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O Espiritismo responde
Ano 10 - N° 496 - 18 de Dezembro de 2016
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
BLOG
ESPIRITISMO SÉCULO XXI
 


 
Um leitor de Minas Gerais, em mensagem particular que nos foi enviada, disse-nos o seguinte:  

“Amigo, bom dia! Tenho uma pergunta! Li o livro Brasil, coração do mundo, pátria do evangelho. Aprendi que nosso país tem um perfil e um planejamento, mas vi também que uma nação, assim como um indivíduo, tem seu livre-arbítrio. Como se explica todo esse processo da atual política brasileira? Era realmente para ser como está? Não sou partidário, nem fã de político algum. Eu gostaria de saber sob a luz da doutrina! Abraços! Paz e luz!” 

Já escrevemos nesta revista, em outro setor deste periódico, sobre o tema proposto pelo leitor. A resposta que lhe enviamos consiste basicamente no texto abaixo.

Há pouco tempo, diante da violência praticada, a mando do governo estadual, contra os professores do Paraná, uma professora espírita postou em uma conhecida rede social a seguinte pergunta: “O Brasil não é o Coração do Mundo, a Pátria do Evangelho? por que, então, tanta negatividade, tanta irresponsabilidade?”

A essa pergunta poderíamos, de nossa parte, acrescentar: Por que tanta corrupção? por que tantos desmandos? por que tantos abusos? por que tanta incompetência e falta de comprometimento da parte de quem deveria governar com sabedoria os destinos do país?

Muitos leitores, até mesmo no meio espírita, ignoram que a expressão Pátria do Evangelho apareceu pela primeira vez associada ao Brasil na obra Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, o sexto livro psicografado por Francisco Cândido Xavier, datado de 1938, de autoria de Humberto de Campos (Espírito). Nessa obra, o Brasil é representado em inúmeras oportunidades pelas palavras: Pátria do Evangelho.

Admitindo, apenas para argumentar, a veracidade do que Humberto de Campos expôs em seu livro, fica claro, desde o diálogo inicial entre Jesus e Helil, que a ideia primeira, com o povoamento que se seguiu à chegada de Pedro Álvares Cabral, era constituir em nosso país uma nação imbuída de novos ideais, sem o histórico de guerras, de intrigas e de mazelas outras que caracterizavam a civilização europeia.

Do descobrimento do país até 1889, quando foi proclamada a República, a condução do Brasil teria estado – segundo relata Humberto de Campos – sob as rédeas do plano espiritual, algo que é de difícil compreensão quando nos lembramos que foi exatamente em tal período que se instalou e reinou soberano no país o lamentável regime de escravidão e em que os povos indígenas que aqui viviam foram praticamente dizimados.

Admitamos, no entanto, que o autor do livro não se tenha equivocado. Sendo assim, relembremos o que a obra em foco nos apresenta no capítulo intitulado “A República”, no qual o autor reproduz uma interessante mensagem atribuída a Jesus: 

"Irmãos, a Pátria do Evangelho atinge agora a sua maioridade coletiva. Profundas transições assinalarão a sua existência social e política. Uma nação que alcança a sua maioridade é a responsável legítima e direta por todos os atos comuns que pratica, no concerto dos povos do planeta. Necessário é separemos agora o organismo político do Brasil dos alvitres permanentes e constantes do mundo espiritual, para que todos os seus empreendimentos sejam devidamente valorizados. À maneira dos indivíduos, as pátrias têm, igualmente, direito à mais ampla liberdade de ação, uma vez atingido o plano dos seus raciocínios próprios.

“Acompanharemos, indiretamente, o Brasil, onde as sementes do Evangelho foram jorradas a mancheias, a fim de que o seu povo, generoso e fraternal, possa inscrever mais tarde a sua gloriosa missão espiritual nas mais belas páginas da civilização, em o livro de ouro dos progressos do mundo. Seus votos evolutivos, no que se refere às instituições sociais e políticas, serão carinhosamente observados por nós, de maneira a não serem obstadas as deliberações das suas autoridades administrativas no plano tangível da matéria terrestre; mas, como o reino do amor integral e da verdade pura ainda não é do orbe terreno, urge reformemos também as nossas atividades, concentrando-as na obra espiritual da evangelização de todos os espíritos localizados na região do Cruzeiro.

“A proclamação da República Brasileira, como índice da maioridade coletiva da nação do Evangelho, há de fazer-se sem derramamento de sangue, como se operaram todos os grandes acontecimentos que afirmaram, perante o mundo, a Pátria do Cruzeiro, os quais se desenvolveram sob a nossa imediata atenção. Doravante, o Brasil político será entregue à sua responsabilidade própria.”  

Conforme é dito com absoluta clareza na mensagem acima, a partir de novembro de 1889 saiu de cena a cobertura espiritual, quando os condutores espirituais da República decidiram dar um tempo, e o país passou à responsabilidade direta, e sem nenhuma tutela, dos próprios brasileiros.

Terão as coisas melhorado?

Do ponto de vista material, parece-nos que sim. Para isso a ciência e as inovações tecnológicas contribuíram de forma efetiva e inquestionável.

Quanto ao desenvolvimento moral, social e político, há controvérsias, e a própria observação feita pela professora, a que nos reportamos no preâmbulo, indica isso.

Perguntaram certa vez ao professor José Raul Teixeira como conciliar a existência da escravidão no Brasil por tanto tempo com o fato de ter sido o país colonizado sob a égide do Cristianismo e com o título, que Humberto de Campos (Espírito) lhe atribuiu, de coração do mundo e pátria do Evangelho.

Raul, com a objetividade que lhe é característica, respondeu: 

“O Cristianismo do Cristo muito se distingue do cristianismo dos cristãos. Assim é que tantos abusivos atos foram e são cometidos em nome do Cristianismo, sem que se especificasse tratar-se do segundo. Na alusão de Humberto de Campos encontramos a mesma gravidade da previsão de Jesus, ao afirmar que a Terra seria o mundo renovado do porvir, quando no mundo encontramos, ainda, toda sorte de loucuras, guerras e materialismo, e que, como o Brasil, espera no tempo as possibilidades de alcançar o seu destino traçado no Mais Além.” [A entrevista de que foi extraída a resposta acima pode ser lida na íntegra clicando-se neste link: http://www.oconsolador.com.br/5/entrevista.html]

Em face de tudo o que acima foi dito, é bastante válido, pois, perguntar: Pátria do Evangelho, para onde caminhas?

Alguém, porventura, sabe dar-nos a resposta? 

 


 
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