WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda

Ano 10 - N° 497 - 1° de Janeiro de 2017

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

 

Sexo e Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 18)

Damos sequência ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.

Questões preliminares 

A. Pode a morte de uma pessoa dar-se por merecimento?  

Sim. Foi o que, segundo o médium Ricardo, ocorreu com o jovem Marcos. Morto em um acidente, ele ali se encontrava muito bem, já recuperado do transe experimentado após os fatos que lhe causaram o óbito. O que parecia um grande mal fora, em realidade, uma bênção. Eis o que, falando aos pais do jovem, disse o médium: “Desejo informá-los que a sua foi uma desencarnação ou morte por merecimento... Ele partiu, porque não mereciam, nem ele, nem os senhores, sofrer, caso permanecesse no corpo. O traumatismo craniano de que foi objeto, se ele permanecesse no corpo, faria que ficasse como um morto, apenas em vida vegetativa, e como o Pai é todo amor, amenizou a dor de todos, reconduzindo-o ao lar, onde os aguarda em festa, porém após os senhores concluírem os seus deveres que os manterão no mundo, já que ainda não é chegado o momento do seu retorno”. E acrescentou: “Ele agradece todo o carinho que sempre recebeu dos pais queridos, a felicidade que desfrutou durante toda a existência, que não foi larga, porém o suficiente, nos seus vinte e seis anos, para realizar as metas que havia traçado”. (Sexo e Obsessão, capítulo 9: Lutas e provações acerbas.) 

B. Diante da dor e do sofrimento alheio, qual é o papel da casa espírita?  

A dor – que despedaça as multidões – aguarda fatos e não discussões infrutíferas, socorro imediato e consolação antes da alucinação, ao invés de aguerridos combates silogísticos críticos, enquanto se cruzam os braços distantes da ação recomendada pelo Codificador e pelos Espíritos nobres para a caridade nas suas múltiplas expressões, sem a qual de nada adiantam os debates intelectuais presunçosos e vazios de conteúdos moral e espiritual. Por mais se deseje encarcerar o Espiritismo nas facetas científica e filosófica, dissociando-o dos seus conteúdos ético-morais-religiosos, ele sobreviverá como O Consolador que Jesus nos prometeu, conforme bem o definiu Allan Kardec sob a segura orientação dos Guias da Humanidade. (Sexo e Obsessão, capítulo 9: Lutas e provações acerbas.) 

C. Diante do padre Mauro, na iminência de suicidar-se, que fizeram os benfeitores espirituais?   

Percebendo a gravidade da situação e vendo a aflição da genitora de Mauro, em pranto e em prece, o Mentor acercou-se-lhe e disse: “Nesta emergência, vemos apenas uma solução de imediato, que é a querida amiga acercar-se do filho, apresentar-se-lhe, e despertá-lo para a realidade”. De imediato, ele concitou o grupo e dona Martina a que se concentrassem firmemente, oferecendo-lhe energias próprias para o cometimento, enquanto lhe sugeria que focasse o campo mental do filho e o chamasse nominalmente, várias vezes, com o que ela anuiu, confiante. “Mauro, meu filho – chamou com energia a mãezinha desencarnada –, desperte! Mauro, ninguém morre. Recorde-se, neste momento, de Jesus.” (Sexo e Obsessão, capítulo 10: Recomeço difícil e purificador.) 

Texto para leitura 

85. Uma morte por merecimento – Ante a alegria dos pais, o médium esclareceu que seu filho se encontrava muito bem e já se havia recuperado do transe experimentado após o acidente. O que parecia um grande mal fora, em realidade, uma bênção. O médium acrescentou: “Desejo informá-los que a sua foi uma desencarnação ou morte por merecimento... Ele partiu, porque não mereciam, nem ele, nem os senhores, sofrer, caso permanecesse no corpo. O traumatismo craniano de que foi objeto, se ele permanecesse no corpo, faria que ficasse como um morto, apenas em vida vegetativa, e como o Pai é todo amor, amenizou a dor de todos, reconduzindo-o ao lar, onde os aguarda em festa, porém após os senhores concluírem os seus deveres que os manterão no mundo, já que ainda não é chegado o momento do seu retorno. Ele agradece todo o carinho que sempre recebeu dos pais queridos, a felicidade que desfrutou durante toda a existência, que não foi larga, porém o suficiente, nos seus vinte e seis anos, para realizar as metas que havia traçado”. O casal saía de uma para outra emoção-surpresa ante as naturais informações recebidas, que os convidavam a reflexões dantes jamais pensadas, agradecendo a Deus a oportunidade especial, que nunca mais esqueceriam, e que iria mudar completamente o rumo das suas existências. Ricardo referiu-se também ao auxílio que o jovem recebera ao desencarnar, quando a avozinha materna o recebera, amparando-o naqueles momentos iniciais mais difíceis. Ela também ali se encontrava, envolvendo a filha e o genro em dúlcidas vibrações de carinho e de paz. (Sexo e Obsessão, capítulo 9: Lutas e provações acerbas.) 

86. A dor aguarda socorro, não debates infrutíferos – Por mais alguns minutos o médium manteve cordial conversação, rica de esperança e de esclarecimentos, oferecendo páginas mediúnicas de conforto moral e sugerindo ao casal que tomasse conhecimento dos postulados espíritas nas suas Obras básicas, que lhe fariam um infinito bem. Aqueles corações, antes despedaçados, experimentavam agora um pulsar diferente, renovador, e, vitalizados, com palavras de profunda gratidão, saíram, sorrindo de felicidade, em retorno ao lar. Diante dos fatos, o mentor Anacleto, sempre generoso, teceu os seguintes comentários: “A mediunidade com Jesus é uma ponte de duas mãos que faculta a viagem de ida na direção do Senhor e traz a mensagem de volta em Seu nome. Por mais se deseje encarcerar o Espiritismo nas facetas científica e filosófica, dissociando-o dos seus conteúdos ético-morais-religiosos, ele sobreviverá como O Consolador que Jesus nos prometeu, conforme bem o definiu Allan Kardec sob a segura orientação dos Guias da Humanidade. Como vemos, aqui não há qualquer culto ou cerimonial, intrujice ou igrejismo, superstição ou sacerdócio que caracterizam outras religiões. Verificamos nesta e em milhares de Instituições iluminadas pela Doutrina Espírita a ausência de qualquer símbolo ou motivo de sugestão, que induzam o interessado em crer sem compreender e aceitar sem raciocinar nos seus conteúdos. A dor, que despedaça as multidões, aguarda fatos e não discussões infrutíferas, socorro imediato e consolação antes da alucinação, ao invés de aguerridos combates silogísticos críticos, enquanto se cruzam os braços distantes da ação recomendada pelo Codificador e os Espíritos nobres para a caridade nas suas múltiplas expressões, sem a qual de nada adiantam os debates intelectuais presunçosos e vazios de conteúdos moral e espiritual...”. (Sexo e Obsessão, capítulo 9: Lutas e provações acerbas.) 

87. Mauro encontrava-se alquebrado – A noite avançava com o seu crepe escuro bordado de estrelas lucilantes muito ao longe. A Casa Paroquial estava mergulhada em sombras, quebradas apenas por algumas velas acesas diante de ídolos impassíveis em relação aos sofrimentos humanos. Como podiam, realmente, aquelas estátuas trabalhadas com beleza e quase perfeição entender o drama e a agitação dos homens inquietos e aturdidos no báratro existencial? Fossem representações legítimas daqueles que se houveram dedicado ao Bem e ao culto do dever, quando na Terra, com o único objetivo de estimularem a mente a direcionar-se-lhes, tornava-se exequível. No entanto, o culto àquelas imagens sobrepunha-se à vinculação com as pessoas desencarnadas que pareciam representar, permanecendo inútil. Mauro encontrava-se alquebrado. Parecia haver envelhecido em poucas horas, após a confissão e o sincero arrependimento que o dominava. Embora estivesse em atitude de angústia, buscando Deus com o pensamento, sentia-se confrangido e envergonhado sob o trucidar da culpa. Repassava pela memória os acontecimentos da infância e a figura do genitor se destacava no caleidoscópio das recordações. Apresentava-se hediondo e infernal, debochado e insensível ante a aflição do filho, que submetia à selvageria sem qualquer respeito pelo ser humano ou compaixão pelo rebento da própria carne. À medida que aprofundava a mente nas evocações perturbadoras mais se afligia, não podendo dominar o caudal de lágrimas que lhe escorriam pelas faces ardentes, quase em febre de horror por si mesmo. (Sexo e Obsessão, capítulo 10: Recomeço difícil e purificador.) 

88. Ideias suicidas... – Em dado momento, o grupo socorrista viu acercar-se do padre Mauro um de seus perseguidores desencarnados que, utilizando-se da angústia que dominava o sacerdote, começou a transmitir-lhe telepaticamente ideias de fuga do corpo físico. O irmão Anacleto, sempre vigilante, solicitou a Miranda que se concentrasse no chacra cerebral do paciente e, ao fazê-lo, pôde captar a indução pertinaz e contínua: “A solução para tal crime é o suicídio, porta aberta para a liberdade” – pensava o sofredor telementalizado pelo ignorado inimigo oculto. “Como enfrentar a vergonha, a humilhação, o opróbrio geral? E se a massa humana, sempre sedenta de sangue, em tomando conhecimento da hediondez resolvesse fazer justiça com as próprias mãos? Nunca faltaria quem desse o primeiro grito em favor do linchamento, e logo as feras se atirariam furiosas contra a vítima que seria destroçada sem qualquer piedade. Só o suicídio poderia resolver-lhe o drama perverso.” Era espantosa a habilidade do obsessor. Ele não se permitia trair, parecendo ser alguém que estivesse interessado na destruição do adversário, inspirando-lhe de tal forma a ideia da morte como se lhe nascesse no íntimo atribulado. Fixando-o, transmitia-lhe a ideia da fuga como solução, fazendo crer tratar-se de uma autorreflexão e nunca de uma autossugestão. Mediante esse comportamento, fazia o enfermo supor que a atitude desejada era lógica e, portanto, perfeitamente aceitável. Mauro recordou-se de uma jovem que lhe trouxera, através da confissão, a narrativa do desespero em que se asfixiava ante a gravidez inesperada de que se encontrava objeto. Repudiada pelo amante que lhe abusara da confiança, e sabendo que a família jamais lhe entenderia a situação, tanto quanto receando os preconceitos sociais então vigentes, recorrera-lhe ao auxílio, por não encontrar outro caminho exceto o do autocídio. Ante o próprio conflito, que já o atormentava na ocasião, tentou dissuadi-la do gesto tresloucado sem muita convicção, sentindo-se fracassado, porque, logo depois, na noite imediata, a infeliz recorrera à morte mediante o gás que abrira e deixara-se anestesiar no quarto de banho, onde antes tivera o cuidado de vedar todas as saídas e entradas de oxigênio. (Sexo e Obsessão, capítulo 10: Recomeço difícil e purificador.) 

89. Como agem os benfeitores espirituais – Reflexionando e, ao mesmo tempo, com a mente invadida pelo algoz, ele concluía, sem poder perceber que estava sendo vítima de uma consciência entenebrecida: “O suicídio através do gás é repousante, sem dor e sem tormento, facultando ao desditoso adormecer para adentrar-se no país do nada ou no inferno sem retorno”. Mas essa reflexão sacudiu-o, e ele recordou-se da fé religiosa que abraçava, dando-se conta de que não a tinha em alta consideração, como o demonstravam sua conduta e seu pensamento inseguro. Estimulando-o à ação devastadora, o inimigo procurava assenhorear-se do seu pensamento, com o propósito de tomar-lhe o centro dos movimentos e acioná-lo para que executasse o plano covarde de fuga, quando o Mentor, percebendo a aflição da genitora de Mauro, em pranto e em prece, acercou-se-lhe e esclareceu: “Nesta emergência, vemos apenas uma solução de imediato, que é a querida amiga acercar-se do filho, apresentar-se-lhe, e despertá-lo para a realidade”. De imediato, ele concitou o grupo e dona Martina a que se concentrassem firmemente, oferecendo-lhe energias próprias para o cometimento, enquanto lhe sugeria que focasse o campo mental do filho e o chamasse nominalmente, várias vezes, com o que ela anuiu, confiante. “Mauro, meu filho – chamou com energia a mãezinha desencarnada –, desperte! Mauro, ninguém morre. Recorde-se, neste momento, de Jesus.” (Sexo e Obsessão, capítulo 10: Recomeço difícil e purificador.) (Continua no próximo número.)



 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita