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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 496 - 18 de Dezembro de 2016

ÉDO MARIANI 
edo@edomariani.com.br 
Matão, SP (Brasil)

 

 

O verdadeiro sentido
do
Natal
   


O Natal está chegando de novo. O mundo cristão entra em clima de beleza, de luzes, preparando-se para a comemoração.

Acontece, porém, uma coisa curiosa: grande parte dos que se preparam para as festividades natalinas não têm conhecimento da grandeza da missão espiritual do aniversariante.

Poucos, muito poucos, são os que buscam saber quem é Jesus, como Ele viveu, qual foi a sua missão na Terra, quais as suas virtudes, quais os ensinamentos que Ele nos trouxe e por que motivos a sua mensagem revolucionou a história.

É importante cogitarmos sobre tais inquirições, pois do contrário não estaremos comemorando de forma condigna essa tão significativa efeméride mundial.

Sholem Asch, um judeu que diz ter sido romano no tempo de Jesus e ter vivido nessa época em Jerusalém, na qualidade de alto funcionário do governo romano – comandante das forças romanas que mantinha a ordem no país – , escreveu interessante livro sobre a vida de Jesus, obra traduzida pelo nosso patrício Monteiro Lobato, com o título “O Nazareno”.

A abordagem do autor abre as portas para uma maior compreensão da espiritualidade de Jesus e de sua ascensão moral junto às criaturas humanas.

Assim escreveu Sholem, comentando o que sentiu após ter ouvido o Sermão da Montanha:

“E o que a mim me aconteceu foi o seguinte – coisa que repito com vexame, mas é a verdade pura: eu, o Quiliarca de Jerusalém, esqueci completamente a minha dignidade, a minha identidade, a minha posição social; e, juntamente com o centurião de K’far Nahum, que estava tão tomado quanto eu, meti-me no meio daquele povo em delírio – corri com ele como se eu fizesse parte da massa e as palavras do rabi também me dissessem respeito! Até esse ponto eu e meu amigo nos deixamos arrastar! Com o centurião não era tanto, porque lá residia já de muito tempo e, pois, sofrera de longo o influxo judaico; mas eu, o comandante da fortaleza Antônia, o braço direito de Pôncio Pilatos – eu a comportar-me daquela maneira!... Confesso que durante o sermão da montanha deixei-me arrastar pela magia daquele homem. Quer mais pormenores de como terminou aquilo? Empolgado pela atmosfera de sedução aproximei-me e pela primeira vez na vida prestei obediência a um judeu. Ao sentir isso Ele olhou-me com expressão de piedade compassiva – e eu senti qualquer coisa quebrar-se dentro de mim. E o que há de mais estranho (custa-me a confessá-lo) é que naquele momento eu não sentia vexame nenhum da minha sujeição. Essa emoção empolgar-me-ia mais tarde, mas naquele momento senti uma luta dentro de mim, provocada por aquele olhar compassivo – luta entre a cólera e o anseio. O pálido rosto do rabi, emoldurado na barba tão moça, o corpo frágil, a expressão de infinita piedade, tudo me tocou e senti-me com Ele. E eu ainda pressentia que algo superior à minha compreensão pairava em torno daquele homem, e me libertava de qualquer medo”.

Vale a pena, nesta época do Natal, reflexionarmos a respeito das lições contidas nos Evangelhos de Jesus, servindo-nos delas para aprender a viver. A mensagem cristã exige de nós uma transformação que não pode reduzir-se a um dia, a algumas horas, a uma festa recheada de presentes. Do contrário, as comemorações do Natal terão para nós um sentido vago, puramente material, como outra festa mundana qualquer. A importância não está no “feriado”, mas em ser “ferido” pela boa nova cristã, capaz de nos remover do comodismo. É preciso que esta palavra quebre algo dentro de nós, que nos arraste, nos seduza. Eis o verdadeiro sentido do Natal! 



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita