WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 496 - 18 de Dezembro de 2016

RICARDO ORESTES FORNI
iost@terra.com.br
Tupã, SP (Brasil)
  

 

 
Meu amigo de fé,
meu irmão camarada!


Tive a honra e a felicidade de ser amigo de um grande trabalhador da seara espírita que morou na cidade de Mirassol-SP.

Oswaldo Cordeiro renunciou ao casamento até a idade mais madura para poder trabalhar intensamente na Doutrina. Apesar da distância, ia muito a Uberaba visitar o Chico. Durante o tempo que trabalhou como representante comercial de laboratórios na indústria farmacêutica, providenciava a maioria dos remédios que Chico tomava. Essa proximidade com o mineiro inesquecível permitiu-lhe participar das lições das madrugadas aprendendo direto na fonte.

Vez que outra contava-me algumas lições do Chico e eu ficava deslumbrado. “Como era bom ser amigo dele, Chico!” – pensava eu com meus botões.

E se era tão bom assim, imaginem ser amigo de Jesus então! Valha-me a imaginação para tanto!

Será que para ser amigo íntimo de Jesus é suficiente comparecer ao Centro Espírita em alguns dias da semana? Participar de alguma atividade desse Centro? Receber a água energizada (fluidificada) após o passe espírita? Ou comparecer ao Centro escolhido no dia em que vier um orador de fora que deixa o conforto do lar e o convívio com os familiares para nos trazer algum aspecto da Doutrina Espírita? Sem considerarmos, evidentemente, o risco nas rodovias e as despesas pessoais dessa pessoa de boa vontade.

E para o católico, continuei dando asas à minha imaginação, o que será necessário fazer para ser amigo de Jesus? Apenas comparecer num determinado dia da semana na Igreja, confessar e comungar segundo as normas dessa religião?

Depois voltei-me para a religião Evangélica. Como fazer nela para ser amigo íntimo de Jesus? Será o suficiente conhecermos com exatidão a Bíblia e ouvir os sermões que nesses Templos o pastor prega com carinho e dedicação?

Meu Deus! Se era tão bom ver o Oswaldo amigo de Chico, imagine ser amigo Dele, do próprio Mestre?!

Folheando o livro Palavras De Vida Eterna, ditado por Emmanuel através da mediunidade abençoada de Chico Xavier, na página Diante Do Mestre, capítulo 135, encontrei o seguinte: “Aspirando ao título de amigos do Senhor, urge não lhe perdermos as instruções. Em verdade, podemos reverenciar o Cristo, aqui e ali, dessa ou daquela forma, resultando, invariavelmente, alguma vantagem de semelhante norma externa”. (Grifo meu)

Percebi por esse detalhe (norma externa) que as coisas iriam complicar. Mas já que estava na chuva, resolvi me molhar para valer e continuei o restante do parágrafo de Emmanuel: “... mas, para sabermos como usufruir-lhe a sublime intimidade, é forçoso lhe ouçamos a afirmação categórica: “Vós sereis meus amigos se fizerdes o que vos mando” – João, 15:14.

Tive que concluir, a bem da verdade, que, por enquanto, não sou digno dessa intimidade! Aliás, estou muito longe dela.

E enquanto escrevia essas linhas, dei outra trombada no ensinamento de Emmanuel: “Escrevemos páginas que lhe expressam as diretrizes; e não nos cabe agir de outro modo para que se nos amplie, na Terra, a cultura de espírito”.

E agora, pensei, será que dá para encerrar esse artigo sem me afligir ainda mais depois dessa direta?!

Meu Pai! O Senhor nos mandou um Filho muito perfeito para as nossas imperfeições! Como vou conseguir, por enquanto, ser amigo Dele?!

Mas Emmanuel deixou-me uma esperança quando ele afirmou que Jesus demonstrou sua união com o Eterno Bem consagrando-se a substancializá-lo na construção do bem de todos.

Creio estar aí o consolo e a diretriz de que preciso para um dia ser também um amigo Dele.

Uma determinada ocasião, um confrade se aproximou do Chico e disse-lhe que não iria mais falar sobre a Doutrina Espírita em público porque não tinha as virtudes que abordava em suas palestras. Chico respondeu-lhe que se cada um só pudesse falar sobre as virtudes de que fosse possuidor, muito pouca gente sobraria no serviço de divulgação doutrinária.

Fazendo um raciocínio paralelo, creio que, procurando cada vez mais servir ao meu próximo ao qual posso socorrer de alguma maneira, um dia poderei me aproximar de Jesus, escutando em minha consciência pacificada a famosa música Meu amigo de fé, meu irmão camarada!...
 




 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita