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Correio Mediúnico
Ano 10 - N° 488 - 23 de Outubro de 2016
 
 

 

Lutemos servindo 

Izabel Cintra 


Na Terra, tudo é realmente frágil, escuro, ilusório, com exceção do amor com que nos unimos diante da vida.

Poucas coisas podemos retirar do mundo com a desencarnação e, dentre os raros tesouros que trazemos, a amizade pura é um deles. E, nesses fios de luz que nos imantam as almas ao mesmo objetivo, continuamos na comunhão de todos os dias.

Nas tempestades do coração, conhecemos a grandeza do ideal que nos sustenta e, com o suave alimento da esperança, obtemos a graça de prosseguir caminhando...

Quando já nos despojamos da pesada armadura dos ossos, a dor bem vivida e bem aceita, iluminada ao clarão da confiança no Céu, está cheia de uma beleza misteriosa – a beleza dos que encontram o acesso ao plano superior, por intermédio das lágrimas vertidas sobre o coração, à maneira de chamas que purificam o espírito imperecível.

O sentimento aqui é, antes de tudo, o nosso clima. Se realizarmos o que o pensamos, pensamos o que sentimos.

Por mais se acentuem as claridades do grande roteiro, nós, as mães, não nos sentimos animadas ao grande avanço. Permanecemos na condição da ave, que deve limitar os voos, a fim de não perder o próprio ninho. Os apelos do Alto são grandes e fascinantes. É a missão mais ampla a convidar-nos a mais vasto raio de ação.

É o painel dos mundos felizes, que se descerra magnificamente aos nossos olhos. São as imensas sugestões do serviço que nos conclamam a maiores círculos de atividades. Entretanto, a fé, por mais sublime, não nos libera o coração.

Os filhos são doces algemas de nossa alma. E, por isso, procuramos viver ao lado de nossos antigos tutelados – os sofredores e os aflitos – de modo a sustentar-nos ao pé dos entes queridos, que precedemos na grande viagem.

Difícil expressar-nos com respeito às nossas esperanças. Todas as mães, ainda mesmo além da morte, sonham com divinas realizações para aqueles que se lhes anexaram ao destino, na posição de rebentos dos seus próprios sonhos.

Continuamos dessa forma trabalhando e amando sempre.

O prêmio da Bondade Divina aos poucos e insignificantes grãos de boa vontade, que semeamos na gleba do mundo carnal, transcende o nosso entendimento.

Em razão disso, a nossa primeira sensação, na esfera espiritual, é de acanhamento e vergonha. Reconhecemos que a nossa incúria olvidou sublimes oportunidades na Terra. As faltas por omissão doem profundamente em nosso espírito. Desejaríamos voltar e mais fazer, no entanto, o ensejo passou, guardamos na nossa alma, quase sempre, a atitude do servidor que perdeu a enxada, perante os dias mais promissores.

Muitas vezes, teremos a honra de ser condecorada com a incompreensão e com a dor. Nossos recursos cerebrais serão gastos na grande luta. Vermos, de perto, os monstros da sombra, que nos perseguirão a tranquilidade. Peregrinaremos na triste estrada de obstáculos sentimentais, os mais variados, muita vez, depois de grandes e longas aspirações, laboriosamente sustentadas... Mas rendemos graças ao Senhor por não havermos desanimado na luta purificadora.

Quando encontramos a lama, não receemos. Há pântanos que fornecem adubo.

Muito vale a dor pela causa que esposamos.

Espiritismo bem sentido e bem vivido é luz que nos compete estender. E quanto mais extensa se fizer a nossa tarefa, maior será a nossa família, perante a Eternidade.

Não nos prendamos aos laços pequeninos com que o sofrimento procura acorrentar-nos ao campo inferior.

Libertemos nosso coração, cada vez mais, usando os recursos do Cristo, o Nosso Divino Amigo. Não nos confiemos ao trabalho de discutir a consideração e o reconhecimento daqueles que amamos na Terra. O socorro de Deus basta-nos à felicidade pessoal.

Não acreditemos que a nossa paz venha do concurso dos outros, porque, na realidade, somente nós mesmos detemos, no centro da própria alma, a fonte de luz capaz de aquietar-nos o espírito, na senda redentora.

Desdobremo-nos, no serviço a todos. Somente o trabalho e a caridade são as forças vivas do Céu a nos ampararem no mundo.

Devemos infinitamente e a carne é o manto amigo e providencial que nos conserva a oportunidade de tudo pagar e tudo redimir, em nome de Jesus, nosso Mestre e Senhor.

Lutemos servindo, valorosamente, até o fim.

 

Do livro Cartas do Coração, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita