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Estudo das Obras de Allan Kardec  Inglês  Espanhol

Ano 10 - N° 495 - 11 de Dezembro de 2016

ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@gmail.com

Londrina,
Paraná (Brasil)
 

 

O Espiritismo na sua expressão mais simples

Allan Kardec 

(Parte 1)
 

Iniciamos nesta edição o estudo do livro O Espiritismo na sua expressão mais simples, publicado no ano de 1862 por Allan Kardec. Este estudo é feito com base na tradução para o idioma português feita por Salvador Gentile.  

Questões preliminares 

A. Com que objetivo Kardec publicou a obra cujo estudo hoje iniciamos? 

Segundo o próprio codificador da doutrina espírita, o objetivo da obra é dar, num panorama muito sucinto, um histórico do Espiritismo e uma ideia suficiente da Doutrina dos Espíritos, a fim de que se lhe possa compreender o objetivo moral e filosófico. (Revista Espírita de janeiro de 1862.) 

B. Em que consistiam os fatos designados pelo nome de mesas girantes ou dança das mesas? 

Sob a ação de um agente invisível, obtinham-se fenômenos de efeitos físicos variados: a rotação da mesa e movimentos dela em todos os sentidos, sobressaltos, tombamentos, erguimentos, pancadas com violência etc. (O Espiritismo na sua expressão mais simples - Histórico do Espiritismo.) 

C. Por que em determinado momento o fenômeno passou a ser chamado de mesas falantes?  

Para se descobrir qual era o agente invisível que produzia os fenômenos das mesas que dançavam, havia um único meio: estabelecer uma forma de entrar em conversação com o suposto agente, o que se fez, inicialmente, por meio de um número de golpes convencionados significando sim ou não, ou designando as letras do alfabeto, e se obtiveram, dessa maneira, respostas às mais diversas perguntas que se lhe dirigiam. Surgia assim o fenômeno designado pelo nome de mesas falantes. (O Espiritismo na sua expressão mais simples - Histórico do Espiritismo.) 

Texto para leitura 

1. Ao anunciar a publicação da obra focalizada neste estudo, Kardec escreveu na Revue Spirite a seguinte nota: “O objetivo desta publicação é dar, num panorama muito sucinto, um histórico do Espiritismo e uma ideia suficiente da Doutrina dos Espíritos, a fim de que se lhe possa compreender o objetivo moral e filosófico. Pela clareza e simplicidade do estilo, procuramos pô-la ao alcance de todas as inteligências. Contamos com o zelo de todos os verdadeiros espíritas para ajudarem a sua propagação”. (Revista Espírita de janeiro de 1862.) 

2. Por volta de 1848, a atenção foi chamada, nos Estados Unidos da América, sobre diversos fenômenos estranhos, consistentes em ruídos, pancadas e movimento de objetos sem causa conhecida. Esses fenômenos, frequentemente, ocorriam espontaneamente, com uma intensidade e uma persistência singulares; mas notou-se também que eles se produziam mais particularmente sob influência de certas pessoas, que se designou sob o nome de médiuns, e que podiam, de alguma sorte, provocá-los à vontade, o que permite repetir as experiências. (O Espiritismo na sua expressão mais simples - Histórico do Espiritismo.) 

3. Serviu-se para isso de mesas; não que esse objeto seja mais favorável do que um outro, mas unicamente porque é o móvel mais cômodo e porque nos sentamos mais facilmente e mais naturalmente ao redor de uma mesa que ao redor de qualquer outro móvel. (O Espiritismo na sua expressão mais simples - Histórico do Espiritismo.) 

4. Obteve-se, dessa maneira, a rotação da mesa, depois movimentos em todos os sentidos, sobressaltos, tombamentos, erguimentos, pancadas com violência etc. É o fenômeno que foi designado no princípio, sob o nome de mesas girantes ou dança das mesas. (O Espiritismo na sua expressão mais simples - Histórico do Espiritismo.) 

5. Até aí o fenômeno podia perfeitamente se explicar por uma corrente elétrica ou magnética, ou pela ação de um fluido desconhecido, e essa foi mesmo a opinião que se formou a respeito. Mas não tardou a se reconhecer, nesses fenômenos, efeitos inteligentes; assim, o movimento obedecia à vontade; a mesa se dirigia à direita ou à esquerda para uma pessoa designada, e se dirigia ao comando, sobre um ou dois pés, batendo o número de pancadas pedidas, batia o compasso etc. (O Espiritismo na sua expressão mais simples - Histórico do Espiritismo.) 

6. Desde então ficou evidente que a causa não era puramente física, e, segundo o axioma: se todo efeito tem uma causa, todo o efeito inteligente deve ter uma causa inteligente, concluiu-se que a causa desse fenômeno deveria ser uma inteligência. (O Espiritismo na sua expressão mais simples - Histórico do Espiritismo.) 

7. Qual era a natureza dessa inteligência? Aí estava a questão. O primeiro pensamento foi que isso poderia ser um reflexo da inteligência do médium ou dos assistentes, mas a experiência logo demonstrou-lhe a impossibilidade, porque se obtinham coisas completamente fora do pensamento e dos conhecimentos das pessoas presentes, e mesmo em contradição com suas ideias, sua vontade e seu desejo; ele não podia, pois, pertencer senão a um ser invisível. (O Espiritismo na sua expressão mais simples - Histórico do Espiritismo.) 

8. O meio para disso se assegurar era muito simples: tratava-se de entrar em conversação, o que se fez por meio de um número de golpes convencionados significando sim ou não, ou designando as letras do alfabeto, e se obtiveram, dessa maneira, respostas às mais diversas perguntas que se lhe dirigiam. Surgia assim o fenômeno que foi designado sob o nome de mesas falantes. (O Espiritismo na sua expressão mais simples - Histórico do Espiritismo.) 

9. Todos os seres que se comunicaram desse modo, interrogados sobre a sua natureza, declararam ser Espíritos e pertencerem a um mundo invisível. Tendo-se os mesmos efeitos produzido num grande número de localidades, por intermédio de pessoas diferentes, e sendo, aliás, observado por homens muito sérios e muito esclarecidos, não era possível que se fosse o joguete de uma ilusão. (O Espiritismo na sua expressão mais simples - Histórico do Espiritismo.) 

10. Da América, esse fenômeno passou para a França e ao resto da Europa, onde, durante alguns anos, as mesas girantes e falantes foram a moda e se tornaram o divertimento dos salões; depois, quando delas se usou bastante, foram deixadas de lado, para passar a uma outra distração. O fenômeno não tardou, então, a se apresentar sob um novo aspecto que o fez sair do domínio da simples curiosidade. (O Espiritismo na sua expressão mais simples - Histórico do Espiritismo.) 

11. Dizemos preliminarmente que a realidade do fenômeno encontrou numerosos contraditores; uns, sem levar em conta o desinteresse e a honorabilidade dos experimentadores, não viram nele senão um malabarismo, um hábil jogo de escamoteação. (O Espiritismo na sua expressão mais simples - Histórico do Espiritismo.) 

12. Aqueles que não admitem nada fora do mundo da matéria, que não creem senão no mundo visível, que pensam que tudo morre com o corpo, os materialistas, em uma palavra: aqueles que se qualificam de espíritos fortes, rejeitaram a existência dos Espíritos invisíveis na classe de fábulas absurdas e tacharam de loucos aqueles que levavam a coisa a sério, e os acabrunharam com sarcasmos e zombarias. (O Espiritismo na sua expressão mais simples - Histórico do Espiritismo.) 

13. Outros, não podendo negar os fatos, e sob o império de uma certa ordem de ideias, atribuíram esses fenômenos à influência exclusiva do diabo e procuraram, por esse meio, atemorizar os tímidos. Mas hoje o medo do diabo perdeu singularmente seu prestígio. Disso resultou que, à parte um pequeno número de mulheres tímidas, o anúncio da chegada do verdadeiro diabo tinha alguma coisa de picante para aqueles que não o viram senão em pintura e no teatro. (O Espiritismo na sua expressão mais simples - Histórico do Espiritismo.) 

14. Foi, para muitas pessoas, um poderoso estimulante, de sorte que aqueles que quiseram, por esse meio, opor uma barreira às ideias novas, foram contra seu objetivo, e tornaram-se, sem o querer, agentes propagadores tanto mais eficazes quanto gritavam mais forte. Os outros críticos não tiveram maior sucesso, porque, aos fatos constatados, aos raciocínios categóricos, não puderam opor senão denegações. (O Espiritismo na sua expressão mais simples - Histórico do Espiritismo.) 

15. Lede o que publicaram. Por toda parte encontrareis a prova da ignorância e da falta de observação séria dos fatos, e em nenhuma parte uma demonstração peremptória de sua impossibilidade; toda sua argumentação assim se resume: "eu não creio, portanto, isso não existe; todos os que creem são loucos; só nós temos o privilégio da razão e do bom senso". (O Espiritismo na sua expressão mais simples - Histórico do Espiritismo.) 

16. O número de adeptos feitos pela crítica séria ou bufa é incalculável, porque por toda parte não se encontraram senão opiniões pessoais, vazias de provas contrárias. (O Espiritismo na sua expressão mais simples - Histórico do Espiritismo.) 

17. As comunicações por pancadas eram lentas e incompletas; reconheceu-se que, adaptando-se um lápis a um objeto móvel: cesta, prancheta ou outro, sobre o qual colocavam-se os dedos, esse objeto se punha em movimento e traçava caracteres. (O Espiritismo na sua expressão mais simples - Histórico do Espiritismo.) 

18. Mais tarde reconheceu-se que esses objetos não eram senão acessórios que se podiam dispensar; a experiência demonstrou que o Espírito, agindo sobre um corpo inerte para dirigi-lo à vontade poderia agir, do mesmo modo, sobre o braço ou a mão a fim de conduzir o lápis. Surgiram, assim, os médiuns escreventes, quer dizer, pessoas escrevendo de modo involuntário sob o impulso de Espíritos, dos quais elas eram os instrumentos e os intérpretes. (O Espiritismo na sua expressão mais simples - Histórico do Espiritismo.) 

19. Desde esse momento, as comunicações não tiveram mais limites, e a troca de pensamentos pôde ser feita com tanta rapidez e desenvolvimento quanto entre os vivos. Era um vasto campo aberto à exploração, a descoberta de um mundo novo: o mundo dos invisíveis, como o microscópio descobrira o mundo dos infinitamente pequenos. (O Espiritismo na sua expressão mais simples - Histórico do Espiritismo.) 

20. Quem são esses Espíritos? Que papel desempenham no universo? Com qual objetivo se comunicam aos mortais? Tais foram as primeiras perguntas que se tratava de resolver. (O Espiritismo na sua expressão mais simples - Histórico do Espiritismo.) 

21. Soube-se logo, por eles mesmos, que não são seres à parte na criação, mas as próprias almas daqueles que viveram na Terra ou em outros mundos; que essas almas, depois de se despojarem de seu envoltório corporal, povoam e percorrem o espaço. (O Espiritismo na sua expressão mais simples - Histórico do Espiritismo.) 

22. Não mais foi permitido disso duvidar quando se reconheceu que, entre eles, havia parentes e amigos que vinham dar a prova de sua existência e demonstrar que não há de morto neles senão o corpo, e que sua alma ou Espírito vive sempre, vendo-nos, observando-nos como quando vivos e cercando com sua solicitude aqueles que amaram, dos quais a lembrança, para eles, é uma doce satisfação. (O Espiritismo na sua expressão mais simples - Histórico do Espiritismo.) (Continua no próximo número.) 

 


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