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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 487 - 16 de Outubro de 2016

CLÁUDIO BUENO DA SILVA
Klardec1857@yahoo.com.br
Osasco, SP (Brasil)

 


As coisas simples
 

“Para ser feliz é preciso ser simples.” ¹


A questão da felicidade tem desafiado filósofos e pensadores desde sempre. Muito já se pensou sobre ela na tentativa de se encontrar caminhos que levem o homem a tomá-la nos braços. Em relação à grande massa humana, os resultados dessa busca milenar, porém, não têm sido muito animadores, pois já se sabe que a felicidade independe do “ter”, e é exatamente aí que a grande maioria dos homens a procura. E como o sentimento de posse em nosso mundo é traiçoeiro demais, ninguém consegue retê-la para si por muito tempo, como não se consegue prender a fumaça entre as mãos.

Na Terra, a felicidade está associada ao prazer, mas geralmente ao prazer egoísta e ambicioso que faz o homem se perder nas mentiras em que acredita. Renúncia é algo pouco comum porque não se compreende direito a vida. Pouquíssimos estão verdadeiramente dispostos a abdicar de um prazer pessoal em favor do que seja mais importante para o semelhante. As carências nascem daí, e as injustiças também.

Nessa busca obsessiva do maior, do muito, do primeiro, o homem exaure suas energias e desperdiça o tempo da encarnação.

Na realidade em que vivemos no mundo, a felicidade não é um todo, são partes. Um dia será, mas não nesse plano de miserabilidade.

A filosofia espírita propõe que a felicidade está no caminho oposto do que temos percorrido. Desde tenra idade, em função de uma educação não voltada para o Espírito, mas apenas para a regulação e manutenção das relações sociais, temos sido estimulados a procurá-la nas ilusões. E passamos a achar que tudo o que brilha tem valor. E a não perceber que, ao contrário da qualidade, a quantidade pode aumentar as nossas preocupações. E na vida cada vez mais acelerada e mal compreendida, confundimos o sonho com a paixão, o desejo com o vício, a conquista com a cobiça, o dever com o direito.

Somos demais apegados aos bens da matéria, escravos dos sentidos. A vontade de superar os outros sempre nos faz esquecer que somos iguais, humanamente falando. Complicamos a vida. Por isso sofremos tanto e nos achamos infelizes. Talvez sejamos mais infelizes do que maus.

No entanto, e se tentássemos modificar nossos critérios de busca, de escolha, de avaliação? Se nos contentássemos com o necessário, com o razoável, com o justo, com o ético? Se educássemos o Espírito para os bons e os maus momentos que todos temos, não tendo assim que sofrer a sensação de culpa ou de perda? Isso fatalmente nos levaria a prestar mais atenção às lições que a natureza dá, onde tudo é simples e funciona muito bem. Com o que já sabemos e sofremos, creio que dá para dizer que o caminho da felicidade está na essência das coisas simples. 

Se observarmos à nossa volta veremos que, pelo que Deus nos deu e dá, não temos do que reclamar. “O mais rico é aquele que tem menos necessidades”, diz a questão 926 de O Livro dos Espíritos. O mais feliz é aquele que verdadeiramente é mais simples e humilde, e que por isso já se desprendeu do que não lhe faz mais falta.
 

¹ Notas de um diarista1ª série, Humberto de Campos, Editora Mérito, 1962.


 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita