WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda

Ano 10 - N° 483 - 18 de Setembro de 2016

THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)
 

 

Sexo e Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 4)

Damos sequência ao estudo metódico e sequencial do livro Sexo e Obsessão,obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada originalmente em 2002.

Questões preliminares 

A. Apesar de suas tendências pessoais para a conduta infeliz, o sacerdote Mauro era também vítima de seus próprios comparsas?

Sim. Vinculado a terrível Organização espiritual jesuítica do passado, quando cometeu arbitrariedades contra criaturas tidas como inimigas e silvícolas que lhes tombaram nas garras ignóbeis, aos quais deveria evangelizar, Mauro ainda não conseguira libertar-se desses comparsas, que hoje prosseguiam inspirando-o na situação calamitosa em que se encontrava. (Sexo e Obsessão, capítulo 2: O poder da oração.)

B. Os conflitos sexuais do padre eram efeitos de sua conduta infeliz no passado ou decorrência de obsessão?

Anacleto explicou: “Estamos diante de uma resposta da Vida aos atos clamorosos perpetrados anteriormente pelo nosso amigo. É natural que, havendo desconsiderado as Leis que estabelecem o respeito, o amor e o dever para com o próximo, hoje sofra os conflitos e as perturbações que lhe constituem mecanismo de depuração dos gravames cometidos. Ao mesmo tempo, algumas das suas vítimas cercam-no de vibrações deletérias e odientas, inspirando-o nas tendências doentias, a fim de mais o afligirem, ao tempo em que o alucinam e o estarrecem ante os próprios absurdos gerados pela mente em desalinho. Sempre há cobrador, quando existe devedor na pauta dos processos atuais de evolução do planeta terrestre e dos seus habitantes. Os seus adversários espirituais encharcam-no de ideias pervertidas e desejos lúbricos insaciáveis, desvairando-o. Fixando-se-lhe nos painéis mentais, telecomandam-no a distância, e quando se desprende pelo sono físico é atraído ou arrebatado para os sítios de vergonha e de depravação, nos quais mais se acentuam os desbordamentos da paixão insana”. (Sexo e Obsessão, capítulo 2: O poder da oração.)

C. As orações, mesmo quando expressam desespero, são captadas e atendidas?

Sim. Todo apelo que procede do coração, mesmo quando as possibilidades emocionais não permitem melhor entrosamento entre o sentimento e a razão, atinge o fulcro para o qual é direcionado. Nenhuma solicitação ao Pai Amantíssimo fica sem resposta, seja qual for a natureza do seu conteúdo, recebendo-a de acordo com o propósito de que se reveste. (Sexo e Obsessão, capítulo 2: O poder da oração.)

Texto para leitura

16. Uma vítima dos próprios comparsas – Segundo o irmão Anacleto, Mauro encontrava-se envolvido com uma gangue pornográfica que lhe exigia mais crianças para o comércio desnaturado, considerando-se a facilidade de que ele dispunha no convívio infantil, devido à sua condição de religioso. Acrescentou o benfeitor espiritual: “Igualmente viciado, instalou um pequeno estúdio no qual fotografa e grava cenas hórridas com desprevenidas vítimas que arrebanha, a princípio iludindo-as com guloseimas e pequenos presentes, para depois viciá-las e utilizá-las abertamente no mercado da crueldade. Vinculado a terrível Organização espiritual jesuítica do passado, quando cometeu arbitrariedades contra criaturas tidas como inimigas e silvícolas que lhes tombaram nas garras ignóbeis, que deveriam evangelizar, ainda não conseguiu libertar-se desses comparsas, que hoje prosseguem inspirando-o na situação calamitosa em que se encontra. Outrossim, em razão de arbitrariedades morais cometidas no século XIX, experimenta o atual tormento. Entretanto, inspirado pela genitora desencarnada, que o acompanha com imenso sofrimento, nos últimos tempos, percebendo o abismo cada vez mais devorador que o traga, vem recorrendo à oração, pedindo misericórdia e ajuda, por não mais suportar a própria insânia. A fé ingênua da infância, que o cinismo do comportamento tisnou, vem-lhe retornando à mente, de forma que, tomado de sincero desejo de ter diminuídas as angústias, cada dia mais sincera se lhe torna a súplica, que chegou até aos nossos Centros de Comunicação Oracional, graças a cuja diretriz aqui nos encontramos”. (Sexo e Obsessão, capítulo 2: O poder da oração.) 

17. A resposta da Vida aos desmandos cometidos – Manoel Philomeno perguntou ao benfeitor se os conflitos sexuais do momento eram efeitos de sua conduta infeliz no passado ou decorrência de obsessão, visto que não identificava ali nenhuma entidade em torno de Mauro. Anacleto explicou: “Estamos diante de uma resposta da Vida aos atos clamorosos perpetrados anteriormente pelo nosso amigo. É natural que, havendo desconsiderado as Leis que estabelecem o respeito, o amor e o dever para com o próximo, hoje sofra os conflitos e as perturbações que lhe constituem mecanismo de depuração dos gravames cometidos. Ao mesmo tempo, algumas das suas vítimas cercam-no de vibrações deletérias e odientas, inspirando-o nas tendências doentias, a fim de mais o afligirem, ao tempo em que o alucinam e o estarrecem ante os próprios absurdos gerados pela mente em desalinho. Sempre há cobrador, quando existe devedor na pauta dos processos atuais de evolução do planeta terrestre e dos seus habitantes. Os seus adversários espirituais encharcam-no de ideias pervertidas e desejos lúbricos insaciáveis, desvairando-o. Fixando-se-lhe nos painéis mentais, telecomandam-no a distância, e quando se desprende pelo sono físico é atraído ou arrebatado para os sítios de vergonha e de depravação, nos quais mais se acentuam os desbordamentos da paixão insana”. Assim que Anacleto concluiu sua resposta, acercou-se do jovem sacerdote um Espírito de aspecto feroz e asselvajado, com muitas anomalias na forma em que se apresentava, que o examinou detidamente, e, após gargalhar zombeteiro, escarneceu-o com palavras vulgares, em razão do anseio da vítima em buscar libertar-se do cerco em que se debatia através da oração. (Sexo e Obsessão, capítulo 2: O poder da oração.) 

18. Deboche e agressões do perseguidor espiritual – Em seguida, o obsessor dirigiu a Mauro estas palavras: “Por que buscas Deus, miserável, em nome de quem te escondes para dares prosseguimento aos teus anseios degenerados? Pensas que Ele te atenderá ou socorrerá àqueles aos quais mutilas moralmente e infelicitas? Quanto cinismo! Orar, como se a prece te pudesse ajudar nesta conjuntura, senão para encontrares mais gado para o nosso matadouro! Mudemos de atitude e vamos ao prazer”. Ato contínuo, assumindo uma posição de sicário, ergueu um chicote que trazia numa das mãos e aplicou sibilante golpe nas costas do desesperado. Naquela postura de desequilíbrio, as palavras desconexas que Mauro exteriorizava não mais constituíam uma prece, mas refletiam o estado de perturbação que se lhe vinha sendo quase habitual, embora a intenção inicial fosse de encontrar paz e a libertação do drama excruciante. O jovem padre experimentou uma estranha sensação, e, à medida que os golpes se repetiram, enquanto o adversário o fixava no chacra coronário com olhos em brasas, expressando o ódio que o acometia, foi-se-lhe acentuando a percepção e, logo depois de alguns breves minutos, passou a sentir o acicatar das dores que aumentavam enquanto o chicote repetia os golpes, atirando-se, por inteiro, no solo, entrando em delírio de torpeza sexual, no qual se misturavam gemidos e gritos surdos, sob o delirar da mente excitada pelos clichês vulgares que lhe eram habituais. (Sexo e Obsessão, capítulo 2: O poder da oração.) 

19. Toda prece é captada e atendida – Entrando em exaustão, cessada a aplicação da sova inusitada, Mauro estertorou por um pouco, e entrou em pesado sono agitado, até que se libertou do corpo envolto em densa névoa escura, sendo surpreendido pelo algoz que o segurou com vigor, arrastando-o do recinto com grosseria. O corpo tombado continuava com leves estremecimentos e uma baba pegajosa escorria-lhe da boca retorcida como se houvesse sido acometido por uma crise epileptiforme. O Instrutor, que se encontrava familiarizado com a ocorrência, convidou-nos a que seguíssemos os dois litigantes, que rumavam para um recinto espiritual de perversão e deboche em que se compraziam. Enquanto se movimentavam nessa direção, Miranda indagou com respeito: “As orações, embora expressando desespero, atingem o nosso Departamento de captação?” Anacleto disse que sim e acrescentou: “Todo apelo que procede do coração, mesmo quando as possibilidades emocionais não permitem melhor entrosamento entre o sentimento e a razão, atingem o fulcro para o qual é direcionado. Nosso Mauro, depois de delinquir, inspirado pela mãezinha, conforme já acentuamos, dá-se conta do caminho sem volta por onde segue e, na falta de outra alternativa, vem buscando o concurso do Céu, apesar dos clamorosos erros que prossegue cometendo sob a guarda da fé religiosa na qual se oculta”. Quanto à atitude do obsessor espiritual, o Instrutor explicou: “O antagonista sabe que o seu paciente poderá fugir do seu comando, caso continue na busca de Deus. Para atemorizá-lo e anular-lhe a inesperada disposição, critica-o, zurzindo-lhe o látego, cujo açoite vibratório faculta-lhe o prazer masoquista que a mente desorientada cultiva. Nenhuma solicitação ao Pai Amantíssimo fica sem resposta, seja qual for a natureza do seu conteúdo, recebendo-a de acordo com o propósito de que se reveste”. (Sexo e Obsessão, capítulo 2: O poder da oração.) 

20. Uma Comunidade pervertida – Embora não pudesse ver Mauro e seu adversário que seguiam para ignota região, o irmão Anacleto conduziu Manoel Philomeno para o perímetro fora da cidade, em vasta área pantanosa e sombria, que certamente conhecia, e de onde recendiam odores pútridos e uma gritaria infrene enchia a noite com blasfêmias, expressões chulas e sórdidas, gargalhadas estentóricas e movimentação agitada. O cuidadoso Guia advertiu que estavam adentrando uma Comunidade totalmente dedicada à perversão sexual, dirigida por implacáveis sicários da Humanidade, que ali reuniam o deboche à degradação, o cinismo à rudeza do trato, onde encontravam inspiração muitos indivíduos reencarnados e dali procedentes na área da mórbida comunicação social, da literatura doentia e da arte escabrosa para os seus espetáculos de hediondez e de degeneração moral. Reduto imenso, criado pelas emanações morbíficas das próprias criaturas da Terra, que para lá seguiam por imantação magnética opcional, quando parcialmente desprendidas pelo sono físico, constituía um sorvedouro de paixões primárias que, no passado, destruíram culturas e civilizações, qual está acontecendo no presente com grande parte da nossa sociedade. Quando irrompem o deboche e a insensatez, o desvario do sexo e dos compromissos morais nos grupamentos sociais, a ética, a cultura e a civilização tombam no desalinho, avançando para o descalabro e a servidão. Tem sido assim através dos tempos e, por enquanto, ainda parece que se demorará por algum tempo, até quando o ser humano se resolva por absorver os compromissos elevados e os deveres dignificadores da Vida na pauta das suas existências. A consciência de si mesmo, a responsabilidade perante o seu próximo e a mãe Natureza, nunca devem sair da linha da conduta humana, pois que nisso residem as aspirações máximas do Espírito para a conquista da beleza e da plenitude. (Sexo e Obsessão, capítulo 3: A comunidade da perversão moral.) (Continua no próximo número.)



 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita