaridade. Desencarnou louco no manicômio de Charrenton, para onde fora levado, após uma longa existência de 74 anos mal aproveitados. Os seus desregramentos deram lugar a uma designação derivada do seu nome para um tipo de perversão sexual, que passou a ser conhecida como sadismo”. (Sexo e Obsessão, capítulo 10: Recomeço difícil e purificador.) 

99. Uma oração comovente – Para a reunião mediúnica que logo seria realizada, foram convocados, além de Philomeno e Dilermando, o médium Ricardo acompanhado pela sua Mentora, o psicoterapeuta espiritual Felipe e mais alguns assessores, formando um grupo de oito desencarnados e dois reencarnados. Convidada a proferir a oração, que deveria assinalar o início das atividades espirituais, a nobre Benfeitora madre Clara de Jesus concentrou-se e, à medida que se interiorizava, transformava-se em um foco de suave claridade azul-violeta com graduações de difícil definição. A meiga voz adquirira tonalidades musicais penetrantes, e ela exorou: 

Amoroso Jesus, Companheiro dos desditados e esquecidos!

Evocando a Tua jornada terrestre, quando desceste ao abismo das misérias humanas, a fim de nos ergueres ao esplendor da Tua morada, também nós, servos imperfeitos da Tua seara, preparando-nos para ascender no Teu rumo, através do mergulho no dédalo das aflições espirituais, vimos suplicar-Te apoio e inspiração.

Dulcifica-nos interiormente os sentimentos, alargando as nossas possibilidades de amor, de modo que auxiliemos sem exigências, participemos das angústias do próximo sem nos entristecermos e, sejam quais forem as circunstâncias em que se encontrem os irmãos do carreiro da agonia, não nos permitamos julgá-los ou censurá-los, compreendendo-os sempre, sem o que estaremos incapacitados para servi-los e socorrê-los.

Nesse tremedal em que se encontram por vontade própria, após o desrespeito às Soberanas Leis da Vida, não vigem a solidariedade nem a misericórdia, antes campeiam as arbitrariedades e as loucuras do desregramento moral e espiritual do ser que perdeu o endereço de si mesmo.

Apieda-Te deles, concedendo-lhes novo recomeço, qual nos conferiste quando nos encontrávamos sem rumo e a Tua voz nos alcançou, convidando-nos a seguir-Te, maneira única existente de nos libertarmos das paixões primitivas.

Reconhecemos as próprias deficiências para o labor que iniciaremos, por isso mesmo suplicamos-Te sejas o nosso Guia e Condutor, para que todos os nossos sejam passos seguros sobre as Tuas pegadas e a nossa se transforme na ação do Bem Infinito, não obstante os nossos limites e as nossas deficiências.

Senhor, aceita-nos a Teu serviço em nome de Nosso Pai! (Sexo e Obsessão, capítulo 11: Retorno à cidade pervertida.)

100. Animais em ação na espiritualidade – Quando a Benfeitora silenciou, com lágrimas que lhe orvalhavam os olhos, uma mirífica luz argêntea, descendo de ignoto ponto, a envolveu, espraiando-se em direção do grupo e albergando a todos na sua claridade. Nesse momento, chegaram dois jovens Espíritos, cada um dos quais conduzindo um mastim de expressivo porte, ambos bem amestrados e mansos. Era a primeira vez que, participando de uma excursão espiritual, a equipe fazia-se integrada por almas de animais desencarnados. A questão da alma dos animais sempre interessara a Manoel Philomeno de Miranda, mesmo quando se encontrava na Terra. Afinal, qual o destino reservado aos nossos irmãos da escala zoológica dita inferior, alguns deles revelando uma percepção do instinto tão aguçada, que se expressava na condição de uma inteligência embrionária? Embora as informações fornecidas pelos Espíritos nobres da Codificação em torno do período em que eles permanecem no mundo espiritual, mas não em estado de erraticidade, retornando ao mundo físico quase imediatamente, agora encontrava aqueles mastins que seriam utilizados pelos trabalhadores do Bem, demonstrando que haviam sido selecionados para auxiliar em tarefas relevantes, nas quais poderiam ser de grande utilidade. Os jovens, que os conduziam, pareciam excelentes amestradores que os iniciaram na identificação dos fluidos perniciosos e das vibrações deletérias das regiões espirituais inferiores, e se apresentavam exultantes com a possibilidade de contribuir em favor do êxito do empreendimento em pauta. (Sexo e Obsessão, capítulo 11: Retorno à cidade pervertida.) 

101. Os planos das trevas – Philomeno ainda estava mergulhado nas reflexões em torno dos animais, quando o Benfeitor começou a explicar a finalidade da excursão em delineamento, informando: “Ante o desbordar das paixões asselvajadas que cultivara na Terra, o marquês de Sade, residente na cidade perversa, comanda uma legião de cultores do sexo em desalinho, no mundo espiritual, que se encarregam de inspirar e preservar as alucinações de homens e mulheres terrestres que lhes caem nas malhas perturbadoras. À semelhança de Mauro, o esposo da dama da consulta ao atendente fraterno da Casa enquadra-se como dependente da ação nefasta daquelas Entidades devassas que, em obsidiando alguns incautos, também tombam nas malhas da própria rede de perturbação, experimentando o tormento da insaciabilidade e mais experienciando as necessidades físicas de que já deveriam encontrar-se liberados, e constituem somente impregnação dos vícios no perispírito..." O Mentor fez uma pequena pausa e logo prosseguiu: “Em nossa Esfera de ação tomamos conhecimento de que um grupo de sequazes do marquês pretende, oportunamente, assaltar esta Instituição, que se constituiu um pouso de renovação que é do vero Cristianismo, influenciando seus membros para tombarem nas urdiduras da sensualidade desavisada, assim interrompendo o ministério de amor e de dignificação que aqui se desenvolve. Conforme recordamos, no plano estabelecido pelo Soberano das Trevas a respeito das quatro torpes verdades(1), os Espíritos do Mal investiriam com todas as suas forças contra os obreiros do Evangelho desvelado pelo Espiritismo, por estarem interferindo nos planos trabalhados em favor das obsessões coletivas. Uma dessas verdades é o uso desarmonizado do sexo, fazendo o ser derrapar na vulgaridade e no desrespeito a si mesmo como ao seu próximo”. (Sexo e Obsessão, capítulo 11: Retorno à cidade pervertida.) (Continua no próximo número.)

(1) Para melhor entender o assunto, leia o cap. X do livro Trilhas da Libertação, do mesmo autor espiritual. Eis o link:
http://www.oconsolador.com.br/ano8/406/estudandomanoelphilomeno.html



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita