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Crônicas e Artigos

Ano 10 - N° 484 - 25 de Setembro de 2016

RICARDO ORESTES FORNI
iost@terra.com.br
Tupã, SP (Brasil)

 


A receita de Pedro


Por falar em receita, algumas vezes assisti a um determinado programa de televisão onde uma senhora idosa e extremamente simpática ensinava a confeccionar as receitas que ela trazia como sugestão aos telespectadores.

Eu ficava admirado como todos os ingredientes misturados aparentemente ao acaso por essa senhora iam ganhando forma e textura para compor pratos que pareciam ser deliciosos a quem assistia à programação. Se me fosse dada a incumbência de seguir rigorosamente a receita em todos os seus mínimos detalhes, confesso que nada sairia de saboroso ao término da tarefa. É que o tal de dom pesa muito naquilo a que nos propomos na vida.

Dito isso, vou passar a receita simples de Pedro, o apóstolo, para que tenhamos dias felizes. Diz ele em I Pedro, 3: 11: Aparte-se do mal, e faça o bem; busque a paz, e siga-a.

Confessemos: não é uma receita fácil? Não, não é! Pelo contrário, é extremamente difícil! E vamos transferir as explicações para o Espírito de Emmanuel, contidas na página Indicação de Pedro, no livro Vinha de Luz: Não é fácil apartar-se do mal, consubstanciado nos desvios inúmeros de nossa alma através de consecutivas reencarnações, e é muito difícil praticar o bem dentro das nocivas paixões pessoais que nos empolgam a personalidade, cabendo-nos ainda reconhecer que, se nos conservamos envolvidos na túnica pesada de nossos velhos caprichos, é impossível buscar a paz e segui-la.

Evidentemente que Emmanuel tem toda a razão. Acumulamos imperfeições que ainda encontram abrigo em nosso íntimo e temos uma enorme dificuldade em fazer o bem porque incorremos na advertência do apóstolo Paulo contida em Romanos, quando afirmava que o bem que desejava fazer não conseguia, mas o mal que não desejava, esse era de fácil realização. Creio ser exatamente isso que pesa contra nós no atual estágio evolutivo, com o seguinte agravante: desejamos fazer o mal e não queremos realizar o bem. Perdoem-me os que não se incluem mais nessa condição, mas eu ainda estou enquadrado nela.

Toda conquista que impõe como condição abandonarmos o homem velho para construirmos um homem novo é sempre difícil.

Por exemplo: quantas pessoas ficaram deslumbradas com a mediunidade de Chico Xavier? Creio que é impossível quantificá-las. Só que essa mediunidade não caiu como um maná do céu. Foi uma conquista palmo a palmo, lágrima a lágrima, dessa alma grandiosa através dos sofrimentos pelos quais passou na sua trajetória evolutiva.

Confrades plenamente confiáveis e estudiosos da nossa Doutrina dos Espíritos narram que uma das reencarnações de Chico foi na personalidade de Joana de Castela, denominada a louca no século XVI, na Espanha. Joana foi confinada em seu castelo devido ao fato de ver e conversar com os Espíritos. Era, por isso mesmo, considerada como louca. Evidentemente que a mediunidade dele não se iniciou nesse período da humanidade, mas tendo o seu início em época muito anterior a essa, que não podemos precisar. Talvez, como continuam a revelar esses mesmos confrades confiáveis, no sexto século antes de Jesus, como pitonisa no oráculo de Delfos, onde teria tido uma de suas reencarnações.

Citamos o exemplo do período mencionado para demonstrar que a mediunidade que encantou o século XX custou a ele muitos sofrimentos e a reencarnação mencionada foi um exemplo disso.

Continua ensinando Emmanuel para explicar a imensa dificuldade que nos caracteriza a marcha, para nos afastarmos do mal e procurarmos o bem, na mesma obra mencionada anteriormente: Cegaram-nos males numerosos, aos quais nos inclinamos nas sendas evolutivas, e, acostumados ao exclusivismo e ao atrito inútil, no desperdício de energias sagradas, ignoramos como procurar a tranquilidade consoladora.

Mesmo reconhecendo essa dificuldade, nos recomenda o Mentor: Dilacere-se-nos o ideal ou fira-se-nos a alma, apartemo-nos do mal e pratiquemos o bem possível, identifiquemos a verdadeira paz e sigamo-la.

Parece que Pedro e Emmanuel insistem na mesma receita. Na cozinha do mundo material, quando erramos uma determinada receita, voltamos a repeti-la até conseguir que ela se apresente através do prato saboroso por ela inspirada.

Será que na cozinha da reencarnação estaremos dispostos a repetir a receita de Pedro até conseguir que ela consiga dar forma ao homem novo, deixando para trás o homem velho que deveríamos ter vergonha de apresentar no cardápio da vida?


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita