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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 489 - 30 de Outubro de 2016

ÉDO MARIANI 
edo@edomariani.com.br 
Matão, SP (Brasil)

 

 

A primeira fase
do Espiritismo


Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo, afirmou que a doutrina teria três fases na trajetória de sua divulgação e aceitação, sendo a primeira delas cercada pela curiosidade natural que os fenômenos espirituais despertariam.

É sobre esses primeiros momentos da doutrina espírita que vamos falar hoje, sobretudo porque, para alguns, mais céticos, tudo ainda continua, infelizmente, como algo meramente curioso.

Nesta primeira fase, da curiosidade, tomaram vulto os fenômenos mediúnicos, cuja propagação atingiu a América do Norte e a Europa. Eles despertaram o interesse do público, tornando-se verdadeira coqueluche do povo francês. Em princípio, foram as mesas girantes que aguçaram a curiosidade popular. Os fenômenos serviam apenas para distração nos salões festivos da sociedade trivial francesa.

Mas mesmo esse “passatempo” teve fundamental importância. Foi através de convite de um amigo que Kardec tomou conhecimento dos fenômenos. Ao presenciar as mesas girantes, foi suficientemente perspicaz para perceber que ali havia algo importante e que merecia ser pesquisado. Sucessivas experiências realizadas sob a luz do bom senso que lhe era peculiar deram a Kardec as primeiras trilhas para o grande achado que foi a doutrina espírita. Coube a Kardec realizar as pesquisas pioneiras sobre os fenômenos espirituais e, através dos mesmos, comprovar a sobrevivência da alma e o intercâmbio com o além-túmulo.

Mas a ciência não se contenta com uma única palavra, por mais abalizada que seja. O mundo científico sofreu verdadeira revolução com as revelações de Kardec e outros pensadores logo se interessaram pelo assunto.

Entre os grandes pesquisadores desses fenômenos situamos a figura ímpar de Sir William Crookes. Nas pesquisas por ele efetuadas tiveram relevantes papéis a garota Florence Cook, de 15 anos de idade, além do Espírito Katie King.

O primeiro contato de Crookes com os fenômenos psíquicos deu-se em julho de 1869, em uma sessão com Mrs. Marshal. Sua curiosidade voltou a ser provocada por J. J. Morse, em julho e em dezembro de 1870. A investigação dos fenômenos havia sido sugerida a Crookes “por homens eminentes que exerciam grande influência no pensamento do país”. A intenção era a de que o eminente cientista, realizando as pesquisas por métodos científicos, viesse provar que os fenômenos não passavam de prestidigitação e embuste por parte dos que se intitulavam “médiuns”. No entanto, o relatório de Crookes, submetido à “Royal Society” em 15 de junho de 1871, não demonstrava a falsidade das propaladas maravilhas do Espiritismo. Como não viesse ao encontro dos interesses dos refutadores da doutrina, foi rejeitado. Essa repulsa chegou ao ponto de se proibir a publicação de artigos em que Crookes descrevia os fatos presenciados.

Foi somente a partir de julho de 1871 que Crookes conseguiu a publicação do seu relatório nas páginas do “Quartely Journal of Science”.  Só então o público tomou conhecimento das suas primeiras investigações.

Em entrevista publicada no “The International Psychic Gazette”, em 1917, Crookes afirma: - “Jamais tive motivo para modificar meu ponto de vista a respeito. Estou perfeitamente satisfeito com o que disse nos dias do passado. É uma verdade indubitável que uma conexão foi estabelecida entre este mundo e outro”. 

Tal foi a importância dos estudos de Crookes que Charles Richet, outro valoroso sábio e cientista da época, no seu livro “Trinta Anos entre os Mortos”, afirmou que a pesquisa psíquica começa, na história, com Sir William Crookes.

Após as pesquisas de Crookes, relatadas no livro de sua autoria (Fatos Espíritas), outros cientistas também pesquisaram os fenômenos.

Nesta primeira fase o Espiritismo demandou anos para se impor como fato comprovado perante a comunidade científica e o povo. Enormes barreiras foram levantadas pela ciência materialista e pelas religiões tradicionais que, até hoje, encontram dificuldades para a sua aceitação.
 

P.S. - Este artigo está lastreado no livro “Katie King”, de autoria de Wallace Leal V. Rodrigues.



 


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