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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 493 - 27 de Novembro de 2016

ARNALDO DIVO RODRIGUES DE CAMARGO
editoraeme@editoraeme.com.br
Capivari, SP (Brasil)

 

 

O papa, a corrupção
e as drogas

 

O que destrói a Humanidade é a política sem princípios [corrupção e desvios]; o prazer sem compromisso [drogas/sexo descompromissado]... -                 Mahatma Gandhi


Vivemos o milênio do consumismo e do ter. Indo na cauda dessa mentalidade, no Brasil e no mundo, inteligências brilhantes se envolvem na corrupção nos diversos meios sociais e políticos.

 

“Arnaldo, o que tem a ver isso com o novo papa Francisco?”

 

Recentemente, ele declarou que a corrupção é como uma droga que produz “dependência”. Francisco afirmou que “as pessoas se comportam com a corrupção como com as drogas: pensam que podem usá-las e deixá-las quando quiserem”.

 

Paulo Coelho (o autor de O alquimista, com mais de 65 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, livro que figura entre os cinco mais vendidos nos últimos 50 anos – e o livro brasileiro mais vendido de todos os tempos) também deu uma declaração semelhante à do papa Francisco, falando sobre as drogas que ele e Raul Seixas usaram: “O grande perigo da droga é que ela mata a coisa mais importante que você vai precisar na vida: o seu poder de decidir”.

 

Afirma ainda o escritor carioca, membro da Academia Brasileira de Letras: “A única coisa que você tem na sua vida é o seu poder de decisão. Você quer isso ou quer aquilo? Seja aberto, seja honesto. Realmente, a droga é fantástica, você vai gostar. Mas cuidado, porque você não vai decidir mais nada”.

 

Volto a Francisco, o papa argentino, que assim analisa o processo de iniciação na corrupção: “Começam com pouco: uma pequena soma aqui, um suborno lá... e entre esta e aquela, lentamente perdem a liberdade”; a corrupção produz “dependência e gera pobreza, exploração e sofrimento”.

 

Em saúde pública, a pessoa é considerada dependente quando tem dificuldade de parar ou diminuir o uso de drogas por decisão própria, mesmo querendo parar, mesmo percebendo os problemas relacionados ao seu uso.

 

Pelo visto a dependência da corrupção traz muitos prazeres para os homens, haja vista, para ficar em exemplos próximos, os gastos de determinados políticos envolvidos com os casos apurados pela Operação Lava Jato.


Você sabe o que é “fissura”? É uma vontade incontrolável que a pessoa sente de usar a droga com frequência.

 

Parece que é o caso dos políticos a que nos referimos, porque estão envolvidos em diversos desvios – nunca param em um só...


Dependência química não tem cura, mas tem recuperação. Será que a dependência da corrupção tem recuperação também?

 

Algumas características de comportamento são muitos semelhantes, para não dizer idênticos, nos adictos a drogas e a corrupção:

 

1ª) a negação;

2ª) a manipulação;

3ª) a desonestidade.

 

A doença da adicção em drogas é caracterizada pela compulsão física, obsessão mental pelo desejo e egocentrismo (o indivíduo só pensa nele mesmo).

 

Nosso mundo interior tem um juiz, a nossa consciência, mas ela pode ser obliterada pelos interesses imediatos e pelo meio, que pode obscurecê-la. Porém, um dia, ela vai estar liberta da matéria e vai falar mais alto.
 

Há uma crise geral no Brasil que envolve a questão social, política, religiosa e moral/ética. Sempre tive em mente que os políticos, homens públicos e autoridades nascem de nossas casas, de nossas ruas, de nossas cidades, e que quando formos melhores pais e educadores, nossos políticos também serão melhores – nossa sociedade será melhor. Porque a única mudança possível é dentro de nós mesmos – é nosso exemplo no dia a dia.
 

 

Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é editor das editoras EME e Nova Consciência 


 

 


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