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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 499 - 15 de Janeiro de 2017

LEDA MARIA FLABOREA
ledaflaborea@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)

 

 

Lar, pequena praia...


Lar, nos dicionários da Língua Portuguesa, é confundido com a ideia de família e, figurativamente, como um local para onde se retorna, seja a casa, a cidade ou o país de origem... A Doutrina Espírita, por sua vez, amplia esse significado na medida em que afirma ser muito mais que uma reunião de pessoas aparentadas, que vivem, em geral, na mesma casa. São criaturas unidas por laços de parentesco, pelo sangue ou por alianças, criando laços sociais.

As questões 205, 205-a e 774 de O Livro dos Espíritos esclarecem que somente através da reencarnação os laços familiares podem ser menos precários, permitindo aumentar os deveres da fraternidade uma vez que essas pessoas já estiveram ligadas, anteriormente, sobre bases da afeição ou da inimizade. É pela necessidade de progresso que esses encontros acontecem. Os laços sociais são necessários ao progresso e os laços de família estreitam tais laços.

O cadinho doméstico é constante desafio para cada um de seus membros, tendo em vista que cada um traz uma história de existências pregressas no bojo de seus sentimentos que se manifestam através de suas ações, palavras e pensamentos. Difícil trabalho esse de buscar a harmonia entre indivíduos tão distintos, ligados entre si por passados às vezes escabrosos, permeados de cobranças, vitimizações, abandonos e sofrimentos, com medos e angústias de um futuro desconhecido.

Entretanto, a necessidade desses encontros é fundamental para que a vida, em seu esplendor, prossiga segundo um programa reencarnatório pensado, avaliado e fixado nessas consciências, com a finalidade de se cumprir a lei do progresso, através de ajustes das consequências de escolhas infelizes, feitas em existências anteriores.

Cansados de sofrer, esses Espíritos, ainda na Erraticidade, pedem, imploram muitas vezes, para retornarem à carne ao lado desses comparsas, desafetos, a fim de remirem suas dores morais. E aqui estamos nós mergulhados em águas revoltas do presente, resgatando débitos do passado, com vistas a um futuro mais sereno, ainda que incerto.

Sem lutas não há progresso. E o lar passa a representar, assim, a primeira escola de amor na qual Deus nos matriculou para aprendermos valores espirituais indispensáveis ao nosso crescimento moral, como a paciência, a gratidão e o amor incondicional...

A cada batalha vencida nessa pequena praia, abrem-se, diante de nós, inúmeras oportunidades de navegação em águas mais calmas e mais profundas, em direção a praias mais extensas, a trabalhos com maiores responsabilidades. Aprendemos aqui no restrito, para ensinar e mais aprender no amplo. Do simples para o complexo. Da realidade material para a espiritual. E nesse processo contínuo de aprender, ensinar, mais aprender e mais ensinar iremos todos cumprindo nossa destinação de sermos felizes em plenitude.

Pacientemente ou não, vamos resolvendo nossas mazelas junto a esses irmãos que, como nós, foram colocados como companheiros nossos nessa jornada de aprimoramento.

Se por um lado nos sentimos atados a eles, com vontade de romper esses laços, porque a obrigação nos pesa, por outro lado, eles também se sentem assim muitas vezes. Se com o outro não é fácil a convivência, viver conosco deve ser mais difícil ainda.

Assim, até que aceitemos esses irmãos como instrumentos de nosso aprendizado pela prática da caridade para com todos eles, respeitando-os nas suas diferenças e limitações, retornaremos junto deles para continuarmos nosso curso como alunos rebeldes até a aprovação final.



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita