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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 497 - 1° de Janeiro de 2017

CHRISTINA NUNES
meridius@superig.com.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)

 

 

Visualização projetiva


Foi em estado de deleite espiritual que participei da utilização da prática da visualização projetiva, meses atrás, por ocasião da sessão de final de semana em que se realizaram as preces, e a leitura e comentários das passagens de O Evangelho segundo o Espiritismo, em intenção dos desencarnados do mês. Isso foi em meados do ano passado, por ocasião da desencarnação de minha última avó ainda viva, deixando-nos aos cento e dois anos de idade.

Isso porque, orientada por meus mentores desencarnados, já de há tempos utilizava o recurso de forma particular, combinado à musicoterapia; ferramentas estas que, a partir das dimensões espirituais, ao que se percebe, trabalhadores dedicados operam para a sua maior disseminação nos ambientes de serviço espírita ou espiritualista na materialidade, visando à eficácia particular observável no socorro e no amparo aos desencarnados.

Naquela ocasião, não sabia que a Casa atualmente empregava o recurso. Todavia, habituada aos seus efeitos, antecipei as etapas seguintes quando, reunidos no grande salão iluminado por repousante luz azul ao som dos clássicos ligeiros, fomos convidados a fechar os olhos para o dito exercício projetivo.

Foi então que pensei: vamos visitar minha avó para entregar-lhe flores! Na certa, advertida, a meu turno, por meu mentor do plano invisível, presente conosco naquele instante para compor e reforçar a profilática corrente magnética do significativo grupo silencioso, reunido em atitude de prece.

E, para meu encanto, nos minutos seguintes, confirmando a advertência carinhosa de meu mentor, as palavras da médium em ofício ecoaram, compelindo todos ao exercício aparentemente “imaginativo”: que visualizássemos um lindo jardim florido, em local silencioso e ensolarado, onde caminhávamos e recolhíamos algumas flores de nossa preferência. Para após, continuando o passeio em direção a algum lugar, cujos contornos conseguíssemos definir do melhor modo em nossas mentes, encontrarmos, ali, e à nossa espera, os nossos queridos que haviam partido.

Devidamente amparados por seus guias e amigos das dimensões invisíveis, nos receberiam, felizes com a nossa visita. E então, entregaríamos nossas flores, com sentimentos de amor e de carinho.

Lembro que, na antecipação de segundos para cada sugestão, fui visualizando a cena, com embevecimento. Completamente transportada para um lugar incógnito onde, saindo de um caminho perfumado pela vegetação de alguns arbustos floridos, encontrava minha avó, acomodada num banquinho convidativo, sorriso no rosto. Remoçada, estava acompanhada por algumas pessoas desconhecidas para mim; e eu ia até ela, e lhe entregava, emocionada, com um abraço, as flores!

Que sensação indescritível foi a de ter confirmado aquele transporte, instantes antes da médium pronunciar as palavras que definiriam qual seria a atividade em andamento no recinto acolhedor do Centro! Depois, fiquei a imaginar a felicidade de minha avó, ao ver os parentes reunidos, todos os que compareceram àquela sessão, visitando-a para oferecer-lhe carinho, saudades e flores!

De fato, não há palavras do vocabulário terrestre que definam com exatidão as vivências bem conduzidas aos planos espirituais, enquanto ainda estamos reencarnados!

Sem dúvidas, essas experiências recorrentes nos confirmam a prioridade para a qual elas são empregadas pelos trabalhadores das esferas invisíveis. E a frequência dos exercícios bem realizados nos demonstram que, em variadas situações, nos é dado colaborar no esclarecimento de pessoas num sem-número de contextos, onde muitos se acham perdidos no entendimento das Leis maiores da vida, e necessitados de lenitivo para as suas perdas e sofrimentos.

Recordo-me de duas outras ocasiões.

Numa, fui levada a auxiliar no processo de desprendimento do corpo de um conhecido próximo, desencarnado ainda na fase jovem, debaixo do desespero de familiares que longe se achavam da compreensão mais adequada do que concerne à continuidade da vida além do túmulo. Estando nos primeiros tempos das minhas atividades mediúnicas, lembro-me ainda, com clareza e satisfação íntima, do agradecimento que me endereçara o rapaz, cujo tratamento e esclarecimentos oferecidos no seu maior estado de perturbação o auxiliaram no desprendimento completo da aparelhagem física, de que houve que se desfazer precocemente, na sua curta permanência na materialidade.

E, em ocasião diversa, no ambiente de um hospital extrafísico de intensa atividade de desencarnados, médicos, pacientes recém-chegados da crosta, parentes em visitação aos acolhidos naquele lugar amplo das dimensões astrais mais próximas da Terra.

Lá, junto a alguns trabalhadores e mentores, conversei com um pai de aparência jovem, de que me lembro até hoje: ruivo, de compleição mediana, perdera o filhinho ainda na fase da infância. E ali, recebia o reconforto de saber que o menino fora acolhido pela assistência médica e espiritual daquela vasta estância de repouso e tratamento.

Lembro-me de lhe dizer: – Vê, então, como ele apenas continua? Você não o perdeu para sempre! – Diante da expressão fisionômica consolada e da confirmação silenciosa do rapaz em expectativa no lugar de grande movimentação!

Gradativamente, essas práticas são introduzidas na esfera material do orbe, onde instituições espiritualistas, e mesmo hospitais de ponta nas várias nações do mundo, incorporam a seus tratamentos os recursos alternativos de incontestável eficácia, das experiências projetivas e musicoterápicas.

São, elas, o alvorecer definitivo do entrelace entre dimensões para o salto a um patamar mais eficiente de auxílio ao sofrimento humano, nas áreas que mais nos afligem, sejam as das perdas dos entes queridos, entendidas no sentido mais exato de despedida temporária, sejam no tratamento dos desajustes emocionais e psicológicos de várias ordens, originados na carência ainda significativa da compreensão do que sejam as Leis Universais que fazem da vida na matéria não mais que mera página no livro dos nossos caminhos rumo à evolução infinita.

 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita