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O Espiritismo responde
Ano 10 - N° 487 - 16 de Outubro de 2016
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
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ESPIRITISMO SÉCULO XXI
 


 
Um leitor pergunta-nos se o fluido vital tem, em suas propriedades, algo de comum com o fluido perispirítico a que Allan Kardec se refere no cap. XI de seu livro A Gênese.

A resposta, ressalvado o fato de serem ambos modificações ou subprodutos do fluido cósmico universal, é que têm eles funções bem diferentes e claramente especificadas na obra de Allan Kardec.

Ensina-nos João Teixeira de Paula em seu Dicionário de Parapsicologia, Metapsíquica e Espiritismo, vol. 1: 

Fluido vital: princípio orgânico, que produz os fenômenos da vida material. É o mesmo que fluido elétrico animalizado, fluido magnético, fluido nervoso, força nêurica radiante, força fluídica vital, força vital, princípio vital.

Fluido perispirítico: é o mesmo que fluido perispiritual ou perispirital – fluido componente do perispírito. 

O primeiro – fluido vital – diz respeito aos seres vivos; o segundo diz respeito ao corpo espiritual, a que Kardec chama também de perispírito.

A notícia a respeito do fluido universal – designado às vezes como fluido cósmico universal – apareceu primeiramente na resposta dada pelos Espíritos à questão 27 d´O Livro dos Espíritos

27. Há então dois elementos gerais do Universo: a matéria e o Espírito?

“Sim e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas, ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o Espírito possa exercer ação sobre ela. Embora, de certo ponto de vista, seja lícito classificá-lo com o elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais. Se o fluido universal fosse positivamente matéria, razão não haveria para que também o Espírito não o fosse. Está colocado entre o Espírito e a matéria; é fluido, como a matéria é matéria, e suscetível, pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a ação do Espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que apenas conheceis uma parte mínima. Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o Espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá.”

a) Esse fluido será o que designamos pelo nome de eletricidade?

“Dissemos que ele é suscetível de inúmeras combinações. O que chamais fluido elétrico, fluido magnético, são modificações do fluido universal, que não é, propriamente falando, senão matéria mais perfeita, mais sutil e que se pode considerar independente.” 

O perispírito é, como todos sabemos, um dos subprodutos do fluido universal: 

94. De onde tira o Espírito o seu invólucro semimaterial?

“Do fluido universal de cada globo, razão por que não é idêntico em todos os mundos. Passando de um mundo a outro, o Espírito muda de envoltório, como mudais de roupa.” (O Livro dos Espíritos, questão 94.) 

O princípio vital ou fluido vital, como vimos, tem por função produzir os fenômenos da vida material. É, pois, indispensável à vida do nosso corpo físico, embora nenhuma função tenha com relação à alma, que é dele independente: 

136. A alma independe do princípio vital?

“O corpo não é mais do que envoltório, repetimo-lo constantemente.”

a) Pode o corpo existir sem a alma?

“Pode; entretanto, desde que cessa a vida do corpo, a alma o abandona. Antes do nascimento, ainda não há união definitiva entre a alma e o corpo; enquanto que, depois de essa união se haver estabelecido, a morte do corpo rompe os laços que o prendem à alma e esta o abandona. A vida orgânica pode animar um corpo sem alma, mas a alma não pode habitar um corpo privado de vida orgânica.” (O Livro dos Espíritos, questões 136 e 136, a.) 

O fluido perispirítico, à diferença do fluido vital, embora seja um subproduto do fluido universal, dá origem a fenômenos diferentes, como Kardec observou no livro A Gênese

“Ora, desde que a matéria tem uma vitalidade independente do Espírito e que o Espírito tem uma vitalidade independente da matéria, evidente se torna que essa dupla vitalidade repousa em dois princípios diferentes.” (A Gênese, cap. XI, item 5.) (Negritamos.) 

Para melhor compreensão da diversidade de aplicações ou funções, eis o que lemos nos textos abaixo, constantes d´O Livro dos Médiuns, quando Kardec examina como se dão os fenômenos espíritas de efeitos físicos: 

XIV. Que papel desempenha o médium nesse fenômeno?

"Já eu disse que o fluido próprio do médium se combina com o fluido universal que o Espírito acumula. É necessária a união desses dois fluidos, isto é, do fluido animalizado e do fluido universal para dar vida à mesa. Mas, nota bem que essa vida é apenas momentânea, que se extingue com a ação e, às vezes, antes que esta termine, logo que a quantidade de fluido deixa de ser bastante para a animar."

XV. Pode o Espírito atuar sem o concurso de um médium?

"Pode atuar à revelia do médium. Quer isto dizer que muitas pessoas, sem que o suspeitem, servem de auxiliares aos Espíritos. Delas haurem os Espíritos, como de uma fonte, o fluido animalizado de que necessitem. Assim é que o concurso de um médium, tal como o entendeis, nem sempre é preciso, o que se verifica principalmente nos fenômenos espontâneos." (O Livro dos Médiuns, cap. IV.) 

Está dito com toda a clareza que o fluido próprio do médium – o fluido vital – se combina com o fluido perispirítico, para que o fenômeno se realize, explicação essa que é repetida na mesma obra no seguinte texto relativo aos fenômenos de transporte: 

"Em geral, os fatos de transporte são e continuarão a ser extremamente raros. Não preciso demonstrar porque são e serão menos frequentes do que os outros fenômenos de tangibilidade; do que digo, vós mesmos podeis deduzi-lo. Demais, estes fenômenos são de tal natureza, que nem todos os médiuns servem para produzi-los. Com efeito, é necessário que entre o Espírito e o médium influenciado exista certa afinidade, certa analogia; em suma: certa semelhança capaz de permitir que a parte expansível do fluido perispirítico do encarnado se misture, se una, se combine com o do Espírito que queira fazer um transporte. Deve ser tal esta fusão, que a força resultante dela se torne, por assim dizer, uma: do mesmo modo que, atuando sobre o carvão, uma corrente elétrica produz um só foco, uma só claridade. Por que essa união, essa fusão, perguntareis? É que, para que estes fenômenos se produzam, necessário se faz que as propriedades essenciais do Espírito motor se aumentem com algumas das do médium; é que o fluido vital, indispensável à produção de todos os fenômenos mediúnicos, é apanágio exclusivo do encarnado e que, por conseguinte, o Espírito operador fica obrigado a se impregnar dele. Só então pode, mediante certas propriedades, que desconheceis, do vosso meio ambiente, isolar, tornar invisíveis e fazer que se movam alguns objetos materiais e mesmo os encarnados.” (O Livro dos Médiuns, cap. V, item 98.) (Negritamos.) 

A independência entre o princípio ou fluido vital e o perispírito é, ademais, confirmada com a informação seguinte dada pelos Espíritos em resposta à questão 70 d´O Livro dos Espíritos

70. Que é feito da matéria e do princípio vital dos seres orgânicos, quando estes morrem?

“A matéria inerte se decompõe e vai formar novos organismos. O princípio vital volta à massa donde saiu.” (Negritamos.)
 

 


 
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