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Correio Mediúnico
Ano 10 - N° 492 - 20 de Novembro de 2016
 
 

 

 
O notável guia comportamental espírita-cristão!
 

Cada homem tem um foro especial e próprio em que é
julgado: é o foro da sua consciência

 Fernando de Lacerda (Espírito)
 

Filho da minha alma!... Primeiro do que tudo: – que a tua vida seja um templo de cristal em que a tua alma sempre em festa pense em Deus, ame-O e sirva-O!

Pensa n'Ele quando trabalhes, quando gozes, quando sofras, visto que pensando n'Ele, conseguirás ter a vida limpa de sentimentos maus, e de desejos impuros.

Não te deixes fazer instrumento da maldade. Não malsines, não blasfemes, não desejes mal, não faças mal. Não sejas orgulhoso, vaidoso, vingativo, rancoroso, odiento, ladrão, mentirosa nem venal. Não conserves reserva contra ninguém. Sê moderado na ambição, modesto na posse, simples no poderio. Não cobices os haveres nem as mulheres dos outros. Não aparentes nunca o que não fores. Não ostentes posição que te não pertença, nem sentimentos que não possuas. Repele a hipocrisia em ti, e afasta-te prudentemente dela, nos outros.

Sê sempre grato, mas não esperes a gratidão de ninguém.

Se puderes fazer benefício, fá-lo sem olhares a quem, e dá-te por generosamente pago com a mercê que Deus te outorgou de o poderes fazer. Detesta a intriga e a maledicência. Afasta-te delas como de coisas piores que a peste. A peste mata o corpo; a intriga e a maledicência matam a honra própria e a alheia e enegrecem a alma...

Sê tolerante e perdoador. Não julgues nunca os atos dos outros, para não invadires as consciências de quem os pratica nem os atributos de Deus. Cada homem tem um foro especial e próprio em que é julgado: é o da sua consciência. Aí, absolvido, será absolvido por Deus; aí condenado, só para Deus terá apelação.

Norteia todos os atos da tua vida pela bondade, pela lealdade, pela verdade, pela correção e pela franqueza.

Não trates ninguém com aspereza ou sobranceria.

Sê austero sem demasiada severidade; sê respeitador, para que sejas respeitável e respeitado. Aceita parecer e conselho de todos, mas segue só o que o teu juízo te indicar. Nem os exemplos nem os conselhos dos outros te absolvem ou atenuam responsabilidades, pois que Deus te deu o critério e o raciocínio para julgares e escolheres.

Sê sempre sereno e persistente. A serenidade e a persistência são as duas maiores forças do homem, quando apoiadas na razão e na justiça. Baseia na justiça o teu direito, e na razão a tua autoridade.

Ama e serve a caridade. Servi-la não é só dar a esmola dinheirosa. É, principalmente dar a esmola do conforto, do exemplo, do conselho, do perdão, do incitamento útil. Se confortar um estômago que tem fome é bom, consolar um coração que sofre é santo.

Ama a todos: – o teu amigo e o teu inimigo. O amor é a lei universal que deve unir ao nosso coração, no mesmo liame indestrutível, o nosso adversário e o nosso protetor. Sê grato a ambos, que ambos te fazem mercê, e, quantas vezes, mais estimável e frutuosa a do que pensa fazer-te o mal. Não esqueças a ofensa: procura, antes, não a considerares. Se tiveres que conhecê-la e considerá-la, perdoa-a... Esquecida, pode surgir lembrada; desconhecida ou perdoada, não renascerá.

Afasta de ti o ressentimento, pois ele é mau conselheiro e pior companheiro: só incita a atos e a pensamentos condenáveis e maus.

Não aceites a adulação... Repele-a, como ao pior dos males. A adulação é a baixa lisonja. Morde como víbora; envenena a alma. A adulação, como a mentira, são cancros do nosso espírito.

Cultua e exerce sempre a virtude. Sê abnegado. Pensa no que de melhor desejares para ti e emprega esforços para o conseguires para outrem.

Ama a paz espiritual como principal bem da alma; a paz material como a mais fecunda e poderosa fonte do progresso humano.

Ama e cultiva o progresso. Como o progresso material é o evolucionar constante do mundo e da sociedade, o progresso espiritual é o evolucionar constante, ininterrupto, da alma humana... Aspira a que cada minuto que passe, deixe tua alma enriquecida com uma parcela mais de bondade, de luz, de educação, de ilustração; com mais uma ação boa, com a prática de mais um ato virtuoso.

Há virtudes absolutas e virtudes relativas. As absolutas vêm de Deus; as relativas partem das convenções sociais, dos preceitos rígidos que os homens estabelecem para a boa moral. As absolutas volteiam em torno destes princípios: - amarás a Deus e ao próximo; não blasfemarás; não matarás; não roubarás; não mentirás; não dirás mal; não invejarás...

Não mates a outrem, e a ti menos que a outrem. A pior ofensa a Deus é roubar-lhe o direito que Ele tem à vida que nos deu para nosso aperfeiçoamento. Deixa-te morrer de fome, de podridão, de dores, de vilipêndio, mas não procures jamais, nem em pensamentos, fugir àquilo de que o nosso Pai te julga digno, porque não fugirás e antes aumentarás enormemente o tormento a que quiseres fugir.

Se pecares contra Deus, ou contra os homens, arrepende-te. Se precisares, pede; se te pedirem, dá se puderes. Aprende a falar, mas aprende melhor a calar.

Escuta muito e fala pouco. Ensina o que souberes, e aprende o que puderes. Diligencia conhecer o que há de mau e o que há de bom: - o mau, para dele te afastares; o bom, para o adotares e seguires.

Nunca ajuízes mal de ninguém. Considera todos os homens bons, até ao momento em que reconheceres que não o são. Serás mais vezes enganado, mas serás menos vezes injusto.

Não exageres em coisa alguma na tua vida, nem mesmo na oração. E quando orares, abre a tua alma de par em par para Deus, para que Ele veja, na tua ação, o propósito de a trazeres branca e pura perante a Sua vista... Não rebusques palavras para orar. Que elas saiam simples e espontâneas; e, se não vierem, o pensamento e a intenção as suprirão vantajosamente. Deus não se ilude com discursos. Quando a tua alma se dirigir a Deus ou aos entes queridos que vivem pelo Universo, concentra amoravelmente toda a tua energia no que quiseres exprimir. Assim o teu pensamento caminhará consoante a tua vontade, na direção em que o enviares.

Antes de te dirigires a Deus, clareia a tua alma. Limpa-a de todos os sentimentos maus. Lembra-te que, ao dirigires-te a Ele, o convidas a mergulhar o Seu olhar sobre ti, e se não devemos convidar alguém para entrar em nossa casa suja, não podemos solicitar a Deus que entre na nossa alma suja. Para a limparmos de atos maus, basta o nosso sincero arrependimento deles, e a vontade formal da sua repulsa. Se, porém, o não puderes fazer com inteira contrição, nem por isso deixes de apelar humildemente para Ele.

Deus é Pai de todos e nem só aos puros e aos bons ouve. Ouve e atende, igualmente, aos infelizes e aos que tenham a vida manchada de faltas A todos consagra amor, misericórdia e proteção...

Encaminha a tua vida de modo que tua boca nunca tenha de calar, teus olhos de baixarem, tua cabeça de curvar-se, tua alma de ocultar. Não olvides jamais que se podes enganar os que te cercam, aparentando virtudes que não possuis, sentimentos que não tens, não enganarás Deus, os espíritos que te veem e seguem, nem a tua consciência, que és tu próprio.

Nunca cometas ato reprovável, ainda que te pareça que ninguém sabe. Sabê-lo-á tu, e basta! E, além de ti, que o gravas para sempre na tua memória para por ele responderes oportunamente sabem-no também os Espíritos amigos que te protegem e a quem ofendes, ou magoas, com ele.

Sê correto e rigoroso no cumprimento dos teus deveres. Preza a verdade a quem ta disser ou mostrar. 

Não afirmes ou negues coisa de que não tenhas a certeza. Não emitas opinião em assunto que desconheças. Sê tolerante para com as opiniões e para com as faltas alheias, e severo para com as tuas.

Disciplina a tua vontade e metodiza a tua ação e triunfarás sempre.

Educa o teu gosto e o teu espírito no culto simples do amor ao Bem, ao Belo e ao Ideal. Ama a Ciência e a Arte como principais elementos com que o gênio humano busca a verdade; e a Sabedoria, como expoente final da verdade encontrada.

Nunca hostilizes uma ideia que surja, pois ela pode ser um farol a mais que se acende. Se não for boa, morrerá por si.

Não aceites nem repilas coisa que não conheças.

Estuda, medita, e procura não confundir a verdade com a impostura, a moral verdadeira e eterna com muitas coisas fúteis e banais que o convencionalismo engendra. Há coisas que uma falsa honra aplaude e que Deus não aprova; outras, que os estritos preceitos dos interesses terrenos estabelecem e que a infinita magnanimidade de Deus não considera.

Nos momentos de dor, sê resignado e pacífico Recorda-te que só terás o que mereces. Não te impacientes nem desalentes nunca. Os calmos e os confiados são os fortes.

Que a boa-fé sobredoure sempre os motivos da tua opinião, e oriente os teus atos, de modo que eles só representem intenções boas e puras.

Nunca deixes de ter presente que a bondade ou a maldade de cada ato existe só para o efeito da responsabilidade por ele, na intenção com que se pratica e não no resultado que ele dá. Se a intenção é boa, ainda que dele resulte mal, como bom será tido. Se a intenção que o originou for má, como mau será contado, ainda que dele tenha surgido o maior dos bens.

Nas coisas de ordem espiritual, sê humilde. É necessário mais valor para conquistar-se a humildade digna e nobre, do que para se manter o orgulho e a altanaria. Custa mais ser santo do que ser herói...

Repele todas as paixões, ainda as que te pareçam mais santas. Na tua vida social, procura sempre ser uma criatura digna. Diligencia ter a prudência da sabedoria e a energia inquebrantável dos prudentes. Desenvolve em ti o espírito de iniciativa. Combate a timidez e a hesitação, se as tiveres, e cultiva a audácia para a execução de tudo o que a tua consciência te indicar como bom.

Procura ter caráter, dando-lhe como base essencial e insuprível a energia, a bondade, a honradez, a seriedade, e ponderado espírito de justiça e de equidade. Procura ser exemplar como homem e como cidadão. Ama e pratica o trabalho, para seres útil a ti e à coletividade. Sê brando e simples com os teus inferiores, respeitador e digno com os teus superiores.

Procura conservar a saúde do teu corpo, para manteres a saúde do teu espírito. Repele os hábitos viciosos, ainda que se te afigurem inofensivos divertimentos, porque te poderão conduzir à degenerescência de caráter e de saúde, imprimindo-te estigmas que pesarão como maldições sobre ti e sobre a tua descendência.

Detesta a ociosidade, a mesquinhice e a soberba; e norteia, finalmente, a tua vida de modo a poderes preparar por ti próprio a grandeza suprema da tua vida futura. Serás obra da tua obra!

O que te digo, resume-se em pouco: - que sejas bom. Um bom será querido de Deus e dos homens, ainda que aparentemente não seja apreciado com justiça nem bafejado pela felicidade.

Lembra-te que só é feliz quem se considera feliz.

Será tarefa fácil, tarefa deliciosa à tua bela, à tua primorosa alma a execução de tudo quanto te aconselha a minha experiência dolorosa.   

 

Do livro Mistérios de Além-Túmulo, de autoria de Manuela Vasconcelos, publicado pela Federação Espírita Portuguesa.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita