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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda

Ano 10 - N° 494 - 4 de Dezembro de 2016

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

 

Sexo e Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 15)

Damos sequência ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.

Questões preliminares 

A. Sintonizando em faixa mental mais elevada, que providência adotou o padre Mauro?  

Ao captar a presença do Mentor, que se lhe apresentava como um Anjo da Guarda, socorrendo-o naquele momento crucial da sua existência, Mauro buscou uma singela capela, desprovida de adereços e quinquilharias, ajoelhou-se, porejando suor por todo o corpo, fechou os olhos e abriu o Evangelho. O Benfeitor conduziu-lhe os dedos aos momentos que precederam o arbitrário arrastamento de Jesus na direção dos Seus cruéis algozes. O texto assinalava a estada do Mestre no Horto das Oliveiras em plena agonia. Mauro nublou os olhos com lágrimas sinceras de arrependimento e começou a ler, mergulhando profundamente o pensamento, talvez pela primeira vez, no conteúdo incomum e sublime daqueles instantes de dor e de rudes angústias do Condutor a Quem buscava servir. (Sexo e Obsessão, capítulo 8: Atendimento fraterno.) 

B. Envolvido pelo sentimento decorrente do seu sincero arrependimento, que decisão o padre tomou em seguida? 

Primeiro, experimentou um grande sofrimento, um abatimento íntimo como nunca sentira antes, passando, na sequência, a considerar a magnitude infeliz dos seus atos. Resolveu-se, então, a mudar de vida, custasse o que custasse. Decidiu buscar a confissão com o seu Bispo, narrar-lhe tudo, rogar-lhe auxílio e perdão, misericórdia e oportunidade. Estava, sim, disposto a recomeçar longe dali, distante do lugar da escravidão, em campo novo, abrindo o coração a Deus e ao serviço em favor da Humanidade. (Sexo e Obsessão, capítulo 8: Atendimento fraterno.) 

C. Os benfeitores espirituais participam também das atividades de atendimento fraterno realizadas na casa espírita?  

Sim. Na Instituição onde estavam albergados, o serviço de atendimento fraterno reunia duas equipes: uma constituída por Entidades generosas e trabalhadoras e a outra pelos companheiros que militavam na Casa Espírita. Eles haviam recebido treinamento espírita e psicológico e, periodicamente, eram reavaliados, reciclados, de modo que pudessem cooperar com bondade e discernimento doutrinário em favor dos muitos sofredores que buscavam orientação. Em ambos os planos de atividade havia um responsável que se encarregava de orientar cada candidato, de forma que tudo transcorresse em harmonia e os resultados fossem os melhores anelados. As pessoas que desejavam orientação eram reunidas em uma sala ampla, na qual recebiam esclarecimento espiritual, mediante a leitura e comentários de uma página espírita e recebiam passes coletivos. Posteriormente, aqueles que desejassem informações mais profundas eram levados a diversas salas, nas quais recebiam atendimento pessoal, discreto e carinhoso. (Sexo e Obsessão, capítulo 8: Atendimento fraterno.) 

Texto para leitura 

70. Mauro consegue mudar a sintonia mental – Sensível ao registro de inspiração espiritual, pois que, por muito tempo, a recebia com frequência de Entidades perversas, agora, mudando o direcionamento mental ao sintonizar em faixa mais elevada, o padre Mauro conseguia captar a presença do Mentor, que se lhe apresentava como um Anjo da Guarda, socorrendo-o naquele momento crucial da sua existência. Buscou uma singela capela, na imensa Igreja, desprovida de adereços e quinquilharias de que não necessita a memória dos Espíritos nobres, dedicada a um santo que parecia socorrer os desesperados, ajoelhou-se, porejando suor por todo o corpo, fechou os olhos e abriu o Evangelho. O Benfeitor conduziu-lhe os dedos aos momentos que precederam o arbitrário arrastamento de Jesus na direção dos Seus cruéis algozes. O texto assinalava a estada do Mestre no Horto das Oliveiras em plena agonia. Mauro nublou os olhos com lágrimas sinceras de arrependimento e começou a ler, mergulhando profundamente o pensamento, talvez pela primeira vez, no conteúdo incomum e sublime daqueles instantes de dor e de rudes angústias do Condutor a Quem buscava servir. (Sexo e Obsessão, capítulo 8: Atendimento fraterno.) 

71. O padre decide mudar de vida – Ele demorou-se em cada frase, perscrutou o sentido oculto de cada palavra, estabeleceu pontes com a sua conduta, recordando-se do Mestre que lhe dera a vida, enquanto permanecia adormecido na escabrosidade moral. Experimentou um grande sofrimento, um abatimento íntimo como nunca sentira antes. Passou a considerar a magnitude infeliz dos seus atos e resolveu-se, custasse-lhe o que fosse, mudar de vida. Pensou em buscar a confissão com o seu Bispo, narrar-lhe tudo, rogar-lhe auxílio e perdão, misericórdia e oportunidade. Estava, sim, disposto a recomeçar longe dali, distante do lugar da escravidão, em campo novo, abrindo o coração a Deus e ao serviço em favor da Humanidade. Estavam em feliz prosseguimento os planos delineados, quando o irmão Anacleto convidou Miranda e os demais amigos a outras atividades, deixando o paciente entregue a si mesmo e às suas reflexões, pois que ele necessitava, mais do que nunca, de ouvir-se, de sentir o coração, de despertar para novos compromissos, e esse trabalho deveria ser exclusivamente seu. A mãezinha vigilante e quase feliz, assessorava o filho envolta em vibrações de grande ternura. Simultaneamente ocorreu-lhe pensar na situação do marido desditoso que lhe infelicitara o filho. É certo que, após muitos atritos que mantiveram no reduto doméstico, ele houvera abandonado a família, e logo depois desencarnara, sem que ela houvesse tomado conhecimento da forma como sucedera o seu desenlace. Ao chegar ao mundo espiritual, tomando conhecimento das aflições do filho, passara a assisti-lo, buscando evitar que sucumbisse totalmente à ação do Mal. Mas o companheiro, indigno e doente, só agora lhe voltara ao pensamento. Por onde andaria Heraldo, o indigitado esposo e genitor cruel? Ele também merecia misericórdia e compaixão. Fora o intermediário físico do filho por ela muito amado, e era também criatura de Deus, portanto credor de carinho e de amor. (Sexo e Obsessão, capítulo 8: Atendimento fraterno.) 

72. Atendimento fraterno na casa espírita – O dia alargou-se, facultando a Miranda e seus amigos ampliar os compromissos que lhes diziam respeito. A Instituição onde estavam albergados mantinha um vasto programa de assistência espiritual às criaturas, além da ação da caridade ali exercida sob vários aspectos, realizando, concomitantemente, um bem programado serviço de atendimento fraterno a quaisquer pessoas que se apresentassem com necessidades, buscando ajuda. O irmão Anacleto convidou-os a acompanhar a faina dos obreiros devotados à caridade de iluminação de consciências e de direcionamentos para o equilíbrio, para a saúde, para a recuperação da paz. A atividade reunia duas equipes: uma constituída por Entidades generosas e trabalhadoras e a outra pelos companheiros que militavam na Casa Espírita. Haviam recebido treinamento espírita e psicológico e, periodicamente, eram reavaliados, reciclados, de modo que pudessem cooperar com bondade e discernimento doutrinário em favor dos muitos sofredores que buscavam orientação. Em ambos os planos de atividade havia um responsável que se encarregava de orientar cada candidato, de forma que tudo transcorresse em harmonia e os resultados fossem os melhores anelados. As pessoas, que desejavam orientação, eram reunidas em uma sala ampla, na qual recebiam esclarecimento espiritual, mediante a leitura e comentários de uma página espírita e recebiam passes coletivos. Posteriormente, aqueles que desejassem informações mais profundas eram levados a diversas salas, nas quais recebiam atendimento pessoal, discreto e carinhoso. (Sexo e Obsessão, capítulo 8: Atendimento fraterno.) 

73. Uma dama aturdida – O gentil Instrutor sugeriu a Miranda acompanhar uma dama que chegara aturdida e apresentando um quadro obsessivo bem caracterizado. Havia participado da primeira parte do atendimento e agora deveria receber a orientação que buscava. Uma senhora de aspecto gentil, aureolada por nívea claridade que dela se desprendia, recebeu-a gentilmente, deixando-a à vontade para o cometimento. Inspirando-a, encontrava-se uma Entidade afável. Sem ocultar o desespero que a inquietava, a dama foi direto ao drama existencial, elucidando: “Nada conheço sobre o Espiritismo. Faz muito tempo que me afastei de Deus, já que a religião que esposava não fora capaz de iluminar-me interiormente, ensejando-me a paz que tanto busco. Desculpe-me, pois, se não souber como conduzir-me nesta entrevista, que realizo por primeira vez”. A atendente fraterna sorriu, explicando-lhe: - “Esteja à vontade, sem qualquer preocupação. Afinal, aqui estou como sua amiga, propondo-me a ouvi-la com interesse e apresentar-lhe as respostas que o Espiritismo possui para os vários dramas humanos, naturalmente incluindo aquele que a aflige”. Ainda ofegante, resultado da constrição de que era vítima habitual do seu perseguidor desencarnado, que se lhe afastara quando da dissertação ouvida e dos passes coletivos que haviam sido aplicados, esclareceu: “Minha vida tem sido um verdadeiro inferno. Seja sob o aspecto sentimental, econômico, social, com a saúde alquebrada, insônia e mil tormentos que me encarceram na revolta, tornando-me insuportável em casa, no trabalho, e principalmente comigo mesma; esses problemas alteraram completamente o meu comportamento...” E logo acrescentou: “Alguém, que se diz médium, informou-me que estou obsidiada, e sugeriu-me que aqui viesse, a fim de conversar com o senhor Ricardo, que é um grande vidente e me poderá auxiliar”. (Sexo e Obsessão, capítulo 8: Atendimento fraterno.) 

74. Importância da oração e da vigilância – A mulher alongou-se em mais algumas explicações desnecessárias, sem qualquer fundamento, e perguntou o que deveria fazer. A atendente sorriu com bondade, e passou a explicar-lhe: “O nosso irmão Ricardo, ante a impossibilidade de atender a todos que lhe desejam falar, recebe somente aqueles casos mais graves, após uma triagem que fazemos os atendentes fraternais”. “Felizmente, estamos em condições de atendê-la, acalmando-a e diminuindo-lhe o impacto da informação que recebeu.” A mulher então perguntou se era verdade que os Espíritos maus estavam com ela, conforme lhe havia dito a médium. “Todos nós - esclareceu a gentil atendente - vivemos cercados pelos Espíritos. Eles são os habitantes do mundo fora da matéria, como você compreenderá, porque são as almas das criaturas que viveram na Terra, agora desvestidas da indumentária material. De acordo com os nossos pensamentos atraímos aqueles que nos são semelhantes, ou sofremos os efeitos dos atos que praticamos na atual existência ou em outras que já tivemos. O Espírito viaja através de várias experiências corporais, colhendo na atual as realizações boas ou inditosas que defluem da anterior, assim desenvolvendo os valores que lhe dormem internamente e avançando no rumo da felicidade.” Na sequência, ela explicou à consulente que a reencarnação é o processo de evolução mais compatível com a Justiça de Deus, que a todos nos criou simples e ignorantes, facultando o crescimento conforme o livre-arbítrio de cada um na direção da plenitude que a todos nos aguarda. E aduziu: “Não diria que a minha amiga e irmã é uma obsidiada... De certo modo, todos o somos, porque momentos há em nossas vidas em que o desequilíbrio nos toma conta, e atraímos Espíritos ociosos, perversos, vingativos, dos quais não sabemos como libertar-nos. Há, porém, um método irrefragável para conseguirmos o êxito em qualquer situação, que é o da oração e vigilância, recomendado por Jesus para todos. Acredito, sim, que você vem agindo sob inspiração perturbadora, como é natural, face aos muitos problemas que relata, mas isso não a deve afligir, porque se encontra onde poderá receber reforço de coragem e recursos para a libertação”. (Sexo e Obsessão, capítulo 8: Atendimento fraterno.) (Continua no próximo número.)



 


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