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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda

Ano 10 - N° 489 - 30 de Outubro de 2016

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

 

Sexo e Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 10)

Damos sequência ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão,obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.

Questões preliminares 

A. O diálogo entre o doutrinador e o obsessor do padre foi difícil?  

Muito difícil. Assim que o Espírito se deu conta do que ocorria, rugiu, raivoso, e, ao mesmo tempo, tentou desembaraçar-se dos fluidos que o retinham ligado ao perispírito do médium em transe. Felipe, o doutrinador, inspirado pelo ativo Mentor, elucidou que não se tratava de uma armadilha, mas de um encontro muito feliz, por ser aquela a Casa de Jesus, onde o amor tinha primazia e os visitantes eram recebidos como verdadeiros irmãos. Blasfemando e espumando de cólera, o comunicante inquiriu: “Sabe quem eu sou e o que faço? Por acaso se atrevem a interferir em meus planos que se encontram dentro das Leis da Vida? Sou vítima, que ora se compraz em recuperar o tempo sofrido, impondo a adaga da justiça sobre aquele que me infelicitou, aguardando apenas o momento para aplicar-lhe o golpe final”. Vê-se por aí quão difícil seria a continuidade da doutrinação. (Sexo e Obsessão, capítulo 6: Socorros espirituais.) 

B. Qual era, em verdade, o objetivo principal do obsessor? 

O que ele pretendia era tornar um inferno a vida do padre e, assim, levá-lo à morte, seja por meio do suicídio ou por qualquer outra forma, como ele claramente afirmou nos seguintes termos: “O certo é que o matarei, senão de imediato, ao primeiro ensejo”. (Sexo e Obsessão, capítulo 6: Socorros espirituais.) 

C. A fisionomia do obsessor era compatível com seu estado psicológico? 

Sim. Desde o momento em que o viu pela primeira vez, chamou a atenção de Manoel Philomeno a sua fácies deformada, o conjunto de aberrações expostas e o aspecto de lesma disforme, viscoso e tresandando odores pútridos. Agora, durante a doutrinação, imantado fortemente ao perispírito do médium, mais se podiam perceber os detalhes da deformação que lhe tomara o ser ante os desmandos e práticas absurdas a que se entregava. O seu psiquismo, concentrado nas funções sexuais servis, havia criado na sua estrutura perispiritual uma forma degenerada que traduzia seus conflitos e torpezas.(Sexo e Obsessão, capítulo 6: Socorros espirituais.) 

Texto para leitura 

47. O obsessor é conduzido à sessão espírita – Na dúvida acerca da conduta do padre Mauro, a diretora do Educandário, após muitas reflexões, resolveu aguardar os acontecimentos futuros, tal como os benfeitores desejavam. Enquanto isso, naquela mesma noite, o Benfeitor providenciara atrair o obsessor do sacerdote à atividade mediúnica de socorro, na Instituição em que Manoel Philomeno se alojava. À hora regulamentar da Instituição, os membros da equipe socorrista reuniram-se como de hábito para a atividade da noite. Tratava-se de um grupo bastante harmonizado, qual uma orquestra bem treinada sob a batuta de devotado trabalhador da Causa Espírita, o amigo Felipe, que militava nos seus diversos labores há algumas décadas, e que se afeiçoara, especialmente, ao ministério da psicoterapia com desencarnados infelizes. Após as leituras preparatórias e os comentários breves que antecederam a oração de abertura dos serviços espirituais, a Mentora da Instituição trouxe palavras sucintas de orientação em torno dos trabalhos terapêuticos que teriam lugar naquela noite, e alguns dos médiuns, recolhidos em prece, a pouco e pouco entraram em transe, facultando que as comunicações dos Espíritos sofredores uns, atormentados outros, tivessem lugar. O médium Ricardo havia-se destacado pela facilidade da ocorrência dos fenômenos da psicofonia e da psicografia. Adestrado pelo estudo e prática da mediunidade com Jesus, era sensível e gentil aos apelos do Mundo Maior, jamais se recusando ao serviço de esclarecimento e de caridade para com os Espíritos infelizes. Quanto ao adversário de Mauro, desde que fora deslocado do organismo do sacerdote, ficara emaranhado nas vibrações do irmão Anacleto que o retinham, embora disso não se desse conta. Planejada a ação do Bem, o servidor de Jesus concentrou-se fortemente no desditado espiritual e trouxe-o, face à imantação psíquica, ao reduto da caridade evangélica, aproximando-o do médium Ricardo, que lhe pressentiu a vibração, deixando-se incorporar embora o visitante não o desejasse. (Sexo e Obsessão, capítulo 6: Socorros espirituais.) 

48. A doutrinação se inicia, mas é muito difícil – Ato contínuo, entre estremecimentos e reações compreensíveis, o agressor desnaturado, dando-se conta do que ocorria, rugiu, raivoso, com dificuldade verbal para expressar-se: “Que trama é esta? Que se passa? Que se deseja de mim?” Concomitantemente, procurava desembaraçar-se dos fluidos que o retinham ligado ao perispírito do médium em transe, que se entregara totalmente ao fenômeno da psicofonia atormentada. O irmão Felipe, muito sereno, inspirado pelo ativo Mentor, elucidou que não se tratava de uma armadilha, mas de um encontro muito feliz, por ser aquela a Casa de Jesus, onde o amor tinha primazia e os visitantes eram recebidos como verdadeiros irmãos, que realmente o eram. Blasfemando e espumando de cólera, o indigitado comunicante inquiriu: “Sabe quem eu sou e o que faço? Por acaso se atrevem a interferir em meus planos que se encontram dentro das Leis da Vida? Sou vítima, que ora se compraz em recuperar o tempo sofrido, impondo a adaga da justiça sobre aquele que me infelicitou, aguardando apenas o momento para aplicar-lhe o golpe final”. Sem perder a serenidade, o doutrinador ripostou: “Sentimo-nos muito felizes por recebê-lo, sendo informado dos seus objetivos, que lealmente ignorávamos. Discordamos, porém, que o processo de que se utiliza para o desforço se encontre dentro dos Códigos Superiores, porque o amor é o único instrumento para regularizar todas as situações penosas e infelizes da trajetória humana. Desde que o amigo é vítima, desfruta de uma situação privilegiada, porquanto o algoz é sempre o infeliz que desacata o Estatuto Divino e passa, a partir desse momento, a experimentar-lhe os impositivos reparadores, não cabendo a ninguém o direito de vingança, que é sempre um ato de inferioridade moral”. (Sexo e Obsessão, capítulo 6: Socorros espirituais.) 

49. O objetivo do obsessor é levar Mauro à morte – Diante das palavras do esclarecedor, o obsessor de Mauro replicou: “Como aguardar que as Leis se cumpram, se elas estão fixadas em nossos sentimentos? Aquele que me infelicitou fez o mesmo a muitas outras vidas que ora estorcegam na agonia, enquanto o miserável mistifica em nome da Religião, na qual esconde a indignidade para dar prosseguimento aos seus infames propósitos. É claro que o inspiro à continuidade, porque isso também me satisfaz, e, nos momentos do seu desprendimento pelo sono, arrebato-o para a cidade onde resido com outros, e onde ele se compraz no deboche e na exaustão dos sentidos. Já nem sei se o odeio ou se me agrada o conúbio com a sua degradação”. O doutrinador reafirmou: “O amigo não está sendo sincero com a verdade. Certamente reconhece que os semelhantes se atraem, enquanto os contrários se repelem, o que constitui uma das leis da Vida. O mesmo ocorre entre as criaturas, que sempre se unem ou se afastam em razão das afinidades que vicejam entre elas. Se o amigo-irmão tem tal postura ante a sua vítima, é porque a sua não é uma situação diferente da que ele mantém. Quanto a levá-lo para o lugar em que se refugia, o fato ocorre em razão da mente distorcida e vulgar que o outro cultiva, preservando a morbidez e a intemperança, sem o que lhe seria totalmente inviável o êxito do que pretende”. O obsessor afirmou, então, feroz: “O certo é que o matarei, senão de imediato, ao primeiro ensejo”.(Sexo e Obsessão, capítulo 6: Socorros espirituais.) 

50. O obsessor tinha a fácies deformada – Desde o primeiro momento, quando do encontro com o perverso inimigo de Mauro, chamou a atenção de Manoel Philomeno a sua fácies deformada, o conjunto de aberrações expostas e o aspecto de lesma disforme, viscoso e tresandando odores pútridos. Imantado fortemente ao perispírito do médium sensível, mais se podiam perceber os detalhes da deformação que lhe tomara o ser ante os desmandos e práticas absurdas a que se entregava. O seu psiquismo, concentrado nas funções sexuais servis, havia criado na sua estrutura perispiritual uma forma degenerada que traduzia os seus conflitos e torpezas. Sentindo-se fortemente aprisionado nos tecidos vigorosos do corpo perispiritual do sensitivo, ele blasonou: “Aqui me encontro porque quero, podendo retirar-me no momento que me comprazer”. O doutrinador disse que não duvidava disso, mas explicou que sua visita àquele recinto tinha um fim elevado. “Trata-se da sua felicidade, que vem postergando ao longo do tempo, cada dia mais desnaturado e sofredor” – acrescentou. O Espírito redarguiu com sonora gargalhada: “Está equivocado. A felicidade em mim é o prazer que desfruto nas atividades sexuais com parceiros humanos, adultos e especialmente crianças que muito me agradam. Para tanto, disponho de um instrumento perfeito, que se oculta no disfarce da Religião e da Educação para dispor de mais variado estoque de comparsas, alongando-me pelas sensações exuberantes que fruo na comunidade onde vivo ditoso...”. O doutrinador observou-lhe que todo aquele prazer e felicidade eram fictícios, porque se trata de uma ilusão a que ele se impunha e que, mediante ideoplastia muito bem elaborada, experimentava como fixações que lhe ficaram do corpo físico, hoje um monte de ossos ou pó que o tempo transformou. O Espírito não necessita dos envolvimentos materiais para alcançar a felicidade. Quando assim ocorre, ele mesmo se equivoca, mantendo toda uma estrutura de quimeras e absurdos com os quais se auto-hipnotiza, vivenciando aquilo que não mais pode ocorrer. (Sexo e Obsessão, capítulo 6: Socorros espirituais.) 

51. Limites da ação obsessiva – Dando continuidade aos esclarecimentos, o doutrinador explicou: “A realidade, que nunca falta, se encarrega de esboroar os castelos da ilusão e despertar para a consciência, dilacerada por muito tempo pela perversidade, pelo egoísmo, pelas enfermidades interiores do Espírito... Este é o seu momento de autoconscientização através do contato conosco. Observe o corpo de que se utiliza neste instante. Dê-se conta dos limites que lhe impõe. Sinta as experiências diferentes que lhe transmite, as sensações de paz e de esperança, emoções já quase esquecidas”. Respondeu o Espírito: “Não me faça rir. Afinal, sou eu quem tem muito a comentar e não você que nada entende da realidade do lado de cá. Neste mundo no qual me movimento, a mente é tudo, e com ela cada qual experimenta o que melhor lhe apraz”. O doutrinador disse-lhe não ignorar a realidade do mundo espiritual: “O fato a que me refiro são as construções mentais doentias, os redutos de ignorância e de crueldade, de licenças morais e vacuidades espirituais, que um sopro do amor da realidade dilui, tudo reduzindo a expressões que não mais podem atender aos desmandos dos tresvariados como o amigo... Observe que o fenômeno que agora ocorre é quase o mesmo que se dá, quando você envolve aquele que o prejudicou. Somente que esta ocorrência é proposta como terapêutica e a sua influência tem limites, em razão dos controles morais do médium de quem se utiliza”. Ante tal observação, o obsessor de Mauro esclareceu, desagradado: “Reconheço que o posso comandar com limites. Não obstante, as energias que ele exterioriza não conseguem impedir-me a lucidez nem a minha própria vontade. O certo é que este diálogo, que se alonga inútil, não conseguirá alterar o meu comportamento. Volverei ao meu reduto, onde me reabastecerei de forças para dar prosseguimento à guerra”. O doutrinador insistiu, porém, no esclarecimento que fazia declarou, convicto: “Somente o amor possui os valores e recursos que propiciam a paz, estando ao alcance de todos aqueles que o desejemos vivenciar. Não se engane mais, nem continue mentindo a si. Você sabe que a sua hora soa e chega o instante da sua renovação. Ninguém pode prosseguir por tempo indeterminado nos propósitos inferiores sem que haja a intervenção divina”. (Sexo e Obsessão, capítulo 6: Socorros espirituais.) (Continua no próximo número.) 



 


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