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Brasil
Ano 10 - N° 484 - 25 de Setembro de 2016
PAULO SALERNO
pgfsalerno@gmail.com
Porto Alegre, RS (Brasil)
 

  

Suely Caldas Schubert:
 “A oração é o nosso escudo
de defesa”
 

Concluindo sua recente visita ao Rio Grande do Sul, a escritora e médium falou aos espíritas de Porto Alegre e Novo Hamburgo

Suely Caldas Schubert, superando limites, e retornando para a Região Metropolitana de Porto Alegre, apresentou-se no dia 6 de setembro na Sociedade Espírita Allan Kardec, na sua sede da Rua Fernando Machado, sendo recebida calorosamente. A conferencista apresentou o trabalho que teve por título: Muitos os chamados, poucos os escolhidos  – com destaque para as perturbações espirituais. Disse que ao voltar ao ambiente que lhe

Suely com a equipe de trabalho

acolhia, sentia-se tocada por emoções, reconhecendo o esforço realizado pelos que ali se encontravam, vencendo dificuldades, agradecendo-lhes por estarem presentes. Classificou o momento como uma preciosa oportunidade em realizar a atividade, percebendo a interconectividade entre todos, e com os benfeitores espirituais.

Apresentando os enfoques da obra Perturbações Espirituais, de Manoel Philomeno de Miranda e psicografada por Divaldo Franco, Suely salientou que a humanidade está vivendo grave momento da transição planetária. É um momento difícil, de muita violência, de busca de objetivos nem sempre definidos. Identificam-se, também, ações nefastas sobre as Instituições Espíritas e outras organizações que promovem o bem e o esclarecimento das pessoas e dos que trabalham em prol do bem.

O momento atual reveste-se de grande importância, pois que nesta reencarnação os seres humanos experimentam momentos de definição, de mudanças de valores, conforme anunciado pelo Cristo, como podemos ler em O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo XX, item 5. Definindo quem são os trabalhadores, a conferencista apresentou e discorreu sobre os registros expressos no Evangelho de Mateus, cap. 20:4, e na obra Pão Nosso, cap. 29 (Emmanuel/Chico Xavier), com destaque para: “Onde quer que estejas, recorda-te que te encontras na Vinha do Cristo. Vives sitiado pela dificuldade e infortúnio ? Trabalha para o bem geral, mesmo assim, porque o Senhor concedeu a cada cooperador o material conveniente e justo”.

O material conveniente e justo concedido pelo Senhor é composto pela reencarnação; os pais e a família; o corpo; o berço; a inteligência; as tendências; o trabalho; e o espiritismo. A vinha do Cristo é o campo de trabalho, o justo trabalho para o crescimento.

Na obra Perturbações Espirituais, na Introdução e no cap. 1, Manoel Philomeno de Miranda faz um alerta: “Desejamos com a presente obra alertar os companheiros inadvertidos ou descuidados dos deveres espirituais assumidos antes do renascimento carnal. (...) Não ignoramos que as forças do Mal, ensandecidas ante o crescimento dos adeptos do Consolador, sentem-se ameaçadas e atacam-nos com inclemência. (...) Utilizando-se da debilidade moral de muitos que não amadureceram nos estudos sérios do Espiritismo, deles se utilizam, perturbadores das hostes doutrinárias, de modo a criarem situações embaraçosas, de difícil solução, pelos arrastamentos de outros invigilantes que a ação maléfica proporciona”.

O alerta do lúcido benfeitor Manoel P. Miranda, assinala que “alguns se atrevem a dar nova interpretação às Obras da Codificação, em um alucinado projeto de atualizar a Verdade, as reflexões do codificador inspirado pelo Senhor e vaso escolhido para a construção de um mundo melhor (...)”. Da obra acima referenciada, Suely destacou um caso para elucidar o trabalho de auxílio, ou de alerta, aos que se encontram envolvidos por ações nefastas e maléficas. É o caso das irmãs Cenira e Carolina, dirigentes de uma casa espírita, em que fica evidente a ação divisionista, criando cizânia e perturbação e, por outro lado, a intervenção socorrista de esclarecimento, fortalecimento e amparo aos envolvidos.

Lançando o olhar sobre as casas espíritas atuais, a dinâmica e esclarecida conferencista registrou que os obsessores assinalam, entre os trabalhadores e médiuns, os mais suscetíveis de serem influenciados devido às suas imperfeições, atacando os elos mais fracos. O projeto de vulgarizar o Espiritismo é o grande projeto da atualidade, segundo informações dos próprios obsessores. O profano insinua-se no divino, o vulgar no especial, o ridículo no ideal (Bezerra de Menezes/psicofonia de Divaldo Franco).

Buscando informações em obras de Joanna de Ângelis, Manoel Philomeno de Miranda e Emmanuel, Suely salientou a importância da autotransformação, do trabalho no bem, preparando o futuro, tal qual preparamos o presente no passado.

Sempre muito bem disposta e otimista, Suely teve a oportunidade de responder inúmeras questões, oferecendo informações, ampliando conhecimentos, esclarecendo pormenores, orientando procedimentos, incentivando ao trabalho no bem. Encaminhando-se para o encerramento, Suely Schubert destacou as informações contidas em O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. 18, item 12; cap. 20, item 15; e cap. 22, item 14.
 

Após ler o texto intitulado Oração, de José Silvério Horta, em Parnaso de Além-Túmulo, psicografia de Chico Xavier, a expositora mineira foi aplaudida por mais de duzentos e cinquenta pessoas que se puseram de pé, reverenciando-a e reconhecendo seu trabalho profícuo e esclarecedor. Ato contínuo, a direção da Instituição anfitriã presenteou Suely com um exemplar da obra Sociedade Espíri-

ta Allan Kardec – 120 anos de Memórias – O Encontro dos Missionários. 

Desafios para a Vivência do Evangelho 

No dia 7 de setembro, data máxima da Pátria, e reverenciando-a através do trabalho, Suely Caldas Schubert esteve no Instituto Espírita Dias da Cruz, de Porto Alegre, onde foi recebida com amabilidade e alegria. Sua visita estava sendo aguardada com expectativa, todos desejavam assistir à conferência que a escritora mineira faria: Desafios para a Vivência do Evangelho. Cercada de carinho, disse que o Evangelho deve ser vivido como ideal, devendo estar presente nos atos diários da vida de cada indivíduo, aceitando o desafio de colocá-lo em prática no lar e fora dele. Com exercícios evangélicos diários os cristãos vão penetrando e compreendendo os ensinamentos do Mestre nazareno.

Discorrendo sobre o Reino de Deus, conforme está no item 3 da introdução de O Evangelho segundo o Espiritismo, salientou que ele se encontra na intimidade da criatura humana. Suely frisou que todos possuem acesso ao Código Divino, traduzido como sendo uma regra de bem proceder e que abrange todas as circunstâncias da vida privada e pública. Diante dele a própria incredulidade se curva e é, também, o terreno onde todos os cultos podem reunir-se, o princípio básico de todas as relações sociais que se fundem na mais rigorosa justiça. É, igualmente, um roteiro infalível para a felicidade vindoura e que levanta uma ponta do véu que oculta a vida futura.

O código é inerente ao ser humano, e se evidencia na medida em que evolui. É o código de moral universal, sem distinção de culto. Em o Céu e o Inferno, uma das obras fundamentais da Doutrina Espírita, no capítulo VII, está elencado o Código Penal da Vida Futura, composto de trinta e três itens, que balizam como deve o homem proceder na vida. De acordo com Allan Kardec, toda imperfeição é causa de infelicidade e a felicidade só pode ser experimentada, sentida, quando o indivíduo cumprir a Lei Divina, quando, então, ele se afasta das imperfeições. A Justiça Divina é perfeita e equânime, alcançando a todos.

Sobre a fé inabalável, ensinou que fé inata é a condição que o indivíduo possui de aceitar com facilidade as verdades espirituais. Para crer não basta ver, é preciso, sobretudo, compreender. A fé inabalável é a que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas da Humanidade. A fé raciocinada é aquela que compreende os fatos da vida.

Para viver o Evangelho do Cristo é fundamental atentar-se para a família, entendendo-a como espaço para aprender. A educação para a Nova Era deve estruturar-se no conceito de realização integral, abrangendo os valores culturais, sociais, econômicos, morais e espirituais do ser humano. O estudo, a aquisição de conhecimento, sobretudo da Doutrina Espírita, são instrumentos para a vivência do evangelho nos dias atuais. O aprendizado se aprofunda na medida do interesse do indivíduo.

Apresentando uma página da obra Desafios da vida familiar, do Espírito Camilo, psicografada por José Raul Teixeira, Suely destacou que a vivência no âmbito da família é espaço de aperfeiçoamento moral e espiritual, sentimental e intelectual, visando, no futuro, condições para o ser humano poder compreender, cooperar e amar a imensa família universal.

O preconceito não pode estar presente na vida do espírita. Ensina a nobre conferencista que é necessário pensar o Espiritismo e pensar como espírita. Sandra Borba em sua obra Reflexão Pedagógica à Luz do Evangelho, cap. 1, esclarece que Jesus, enquanto Mestre por excelência, adotou uma postura por demais inovadora no que diz respeito à aprendizagem e aos métodos e procedimentos de ensino que lhe possibilitava a construção. Afastou-se da verbosidade do formalismo da memorização, da lição ex-cátedra, demonstrando Sua preocupação com a assimilação ativa do conteúdo com uma aprendizagem verdadeiramente significativa.

O Mundo de Regeneração é um mundo de padrão vibratório mais elevado. Em Palavras de Vida Eterna, cap. 16, Emmanuel, pela psicografia de Chico Xavier, leciona: Metamorfose essencial para nós será sempre aquela que nos alcance o imo da alma. Isto equivale dizer que, para renovar-nos, em verdade, no modelo do Cristo, é necessário, acima de tudo, sentir nos padrões do Cristo, para pensar, observar, ouvir e agir com acerto, na realização da tarefa que o Cristo nos reservou.

Para cumprir esse desiderato – pensar o Espiritismo e pensar como espírita – é fundamental estudar, comparar e aprofundar, e expandir a consciência. Com outras passagens de O Evangelho segundo o Espiritismo  (cap. XX, item 5) e do livro Fonte Viva (Emmanuel/Chico Xavier), Suely objetivou motivar o público para a transformação íntima, assumindo as próprias responsabilidades, colocando-se em serviço ao próximo, destacando que Deus está em nós, tanto quando estamos em Deus.

A educação familiar, os exemplos e as vivências no lar terão reflexos na vida de relação fora dele. A oração, disse a inspirada conferencista, é o nosso escudo de defesa. Salientou o item 4 do cap. XX de O Evangelho segundo o Espiritismo que aborda a missão dos espíritas: Marcha, pois, avante, falange imponente pela tua fé! Diante de ti os grandes batalhões dos incrédulos se dissiparão, como a bruma da manhã aos primeiros raios do sol nascente. (...). Arme-se a vossa falange de decisão e coragem!

Assim, a lúcida escritora e médium encerrou sua atividade, recebendo uma forte salva de palmas do público composto por cerca de 250 pessoas que se puseram de pé, reverenciando Suely e seu trabalho. Em seguida, a diretoria do Instituto Espírita Dias da Cruz, oferecendo um lanche para o ensejo de uma confraternização, entregou-lhe um cartão de reconhecimento, gratidão e felicitações. 

Mecanismos da Justiça Divina 

No dia 8, em mais uma atividade doutrinária na capital dos gaúchos, Suely Caldas Schubert proferiu conferência na Sociedade Espírita Luz, Paz e Caridade, cujo tema foi: Mecanismos da Justiça Divina. Recebida com alegria e fraternidade, a ilustre visitante foi acolhida com carinho pelos trabalhadores, estudantes e frequentadores da instituição. A Doutrina Espírita, informou, mostra-nos quanto a Justiça Divina é perfeita, lembrando que o livro O Céu e o Inferno deve ser descoberto, lido e, sobretudo, estudado pelos espíritas, pois que, contendo relatos de situações vivenciadas no mundo espiritual, apresenta as diversas categorias em que são classificados os Espíritos, conforme os diferentes graus evolutivos, com relatos de casos muito importantes, verdadeiramente ilustrativos e elucidativos. Divulga, igualmente, o Código Penal da Vida Futura contendo trinta e três itens. Allan Kardec destaca que toda a imperfeição é causa de infelicidade. O planeta Terra, embora ainda classificado como de provas e expiação, está se transformando em um mundo de regeneração, conforme o homem terrestre vai se depurando.

Desenvolvendo o tema, Suely discorreu sobre o Reino de Deus conforme se lê em o Evangelho de Mateus, cap. 17, vv. 20 e 21. Ele não vem de modo visível, ele está dentro de cada ser humano. Sobre o Código Divino, na Introdução de O Evangelho segundo o Espiritismo, Suely, sempre encantadora em sua oratória límpida, falou sobre a justiça, a perfeição e o amor.

A vida futura, acrescentou a lúcida expositora, é sentida, ventilada a sua existência desde as mais remotas épocas da humanidade.

Sobre a fé inabalável, afirmou que, segundo o cap. XIX de O Evangelho segundo o Espiritismo, só é a que pode encarar de frente a razão em todas as épocas da humanidade. A fé inata é a que tem facilidade de aceitar as verdades espirituais. Para crer não basta ver; é preciso, sobretudo, compreender.

Examinando a Lei de Ação e Reação, a escritora mineira destacou a informação apresentada por André Luiz que diz que a Lei Divina, alicerçada na justiça indefectível, funciona em igualdade para todos.  Essa Lei está escrita na consciência, conforme questão 621 de O Livro dos Espíritos. Isso não permite margens para negar a sua existência e conhecimento.

Em estando no período de transição de um mundo de provas e expiações, para um mundo de regeneração, a atual reencarnação se torna a mais importante, sendo um divisor de águas entre os que estão propensos ao bem e os que se devotam à prática do mal. Assim, a Justiça Divina alcançará todos, posicionando as criaturas conforme suas tendências.

Apresentando um texto do capítulo 4 da obra Justiça e Amor, de Camilo, psicografia de José Raul Teixeira, Suely destacou que a consciência fornece ao indivíduo a capacidade de perceber a realidade de si mesmo, da existência, registrando as ações, desejos e pensamentos, direcionando a sua vontade. As Leis Divinas, estando na consciência, permitem que o homem tenha liberdade de agir, responsabilizando-se, no entanto, pelos efeitos de suas ações ou omissões.

Ainda segundo a obra Ação e Reação, cap. 4: Recordemos, ainda, o pensamento, atuando à feição de onda, com velocidade muito superior à da luz, e lembremo-nos de que toda mente é dínamo gerador de força criativa. Significa dizer que onde está o pensamento lá está o ser imortal. Emmanuel, pela psicografia de Chico Xavier, na obra Pensamento e Vida, cap. 4, afirma que renascemos na Terra, segundo as nossas dívidas ou conforme as nossas necessidades.

Descrevendo e comentando com mestria a obra Memórias de um Suicida, de Yvonne do Amaral Pereira, emocionando os presentes, analisou a história de Mario Sobral, sua vida e atitudes no plano da matéria densa e como desencarnado, bem como a sua acolhida, tratamento, estudo e preparação para uma nova reencarnação, evidenciando quanto é justa e educativa a Justiça Divina, que dá ao infrator a possibilidade, pelo esforço próprio, de avançar rumo à perfeição, depurando-se pelos mecanismos das sucessivas reencarnações.

Referindo-se aos bem-aventurados os aflitos – O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. 5 – Suely em sua verve esclarecedora frisou que as boas resoluções que se possa tomar são a voz da consciência, advertindo o que é o bem e o que é o mal, e dando forças para resistir às tentações. Em acordo com essa assertiva, Joanna de Ângelis, no livro Ilumina-te, cap. 28, psicografado por Divaldo Franco, destaca que em se autoconhecendo o homem, de degrau a degrau, vai adquirindo a plenitude.

Conforme Emmanuel em Palavras de Vida Eterna, cap. 16, que trata sobre os padrões do Cristo, é fundamental pensar, observar, ouvir e agir com acerto, na realização da tarefa que o Cristo reservou para cada ser humano. Nesse aspecto, ensinou a oradora, os espíritas devem pensar o Espiritismo e pensar como espíritas, isto é, aliar o conhecimento e a prática.

Finalizando a bela e instrutiva conferência, e apresentando ensinamentos do Mestre, Suely analisou os textos Obreiros do Senhor, do Espírito de Verdade - em O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XX, item 5 – e O Cristo Consolador, conforme Mateus,11:28 a 30.

Suely, em eloquente esclarecimento e amparo aos sedentos de saber, leu a mensagem Render Graças, de Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Franco, encerrando-a com a seguinte frase: Em qualquer circunstância, todos os dias, faze do reconhecimento o teu hino de louvor e de ação no bem os motivos de tua existência, orando e rendendo graças a Deus sem cessar e sem cansaço.

Em reverência e gratidão, Suely foi calorosamente aplaudida, recebendo inúmeros cumprimentos. 

Mecanismos da Justiça Divina e as Tragédias Coletivas 

Encerrando suas atividades doutrinárias no Rio Grande do Sul, Suely Caldas Schubert apresentou no dia 9 de setembro na Sociedade Espírita Em Busca da Verdade, de Novo Hamburgo, o tema: Mecanismos da Justiça Divina e as Tragédias Coletivas, evento promovido pela União Municipal Espírita de Novo Hamburgo.

Enfocando as tragédias coletivas, as balas perdidas, desastres, crimes hediondos, ocorrências que se sucedem no tempo, a escritora e médium mineira esclareceu que a Doutrina Espírita apresenta respostas paras esses eventos que chocam os mais sensíveis, que provocam comoções coletivas, explicando as causas, permitindo, aos que desejam, compreender os acontecimentos.

Evidenciando o registro de Lucas (17:20 e 21), disse que o reino de Deus está na intimidade de cada indivíduo e que cada um sabe discernir em gradações diversas o certo e o errado, o que está em consonância com a Lei Divina e o que não está. Em Obras Póstumas, em Questões e Problemas - As Expiações Coletivas -, Suely apresentou e discorreu sobre o texto, explicando os postulados, as causas e consequências dos atos praticados e a equanimidade da Justiça Divina, destacando o texto de Clélia Duplantier, nesta mesma questão: (...)Três caracteres há em todo homem: o do indivíduo, do ser em si mesmo; o de membro da família e, finalmente, o de cidadão. Sob cada uma dessas três faces pode ele ser criminoso e virtuoso, isto é, pode ser virtuoso como pai de família, ao mesmo tempo que criminoso como cidadão e reciprocamente. Daí as situações especiais que para si cria nas suas sucessivas existências.

Falando sobre a Justiça Divina, Suely comentou sobre o cap. VII - As Penas Futuras Segundo O Espiritismo – do livro O Céu e o Inferno, uma das obras fundamentais da Doutrina Espírita, evidenciando o Código Penal da Vida Futura, composto de trinta e três itens. Destes, a conferencista apresentou e analisou os itens 1, 8, 13 e 20. Enfatizou que a felicidade somente poderá ser fruída quando o indivíduo conseguir cumprir a Lei Divina na sua totalidade. A felicidade não pode ser depositada e condicionada ao outro, mas que cada um pode construí-la dentro de si, na consciência reta do dever cumprido em consonância com o Código Divino.

Para esclarecer sobre onde encontrar a Lei Divina, Suely comentou e aprofundou com exemplos a questão 621 de O Livro dos Espíritos, dizendo que o homem traz dentro de si a Lei de Deus, isto é, na sua consciência. É fundamental, para entender os mecanismos da Justiça Divina, compreender que Deus não castiga, a própria criatura cria para si as situações que vive. Experimenta as boas ou más ações conforme os registros espirituais. Não há inocentes em se tratando de Justiça Divina.

Em Momentos de Consciência, cap. 4 e 8, de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, pode-se ler: A consciência não é a inteligência no sentido mental, mas a capacidade de estabelecer parâmetros para entender o bem e o mal, optando pelo primeiro e seguindo a diretriz do equilíbrio das possibilidades latentes, desenvolvendo os recursos atuais em favor do seu vir-a-ser (...).

A Misericórdia Divina se evidencia, disse a médium mineira, através do amor de Deus a todos os seus filhos; na justiça perfeita, com equidade; na Lei do progresso, ressaltando a evolução; na reencarnação, oportunidade para evoluir; no livre-arbítrio, liberdade de agir por si mesmo, responsabilizando-se pelos efeitos daí decorrentes; na certeza da vida futura, não há morte; e desejo incessante de alcançar o melhor, progredir sempre.

Sobre os flagelos destruidores, Suely apresentou e comentou a questão 737 de O Livro dos Espíritos e o comentário de Allan Kardec na nota sobre a questão 738-b: Quer a morte venha por um flagelo ou por uma causa comum, ninguém deixa de morrer quando houver soado a hora da partida. A única diferença, em caso de mortes coletivas, é quando parte ao mesmo tempo maior número de pessoas.

Nesse particular, a nobre oradora disse que a doença é a cura do Espírito. Apresentando casos enriquecedores sobre as desencarnações coletivas, Suely evidenciou a importância da leitura da obra Chico Xavier pede Licença, de Chico Xavier, J. Herculano Pires e Espíritos diversos. Comentando esse assunto, Herculano Pires diz: As Leis da Justiça Divina estão escritas na consciência. Obedecendo a essas leis, as vítimas de mortes coletivas aparecem como as mais severas julgadoras de si mesmas. São almas que se punem a si próprias em virtude de haverem crescido em amor e trazem consigo a justiça imanente. Se no passado erraram, agora surgem como heroínas do amor.

Resumindo, conforme o item 16 do Código Penal da Vida Futura há três passos ou etapas a serem postos em prática: arrependimento, expiação e reparação, que constituem, portanto, as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas consequências. Cornélio Pires, Espírito, no livro Diálogo dos Vivos, através da psicografia iluminada de Chico Xavier, compôs belo poema sobre as vítimas do incêndio do edifício Joelma, em São Paulo.

Finalizando sua magnífica exposição, Suely apresentou e comentou, esclarecendo a narrativa de Mateus (11:28 a 30) sobre o Cristo Consolador: Vinde a Mim todos vós que estais aflitos e sobrecarregados que eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas, pois suave é o meu jugo e leve o meu fardo. “A alma descansa quando está quite com a Justiça Divina”, disse Suely.

Apresentando o texto Amorterapia, de Joanna de Ângelis/Divaldo Franco, Suely Caldas Schubert encerrou sua atividade propiciando enlevo espiritual e paz de espírito. Do texto, entre outras frases, destacamos estas: Não há como negar ser o amor a realidade mais pujante da vida. Irradia-se de Deus e vitaliza o Universo, mantendo as Leis que produzem o equilíbrio. Todos os homens e mulheres que edificaram os ideais de felicidade humana fundamentaram o seu pensamento no amor pleno e incondicional. (...) Jesus sintetizou todo o código da Sua Doutrina no amor a Deus, ao próximo e a si mesmo. (...) recorre também ao amor, para que ele solucione os enigmas existenciais e erradique os agentes causadores dos distúrbios interiores e externos que aturdem a humanidade.

Em gratidão e reconhecimento, os presentes aplaudiram de pé a dedicada expositora, cumprimentada por muitos.


Notas do autor:
 

As fotos desta reportagem são de autoria de Jorge Moehlecke.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita