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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda

Ano 10 - N° 492 - 20 de Novembro de 2016

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

 

Sexo e Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 13)

Damos sequência ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.

Questões preliminares 

A. Ao se inteirar da gravidade dos fatos e da infeliz condição moral do sacerdote, qual foi a reação da diretora do Educandário?  

Ela ficou extremamente sensibilizada e com os olhos cheios de lágrimas. Contudo, forrada pelos sentimentos de sua fé religiosa, podia compreender que ao pecador se deve conceder a bênção da reparação, antes mesmo da punição impiedosa que não edifica, mas às vezes piora e ultraja ainda mais o infeliz. Ela, então, levantou-se, impulsionada por um sentimento de lídima fraternidade, acercou-se de Mauro e, tomando-lhe as mãos, falou-lhe que buscaria providências cautelosas conforme as diretrizes que lhe foram oferecidas. O jovem não se pôde conter e abraçou-a com sincera fraternidade e gratidão. (Sexo e Obsessão, capítulo 7: Programações abençoadas.) 

B. Ao dirigir-se, na sequência da reunião, ao padre Mauro, que palavras o Mentor lhe disse? 

Eis um trecho do que o Mentor disse ao sacerdote: “Não ignoras a extensão do teu erro, e desde há muito vens tentando cicatrizar a chaga moral que te dilacera interiormente, fazendo-te decompor em espírito. Reconheces que se trata de um crime grave, no qual ocultavas as tuas aflições, justificadas pelo que a ti mesmo acontecera na infância... As raízes, porém, desses erros, agora sabes que estão no teu passado espiritual, assinalado pelo deboche e pelo desrespeito a outras vidas. Ninguém atinge esse patamar de miséria sem que não haja transitado pelos pântanos das paixões sórdidas e asfixiantes. Agora, no entanto, importam-nos os novos rumos que deverás imprimir à tua existência. Necessitas de tratamento especializado e de um expressivo afastamento das tuas obrigações sacerdotais, demorado estudo de ti mesmo e reeducação dos hábitos, começando pelos mentais”. Dito isso, Anacleto acrescentou: “Somente o bem incessante te constituirá refúgio e garantia de saúde moral sob as bênçãos de Jesus, o Herói silencioso de todos os momentos. Não temas, nem te permitas novos pesadelos de horror”.  (Sexo e Obsessão, capítulo 7: Programações abençoadas.) 

C. A ideia de não punir, mas simplesmente transferir o padre para outra localidade e afastá-lo do sacerdócio, não seria um ato de impunidade incabível em casos assim? 

Essa questão foi proposta ao Mentor pela diretora do Educandário. O padre, então, ficaria impune? Anacleto respondeu: “Ninguém foge das Leis de Deus que vigem em toda parte e que estão escritas na consciência de todos nós. O nosso irmão não fugirá de si mesmo, das cenas escabrosas que se permitiu, do remorso que o dominará por largo período. Isso, porém, somente sucederá mais tarde, quando, desperto e disposto ao resgate, começar o período de refazimento. A punição divina ao pecado mortal nunca se faz de maneira destrutiva do pecador, mas de forma que o edifique, convidando-o a reparar todos os danos perpetrados, mediante ações dignificantes e restauradoras do equilíbrio. Por isso mesmo, é-nos a todos muito difícil o julgamento correto, por desconhecimento das causas profundas e a modesta percepção do todo no acontecimento, que somente a Consciência Cósmica penetra. Mas ninguém se libera da culpa sem padecer-lhe os efeitos danosos e cruéis...”. Em seguida, explicou como o processo de expiação e reparação se faria. (Sexo e Obsessão, capítulo 7: Programações abençoadas.) 

Texto para leitura 

61. A diretora do Educandário se emociona e chora – Quando o mentor silenciou, a senhora tinha lágrimas nos olhos, não ocultando a surpresa e o sofrimento que tudo aquilo lhe causava. No entanto, forrada pelos sentimentos da sua fé religiosa, podia compreender que ao pecador se deve conceder a bênção da reparação, antes mesmo da punição impiedosa que não edifica, às vezes piorando e ultrajando mais o infeliz. Ela levantou-se, impulsionada por um sentimento de lídima fraternidade, acercou-se de Mauro e, tomando-lhe as mãos, falou-lhe que buscaria providências cautelosas conforme as diretrizes que lhe foram oferecidas. O jovem não se pôde conter e abraçou-a com sincera fraternidade e gratidão. Retornando ao seu lugar, a mestra permaneceu quieta, quando o Mentor deu continuidade à reunião, agora dirigindo-se a Mauro: “Não ignoras a extensão do teu erro, e desde há muito vens tentando cicatrizar a chaga moral que te dilacera interiormente, fazendo-te decompor em espírito. Reconheces que se trata de um crime grave, no qual ocultavas as tuas aflições, justificadas pelo que a ti mesmo acontecera na infância... As raízes, porém, desses erros, agora sabes que estão no teu passado espiritual, assinalado pelo deboche e pelo desrespeito a outras vidas. Ninguém atinge esse patamar de miséria sem que não haja transitado pelos pântanos das paixões sórdidas e asfixiantes. Agora, no entanto, importam-nos os novos rumos que deverás imprimir à tua existência. Necessitas de tratamento especializado e de um expressivo afastamento das tuas obrigações sacerdotais, demorado estudo de ti mesmo e reeducação dos hábitos, começando pelos mentais. Os devaneios que vitalizas através das imagens que intercambias sob pseudônimo com outros doentes morais devem ser imediatamente interrompidos, pois que eles trazem uma alta carga de sensações perturbadoras que se te fixam nos painéis da mente, mais atordoando-te, mais excitando-te. Severas medidas disciplinantes deverás impor-te, para que possas reparar as vidas dilaceradas mediante as que, futuramente, serão dignificadas”. (Sexo e Obsessão, capítulo 7: Programações abençoadas.) 

62. O obsessor se revolta com a proposta do Mentor – Anacleto disse ao padre Mauro que ele teria, ao despertar, uma nítida lembrança, quanto possível, dos acontecimentos de que então participava, de modo que um novo programa lhe será delineado e deverá segui-lo com os olhos postos no amanhã feliz. “Somente o bem incessante te constituirá refúgio e garantia de saúde moral sob as bênçãos de Jesus, o Herói silencioso de todos os momentos. Não temas, nem te permitas novos pesadelos de horror”, acrescentou o mentor. Quando silenciou, o mentor foi interrompido pelos gritos e impropérios de Jean-Michel, que indagava: “Como? O infeliz não pagará pelos crimes perpetrados? Que justiça é essa? Onde o reto cumprimento dos deveres e das Leis? Como é possível acobertar tanta miséria, através de artifícios piegas de compaixão e de terapias de mentira? Ele é um criminoso consciente e terá que responder publicamente pelos desvios que se tem permitido e pelo mal que vem praticando contra a pobre infância...”. As últimas palavras não escondiam a alta dose de ironia e o conjunto não ocultava a perfídia de que o obsessor se utilizava, a fim de gerar conflitos e dúvidas. Sem perder a serenidade que lhe era habitual, o Mentor respondeu-lhe com bondade e energia: “Surpreendo-me com as tuas palavras, porquanto, se considerarmos a questão do crime no caso em discussão, o responsável não é somente aquele que transita no corpo físico, mas também o nosso astuto amigo, que sabe imprecar e proclamar a necessidade de justiça. A qual justiça te referes? Àquela da cidade do deboche, do paul da depravação, onde os seres humanos se tornaram escravos das próprias abjeções? Com que autoridade reclamas justiça, tu que tens sido o execrando comparsa do exausto hospedeiro das tuas vis sensações? Acreditas que os teus sofismas perturbem a claridade do nosso raciocínio? Enganas-te, porquanto, antes das conjecturas aqui apresentadas, estamos habituados a lidar com vítimas e algozes, com psicopatas aferrados ao sexo em desalinho, desde o período em que nos encontrávamos na Terra... Logo mais, será o momento de dialogarmos contigo, e por enquanto silencia e ouve...”. (Sexo e Obsessão, capítulo 7: Programações abençoadas.) 

63. Ninguém foge das leis de Deus – A atitude imediata, enérgica e clara, assumida pelo Orientador, fez o perturbador aquietar-se embaraçado. O nobre Anacleto deixara claro que, desde os dias do corpo físico no mundo, se houvera dedicado à sexologia, de cuja tarefa se desincumbira com elevada folha de serviços prestados aos enfermos e a outros portadores de distúrbio na área genésica. Por isso mesmo, prosseguia afeiçoado ao mister de atendimento aos infelizes que tombaram nas paixões mais grosseiras do sexo enfermo, havendo sido designado por Estância Superior para a tarefa na qual nos encontrávamos investidos. Dando prosseguimento às instruções, volveu a dona Eutímia e explicou: “Face à magnitude do evento infeliz, é de bom alvitre que, no primeiro momento, a dedicada diretora elucide ao esposo a ocorrência e com ele busque um contato com Sua Eminência, o senhor Bispo, pondo-o a par de tudo, de modo que se possam tomar providências sem as escabrosas contribuições da mídia que se compraz no lixo das misérias humanas. É certo que há uma outra mídia honesta, que narra os fatos conforme acontecem, divulgando-os e esclarecendo as pessoas, o que nem sempre acontece com a correção que seria necessária, antes exaltando o mal, sem o erradicar ou apresentar saudáveis soluções para o mesmo”. Dona Eutímia, depois de ouvi-lo, perguntou: “Perante as Leis de Deus, um sacerdote que jura ser fiel à verdade, trabalhar pelo bem da comunidade, ser pastor de ovelhas que se lhe entregam confiantes, e defrauda o compromisso através de conduta execrável, ficará impune? Não são pecados mortais os atos infames que o padre Mauro vem praticando com insistência? E as suas vítimas como ficarão?” Com a mesma sinceridade, o Benfeitor respondeu: “Ninguém foge das Leis de Deus que vigem em toda parte e que estão escritas na consciência de todos nós. O nosso irmão não fugirá de si mesmo, das cenas escabrosas que se permitiu, do remorso que o dominará por largo período. Isso, porém, somente sucederá mais tarde, quando, desperto e disposto ao resgate, começar o período de refazimento. A punição divina ao pecado mortal nunca se faz de maneira destrutiva do pecador, mas de forma que o edifique, convidando-o a reparar todos os danos perpetrados, mediante ações dignificantes e restauradoras do equilíbrio. Por isso mesmo, é-nos a todos muito difícil o julgamento correto, por desconhecimento das causas profundas e a modesta percepção do todo no acontecimento, que somente a Consciência Cósmica penetra. Mas ninguém se libera da culpa sem padecer-lhe os efeitos danosos e cruéis...”. (Sexo e Obsessão, capítulo 7: Programações abençoadas.) 

64. Como se dará a reabilitação do padre Mauro – Anacleto interrompeu a explicação por um pouco, a fim de permitir que todos assimilassem o seu conteúdo profundo, e continuou: “Pelo que nos é dado perceber, a renovação de Mauro já começou, a partir do instante em que se deu conta da própria loucura. Por sua vez, a Misericórdia do Pai, em nome de Sua Justiça, facultar-lhe-á um longo período de isolamento, possivelmente em uma Clínica onde se irá reajustar aos padrões de comportamento saudável, inspirando-o a cuidar de crianças enfermas, portadoras de alienações mentais e distúrbios nervosos, assim resguardando-se da prática de atos indecorosos, assistindo-as, socorrendo-as, amando-as, sendo repudiado, maltratado, agredido... As Entidades perversas que as obsidiarem, sabendo do passado do então futuro devotado benfeitor, agirão agressivamente tentando desanimá-lo, provocando-o para que se afaste do bem-fazer e tombe novamente nos escuros abismos da loucura... Nesses momentos porém, luzirá o amor do Pai inspirando-o a prosseguir, e sua mãezinha desencarnada, que o vem ajudando a sair do fosso, ser-lhe-á o anjo da guarda, insistindo pela sua renovação e felicidade. Igualmente não faltarão outros socorros, porque o bem é a coroa da vida e jamais segue a sós, sem amparo na retaguarda e com atração na vanguarda. As criancinhas danificadas emocionalmente receberão igualmente o melhor conforto moral e espiritual, ao invés de, após o escândalo, receber polpudas indenizações, expostas ao ridículo, aos conflitos públicos e ao escárnio daqueles mesmos que aplaudem as eclosões das cenas estúpidas e escabrosas. Aprisioná-lo em um cárcere infecto, colocá-lo entre bandidos outros que poderão assassiná-lo como vem ocorrendo no mundo, de maneira alguma fará deter a eclosão de episódios de pedofilia que se multiplicam em razão do deboche que desgoverna as criaturas. Antes estimularão outros enfermos a serem mais hábeis, a investirem mais no turismo sexual, em grande voga, que rende fortunas incalculáveis aos seus exploradores e aos veículos de informação que os divulgam com dubiedade, sem o caráter sério de deter o fluxo destruidor”. (Sexo e Obsessão, capítulo 7: Programações abençoadas.) (Continua no próximo número.)



 


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