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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 485 - 2 de Outubro de 2016

RICARDO DI BERNARDI  
rhdb11@gmail.com
Florianópolis, SC (Brasil)   

 


Enfermidade psíquica.
Pedofilia


Antes de tudo, convém definir que se trata, sem dúvida, de um grave desequilíbrio mental e espiritual, necessitando severo tratamento multidisciplinar, isto é, envolvendo diversos profissionais, além do tratamento espiritual complementar.

O aspecto chocante faz-nos indagar: Qual a razão de existirem pedófilos? A reposta é: a mesma razão de existirem quaisquer outros desequilíbrios psíquicos. São atitudes doentias que se estruturaram ao longo de uma ou mais existências, ou seja, reencarnações. Ninguém foi criado pedófilo.

O que se passa na mente desses indivíduos? Cada um deles tem uma história. Não há como colocar todos em um mesmo rótulo. Mas poder-se-ia dizer que tem sua energia sexual e o consequente impulso sexual doente e destituído de ética.

Quais os traumas que esses indivíduos trariam em seu inconsciente? Haveria uma causa específica? Ou várias causas?

Diversos são os fatores, e variam conforme cada caso. Podem ter sofrido: violência infantil, abandono, desprezo, presenciado de forma traumática, quando em tenra idade, sexo entre os pais, enfim, diversas distorções de educação ou de vivência além de graves desarmonias trazidas de um passado longínquo – vidas anteriores.

Como se explica tal comportamento? A resposta é tão difícil quanto explicar qualquer outra grave alteração de comportamento. São Espíritos que pelo seu atraso, imaturidade, ignorância e, sobretudo, pelo livre-arbítrio desviaram-se da linha normal de conduta na expressão periférica da energia sexual.

A grande questão que nos preocupa e exige de todos nós um entendimento é: e as vítimas, por que isso?

Em diversas oportunidades, quando fizemos palestra a respeito da reencarnação e questões da sexualidade, fomos questionados, posteriormente, acerca da dolorosa e delicada circunstância da pedofilia. Principalmente, ao se propiciar perguntas, nos serem dirigidas por escrito, viabilizava-se este questionamento.

Embora o tema seja, potencialmente, polêmico e desagradável, não há como ignorá-lo no contexto de nossa situação planetária. Nossa abordagem será pelo ângulo transcendental e reencarnacionista, considerando que são dois (2) Espíritos, no mínimo, envolvidos na tragédia em questão. Cumpre-nos esclarecer que o livre-arbítrio é o maior patrimônio que nós, Espíritos humanos, temos alcançado ao atingir a faixa evolutiva pensante. Livre-arbítrio que não legitima atitudes, mas oportuniza as criaturas a decidirem e a se responsabilizarem, posteriormente, pelas consequências de seus atos.

Outra premissa que deveremos estabelecer é aquela da maior ou menor repercussão dos atos perante a Lei Universal, em função do nível de esclarecimento que possuímos. Importante também salientar que não há atos perversos que tenham sido planejados pela Espiritualidade Superior. Seria de uma miopia intelectual sem limites admitir a ideia de que alguém deve reencarnar a fim de ser violentado ou sofra pedofilia.

A concepção de Deus punitivo e vingativo já não cabe mais no dicionário dos esclarecidos acerca da vida espiritual. Deus é a fonte inesgotável de amor.

Como a Lei Maior a tudo preside é uma lei de amor que coordena as leis da natureza. Então, como conceber a violência física? Como enquadrar a onipresença divina em situações e sofrimentos que observamos? Deus estaria ausente nessas circunstâncias? Ou estaria presente? Para muitos indivíduos, se estivesse presente, já seria motivo para não crer na sua existência ou na sua infinita bondade e onisciência.

Outra questão importante: Quem é a "vítima"? Analisemos. Cada um de nós, ao reencarnar, trouxe todo o seu passado impresso, indelevelmente, em si próprio. São os núcleos energéticos que trazemos em nosso inconsciente construídos no passado.

Espíritos que somos e pelas inúmeras viagens que percorremos, representadas pelas inúmeras vidas, possuímos nos nossos “passaportes” inúmeros "carimbos" das pousadas onde estagiamos em vidas anteriores. Hoje, a somatória dessas experiências se traduz em manancial energético que irradia, constantemente, do nosso interior para a superfície desta vida.

Assim, é também a "vítima". A criança que hoje se apresenta de forma diferente traz em seu passado profundas marcas de atitudes prejudiciais a irmãos seus. Atitudes de desequilíbrio que são gravadas em si próprias.

Algumas dessas, hoje crianças, participaram, no passado, intelectualmente, de verdadeiras emboscadas, visando atingir de maneira dolorosa a intimidade sexual de criaturas; outras foram executoras diretas, pela autoridade que lhes era investida, de crimes nessa área. Enfim, são múltiplas as situações geradoras da desarmonia energética que agora pulsa, constantemente, nos arquivos vibratórios da criança, nossa personagem nesse drama.

Pela Lei Universal da sintonia de vibrações poderá ocorrer, em um dado momento, uma surpresa desagradável. O Espírito, criança agora, poderá atrair e sintonizar com a frequência do agressor, ou seja, o pedófilo, e ser agredida.

Identificados dois dos protagonistas (agressor e criança), temos também de considerar o frequente processo obsessivo que vinha se desenvolvendo. Outra Entidade pode estar fixa, perifericamente, ou até profundamente, à trama perispiritual de um ou dos dois envolvidos no processo.

Lembramos, novamente, que não foi em hipótese alguma programada a violência ou o abuso, e nem esse ato em qualquer circunstância teria uma justificativa. No entanto, o crime existindo, necessário compreender, em uma visão mais ampla, o que está acontecendo. A Espiritualidade sempre fará o máximo para evitar o "mal", e não sendo possível, apoiar aos que sofrem.

O Espírito submetido à violência da pedofilia sofre intensamente no processo, conforme o seu grau de maturidade espiritual. Não houve a programação, mas a tendência que ele trazia era forte e havia o risco em passar por algo do gênero, o que a Espiritualidade não conseguiu, no caso, evitar.

Perante a Lei divina sabemos que o Espírito reencarnado não deve receber a agressão arbitrária em face à violência cometida por outro. Violência que gerou violência, um ciclo triste que necessita ser rompido com uma postura de amor, de orientação e de perdão.

A violência da pedofilia gera, muitas vezes, profundos traumas em todos os envolvidos, exacerbando a dolorosa situação cármica da constelação familiar.

Há, também, Espíritos afins e Benfeitores que visam amparar os envolvidos nessa dor. Amigos do extrafísico, cheios de ternura em seu coração, com projetos de dedicação e amparo, sempre se fazem presentes.

O tempo e o amor se encarregarão de cicatrizar os ferimentos da alma.

 

O autor é médico homeopata, escritor e conferencista espírita.




 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita